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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Um pouco de calmaria

Possível antecipação de registro de vacina nos EUA faz bolsa subir e dólar cair – numa boa

Notícia de que Trump teria planos de acelerar a aprovação de uma vacina contra o coronavírus estimulou apetite por risco nos mercados financeiros como um todo

Ricardo Gozzi
24 de agosto de 2020
17:58
Homem sobe escada
Ibovespa futuro sobe após abertura e dólar cai - Imagem: Shutterstock

Um dia de calma não faz mal a ninguém. Ao contrário da volatilidade que vem marcando este mês de agosto, o Ibovespa permaneceu em território positivo do primeiro ao último minuto da sessão desta segunda-feira (24). Adaptando Jorge Ben Jor, o dólar caiu, a bolsa subiu, numa boa.

Não que faltassem motivos para volatilidade e oscilações. Pelo contrário. Mas mesmo que não tenha sido nada lá muito eufórico, o Ibovespa subiu acompanhando a melhora do apetite por risco nos principais mercados de ações pelo mundo.

A ausência de notícias ruins ao ponto de acabar com o clima ajudou a manter o principal índice de ações da B3 no azul ao longo de todo o pregão. Ainda assim, a alta foi limitada por certa cautela no cenário local.

Os índices de ações reagiram positivamente à notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria planos de antecipar para antes das eleições de novembro a aprovação de uma vacina contra o coronavírus atualmente em desenvolvimento no Reino Unido.

Analistas de mercado observam que, ainda que se trate de uma medida escancaradamente eleitoreira - a eleição presidencial norte-americana está logo ali na folhinha -, a notícia animou os investidores na busca por ativos de risco.

Com isso, as bolsas de valores iniciaram a semana em alta consistente na Ásia, na Europa e também nos Estados Unidos. Em Wall Street, os índices Nasdaq e S&P-500 mais uma vez renovaram seus níveis recorde de fechamento. Por aqui, o Ibovespa assentou-se em alta de 0,77%, aos 102.297,95 pontos.

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Entre os componentes do Ibovespa, o setor de aviação registrou desempenho acima da média na esteira das perspectivas abertas pela notícia sobre a vacina, com destaque para os papéis da Embraer (EMBR3), da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4).

Mas as estrelas do dia foram as ações ON e PN da Eletrobras (ELET3 e ELET6) em meio ao otimismo dos investidores com as perspectivas de privatizações no futuro próximo.

Talvez a sessão desta segunda-feira tenha sido aquela exceção que confirma a regra. Desde que não seja uma daquelas calmarias que antecedem tempestades, é improvável que algum investidor tenha muito do que se queixar do pregão de hoje.

De qualquer modo, ao contrário da volatilidade que marcou as últimas semanas, a expectativa é de que os próximos dias na B3 também sejam menos erráticos em meio a uma agenda repleta de indicadores econômicos e fatos políticos relevantes, avalia Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Espera por detalhes sobre o Renda Brasil limitou apetite por risco

O principal entrave ao apetite por risco envolvendo ativos brasileiros nesta segunda-feira foi a expectativa em torno do anúncio dos detalhes do 'Big Bang', programa do que deve fazer parte o chamado Renda Brasil.

Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou que os detalhes do novo programa de renda mínima projetado para expandir o Bolsa Família e substituir o auxílio emergencial deveriam ser revelados amanhã.

No meio da tarde de hoje, porém, passou a circular a informação de que o anúncio de amanhã poderia ser adiado. Fontes citadas pelo jornal O Globo alegaram que parte das medidas a serem adotadas ainda estão sem texto final. A ideia seria manter o anúncio para esta semana, mas sem garantias de que isto venha realmente a ocorrer.

Antes de buscarem posições mais ousadas nos mercados financeiros, os investidores aguardam com expectativa o anúncio do plano, principalmente para entender como o governo pretende combinar as ações sociais com a manutenção do equilíbrio fiscal e sem rachar o teto de gastos.

Na avaliação do economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, o Renda Brasil será um dos eixos de uma versão recauchutada do Pró-Brasil, programa originalmente formulado em abril, mas deixado de lado em meio a desentendimentos entre as alas liberal e desenvolvimentista do governo.

A expectativa, segundo ele, é de que haja “medidas que garantam a manutenção do teto de gastos, um conjunto de obras e promessas de mais empregos”.

Também é esperada pelos investidores uma compilação de ações regulatórias prioritárias, o que incluiria desde as reformas tributária e administrativa a um pacto federativo e marcos do setor de infraestrutura.

Até o momento, porém, o governo ainda não se pronunciou quanto aos rumores de que o lançamento do programa seria adiado.

Confira a seguir as maiores altas e as maiores quedas do dia entre os componentes do Ibovespa.

MAIORES ALTAS

  • Eletrobras ON (ELET3) +9,74%
  • Eletrobras PN (ELET6) +8,02%
  • Embraer ON (EMBR3) +5,52%
  • Azul PN (AZUL4) +4,06%
  • Gol PN (GOLL4) +3,56%

MAIORES BAIXAS

  • Yduqs ON (YDUQ3) -6,10%
  • IRB Brasil ON (IRBR3) -3,41%
  • Cogna ON (COGN3) -2,90%
  • Cyrela ON (CYRE3) -1,87%
  • Weg ON (WEGE3) -1,67%

Dólar e juro

O dólar recuou nesta segunda-feira depois de ter visitado na semana passada os níveis mais elevados ante o real desde o fim de maio, mas seguiu sob pressão.

A moeda norte-americana tentou acompanhar o cenário externo de bolsas em alta e valorização de divisas emergentes e ligadas a commodities, mas seguiu encostada na faixa dos R$ 5,60 em meio à expectativa com o anúncio de um novo programa de recuperação econômica pelo governo.

Com isso, o dólar acabou fechando em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,5918.

Os contratos de juros futuros também fecharam em queda. Da mesma forma que aconteceu com o dólar, no entanto, a queda nos juros hoje foi limitada pelo cenário político nebuloso e pelas perspectivas fiscais para o Brasil.

Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:

  • Janeiro/2022: de 2,800% para 2,740%;
  • Janeiro/2023: de 3,960% para 3,880%;
  • Janeiro/2025: de 5,760% para 5,690%;
  • Janeiro/2027: de 6,790% para 6,730%.

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