Os gringos esqueceram o Brasil (e isso cria oportunidades)
Isso ajuda a explicar por que, enquanto as Bolsas pelo mundo todo retomaram aos recordes pré-crise, nós ainda patinamos aqui uns 20% abaixo das máximas
Se você quiser ver como o Brasil foi esquecido pelos investidores estrangeiros, basta olhar esta tabela feita pelo BTG:

Trata-se da alocação de fundos estrangeiros em Brasil. No primeiro caso, em fundos especializados em mercados emergentes (GEM é global emerging markets). De cada cem dólares desses fundos, pouco mais de cinco estão em Brasil. No passado, esse valor chegou a 16.
Em fundos globais, então, que investem nos países em que quiserem, inclusive em mercados maduros, o Brasil sumiu. Hoje respondemos por apenas 0,2% da carteira média de um fundo desses, um décimo do que eles chegaram a investir no passado.
O gringo acha que o Brasil reagiu mal à Covid, tem certo ceticismo com a política fiscal do governo e se importa cada vez mais com temas ambientais, que não têm sido nosso forte.
Isso ajuda a explicar por que, enquanto as Bolsas pelo mundo todo retomaram aos recordes pré-crise, nós ainda patinamos aqui uns 20% abaixo das máximas, que se deram lá nos 120 mil pontos do Ibovespa.
Os fundos brasileiros também estão pouco alocados em ações. O mesmo BTG aponta que 13,6% do dinheiro dos fundos está em ações, contra um recorde de 22% em 2007.
Leia Também
O que poderia reverter isso? A injeção cada vez maior de dinheiro nas economias pelo Fed, o banco central americano, vai fazer com que o bull market gringo transborde para os mercados emergentes -- conforme tudo vai ficando muito caro nos países ricos, a propensão a topar mais risco em geografias alternativas aumenta. Com o real tão desvalorizado, o Brasil fica gritantemente barato.
Sobre a pandemia, cada dia fica mais próxima uma vacina. Por fim, no que se refere aos investidores locais: com uma taxa de juros tão baixa, de 2%, que alternativa haverá além de correr para a renda variável?
Lembre-se que o mercado tem a porta pequena: um aumento de 0,2% para 0,4% na alocação dos fundos globais em Brasil e/ou um aumento de poucos pontos percentuais na alocação dos fundos locais em ações já faria um barulho significativo nos preços da Bolsa.
Bolsa é probabilidade, nunca certezas. Mas, neste momento, se desenha uma assimetria favorável à Bolsa brasileira: o mundo está cheio de dinheiro, os gestores brasileiros vão ter de procurar rentabilidade na renda variável, e as nossas ações, por terem ficado para trás, ainda estão mais baratas que as do resto do mundo.
Comprar Brasil, agora, é comparativamente comprar na baixa. Pode dar certo.
A gente falou desse assunto no episódio desta semana do nosso podcast Empiricus Puro Malte, que você pode ouvir abaixo, entre outras discussões sobre paixão no casamento, música sertaneja e as semelhanças entre o futebol e o mercado financeiro:
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros