Otimismo no exterior faz o dólar cair a R$ 5,35; Ibovespa perde força e passa a cair
Novidades quanto ao desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, somadas ao processo de reabertura das economias globais, dão força aos mercados e trazem mais alívio ao ao dólar à vista
Na sessão passada, a menor aversão ao risco no Brasil foi responsável por trazer alívio generalizado ao Ibovespa e ao dólar à vista. A onda positiva continua nesta terça-feira (26), especialmente no câmbio — e, desta vez, o otimismo externo é responsável por trazer tranquilidade aos investidores.
Por volta de 15h45, o dólar à vista recuava 1,81%, a R$ 5,3598, marcando a sexta baixa nas últimas sete sessões — com o desempenho do momento, a moeda americana zerou os ganhos em maio e, agora, recua mais de 1% no mês.
Na bolsa, o Ibovespa chegou a subir 1,95% mais cedo, tocando os 87.332,53 pontos — o maior nível intradiário desde 11 de março. No entanto, o índice foi perdendo força ao longo da sessão e, agora, opera em baixa de 0,11%, aos 85.566,57 pontos.
- Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica por trás dos mercados nesta terça-feira. Veja abaixo:
Apesar dessa leva realização de lucros no Ibovespa, o índice segue com um desempenho positivo em maio: no mês, os ganhos ainda superam a marca dos 6%. E o tom positivo visto lá fora ajuda a dar sustentação ao índice nos patamares elevados: o Dow Jones sobe 2,68%, o S&P 500 tem ganho de 1,86% e o Nasdaq avança 0,81%.
Esse viés mais relaxado visto nos mercados globais se deve a uma conjunção de fatores. Em primeiro plano, aparece mais uma possível vacina contra o coronavírus, desta vez desenvolvida pela empresa americana Novavax: a companhia informou que seu tratamento experimental começará a ser testado em humanos.
A notícia aumenta a esperança quanto a uma solução para a crise do coronavírus: se bem sucedida, a vacina permitirá a reabertura das economias e o fim do isolamento social, permitindo uma recuperação mais rápida da atividade mundial.
Leia Também
Além disso, a reabertura gradual vista em diversos países também contribui para aumentar o otimismo dos investidores: na Europa e nos EUA, as inciativas para normalização começam a ganhar impulso; na Ásia, o Japão também anunciou as primeiras medidas de relaxamento do isolamento social.
Assim, os mercados globais mostram-se bastante tranquilos nesta terça-feira, abrindo espaço para a recuperação em bloco das bolsas e o alívio do dólar em escala mundial.
Sem estresse
Por aqui, o cenário político não teve muitas alterações desde a noite de ontem: a percepção é a de que o noticiário em Brasília está mais calmo nos últimos dias — o vídeo da reunião ministerial do dia 22 não gerou o turbilhão prometido.
Com o panorama doméstico mais tranquilo e o cenário internacional mais otimista, o Ibovespa e o dólar conseguiram uma recuperação intensa nas últimas sessões: o principal índice da bolsa já acumula ganhos de mais de 7% apenas em maio.
Quanto ao câmbio, nem mesmo a baixa de 0,59% vista no IPCA-15 em maio é capaz de impedir o alívio no dólar à vista. Por mais que a deflação abra espaço para um corte mais acentuado na Selic — o que, em tese, traria pressão à moeda americana —, os investidores seguem bastante tranquilos nesta terça-feira.
Aliás, os DIs ficam perto da estabilidade, tanto na ponta curta quanto na longa, mostrando que o mercado aposta em mais uma baixa de 0,50 a 0,75 ponto na Selic na próxima reunião do Copom, em junho:
- Janeiro/2021: estável em 2,38%;
- Janeiro/2022: de 3,20% para 3,21%;
- Janeiro/2023: de 4,27% para 4,30%;
- Janeiro/2025: de 6,06% para 6,03%.
Top 5
No lado positivo do Ibovespa, destaque para as ações ON do Magazine Luiza (MGLU3), em forte alta de 7,93% — a empresa fechou o primeiro trimestre de 2020 com um crescimento na receita e no e-commerce, dados que animaram o mercado em relação às perspectivas da companhia para o curto prazo.
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do índice no momento:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| HYPE3 | Hypera ON | 30,79 | +8,04% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | 65,19 | +7,93% |
| BTOW3 | B2W ON | 93,89 | +7,45% |
| WEGE3 | Weg ON | 40,29 | +5,91% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | 11,75 | +4,82% |
Confira também as cinco maiores baixas do Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| MULT3 | Multiplan ON | 21,39 | -5,52% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | 38,26 | -5,23% |
| IRBR3 | IRB ON | 7,44 | -4,62% |
| IGTA3 | Iguatemi ON | 33,38 | -4,33% |
| AZUL4 | Azul PN | 14,74 | -3,91% |
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
