Ibovespa perde força com piora em NY; dólar cai após sete altas seguidas
Os temores quanto a uma nova onda da Covid-19 no mundo pesam sobre o humor dos mercados globais e tiram força do Ibovespa nesta sexta-feira. O dólar, por outro lado, segue em baixa firme, amenizando parte dos ganhos recentes

A crise política é destaque no noticiário local, com os desdobramentos da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Mas a tensão doméstica fica em segundo plano para o Ibovespa, que mostra-se mais ligado ao exterior do que aos fatores locais — e, com a piora lá fora, o índice brasileiro também se afastou das máximas.
Mais cedo, o Ibovespa chegou a avançar 1,47%, aos 97.540,33 pontos, pegando carona no otimismo que tomava conta dos mercados americanos durante a manhã. Mas, com a perda de força em Wall Street, a bolsa brasileira veio a reboque: por volta de 15h35, recuava 0,04%, aos 96.090,43 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista tem uma sessão de alívio: no mesmo horário, recuava 1,12%, aos R$ 5,3106 pontos e, com isso, vai interrompendo a sequência de sete altas seguidas. Ainda assim, a divisa americana acumula ganhos de mais de 5% na semana.
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Na primeira etapa da sessão, as bolsas globais mostravam-se otimistas com a notícia de que a China irá acelerar a compra de bens agrícolas dos EUA, cumprindo os termos do acordo comercial firmado em janeiro pelos dois países.
Segundo a Bloomberg, entre as mercadorias estariam soja, milho e etanol. Os negócios estavam suspensos por causa da desaceleração da economia chinesa causada pela crise do novo coronavírus.
Mas o humor dos investidores globais acabou piorando durante a tarde, o que fez o Dow Jones (-0,71%), o S&P 500 (-0,55%) e o Nasdaq (-0,28%) virarem para queda. E o motivo dessa mudança de rumo é, novamente, o temor quanto a uma segunda onda do coronavírus no mundo.
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O gatilho para a onda de cautela ocorreu após a Apple anunciar que irá fechar temporariamente algumas de suas lojas nos EUA por causa do aumento dos casos da Covid-19 no país. Caso outras empresas sigam o mesmo caminho as medidas de isolamento social tenham que ser reforçadas novamente, a economia global deve demorar ainda mais para se recuperar.
Tensões domésticas
Por aqui, os mercados seguem de olho nas eventuais novidades e desdobramentos do caso Queiroz. Caso comecem a surgir indícios mais concretos de envolvimento da família Bolsonaro com atividades ilícitas, é provável que o ambiente político em Brasília se deteriore ainda mais.
E, num cenário de conflito entre governo, Congresso e STF, o avanço de quaisquer pautas econômicas ou de medidas de ajuste fiscal tornaria-se improvável — o que, em última instância, representa mais um fator de risco à economia no médio e longo prazo, além da própria pandemia em si.
Apesar dessas incertezas domésticas, o mercado de juros futuros acompanha de perto a calmaria vista no dólar à vista: os DIs operam em baixa hoje, tanto na ponta curta quanto na longa:
- Janeiro/2021: de 2,05% para 2,02%;
- Janeiro/2022: de 3,10% para 3,03%;
- Janeiro/2023: de 4,24% para 4,16%;
- Janeiro/2025: de 5,87% para 5,84%.
Top 5
Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta sexta-feira:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
SULA11 | SulAmérica units | 45,45 | +3,91% |
ENGI11 | Energisa units | 49,35 | +3,68% |
CCRO3 | CCR ON | 15,14 | +3,63% |
MRVE3 | MRV ON | 17,36 | +3,46% |
HAPV3 | Hapvida ON | 62,31 | +3,33% |
Confira também as cinco maiores baixas do índice:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CSNA3 | CSN ON | 11,26 | -3,35% |
MRFG3 | Marfrig ON | 13,03 | -3,27% |
BRAP4 | Bradespar PN | 36,04 | -2,94% |
FLRY3 | Fleury ON | 25,24 | -2,92% |
ELET3 | Eletrobras ON | 30,05 | -2,72% |
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