Mais um recorde: dólar à vista sobe a R$ 4,36 e renova a máxima nominal de fechamento
O dólar à vista subiu mais um degrau nesta quarta-feira (19): pela primeira vez, terminou uma sessão acima dos R$ 4,36, cravando um novo recorde nominal. É a oitava vez em 2020 que a moeda renova as máximas de fechamento
Alguns temas têm se repetido nos mercados brasileiros em 2020: na bolsa, o coronavírus causa uma espécie de efeito sanfona, com dias de pressão e alívio se sucedendo; no câmbio, o dólar à vista enfrenta uma onda quase permanente de pressão, galgando patamares cada vez mais elevado.
A sessão desta quarta-feira (19) apenas deu continuidade à tendência: a moeda americana fechou em alta e renovou mais uma vez os recordes nominais de fechamento, enquanto o Ibovespa subiu e reverteu as perdas do dia anterior.
O dólar à vista permaneceu no campo positivo durante toda a sessão, terminando em alta de 0,19%, a R$ 4,3656 — a terceira valorização consecutiva da moeda. É a primeira vez na história que a divisa fecha acima de R$ 4,36.
Com os ganhos de hoje, o dólar à vista já acumula uma alta de 1,88% em fevereiro — no ano, o salto já chega a 8,82%. Somente em 2020, a moeda americana já renovou oito vezes as máximas de encerramento em termos nominais.
E, nesta quarta-feira, o catalisador da nova alta do dólar foi o cenário político doméstico. Rumores de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria descontente com o encaminhamento da agenda de reformas e, por isso, poderia deixar o cargo, trouxeram alguma turbulência às negociações.
Por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha negado tal hipótese, os boatos foram suficientes para reforçar o viés defensivo dos investidores — e, no mercado de câmbio, a prudência se traduz em maior demanda por dólares.
Leia Também
No momento de maior pressão do dia, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,3775 (+0,46%), o que elevou a expectativa quanto a uma eventual atuação do Banco Central (BC) no câmbio, de modo a acalmar as operações e atender à demanda pela divisa. No entanto, a autoridade monetária seguiu apenas observando o mercado.
Na semana passada, o BC promoveu dois leilões extraordinários de swap cambial, injetando recursos novos no sistema — o primeiro deles foi convocado quando o dólar à vista bateu os R$ 4,38.
Calmaria no Ibovespa
O Ibovespa até começou o pregão desta quarta-feira em baixa, mas logo ganhou força e virou para o campo positivo. O clima mais ameno visto lá fora, somado à reação positiva aos balanços trimestrais, deu sustentação à bolsa brasileira.
O índice fechou em alta de 1,34%, aos 116.517,59 pontos, após chegar a cair 0,18% mais cedo, aos 114.774,04 pontos. Com isso, a bolsa brasileira acompanhou os mercados externos: nos EUA, o Dow Jones (+0,40%), o S&P 500 (+0,47%) e o Nasdaq (+0,87%) subiram em bloco.
Lá fora, as preocupações relacionadas ao coronavírus diminuíram um pouco nesta quarta-feira. Por mais que a Apple tenha sinalizado que não cumprirá suas projeções para o trimestre por causa do surto — o que aumentou a aversão ao risco na sessão anterior — a percepção atual é a de que a disseminação da doença tem ocorrido num ritmo mais lento.
Os dados mais recentes dão conta de mais de dois mil mortos e 75 mil pessoas contaminadas pelo vírus, números que ainda inspiram cautela entre os investidores. Contudo, apesar da tensão, o clima é menos pesado nos mercados globais — o que abriu espaço para a recuperação das bolsas.
Na Europa, as principais praças fecharam em alta nesta quarta-feira, revertendo as baixas de ontem; na Ásia, quase todas as bolsas encerraram no azul — a exceção foi a China continental, que cedeu a um movimento de realização de lucro.
Juros em baixa
Apesar da pressão vista no dólar à vista, as curvas de juros fecharam em baixa nesta quarta-feira, tanto na ponta curta quanto na longa, em meio às apostas de novos cortes na Selic para estimular a economia doméstica.
Veja abaixo como ficaram os principais DIs:
- Janeiro/2021: de 4,21% para 4,19%;
- Janeiro/2022: de 4,71% para 4,64%;
- Janeiro/2023: de 5,27% para 5,20%;
- Janeiro/2025: de 6,00% para 5,96%;
- Janeiro/2027: de 6,39% para 6,37%.
Balanços e mais balanços
Muitas empresas do Ibovespa reportaram seus números referentes ao quarto trimestre de 2019 desde o fechamento de ontem — e, hoje, alguns desses papéis exibiram reações intensas aos balanços.
Em destaque, aparece IRB ON (IRBR3), com alta de 1,02%. A resseguradora fechou o ano com um lucro de R$ 1,764 bilhão, alta de 44,7% ante 2018, e abriu os números contestados pela gestora Squadra.
Weg ON (WEGE3), Ecorodovias ON (ECOR3) e Iguatemi ON (IGTA3), com ganhos de 9,22%, 1,69% e 0,72%, nesta ordem, também reagiram positivamente aos balanços trimestrais — veja aqui um resumo dos números dessas empresas.
Além disso, as ações da Petrobras tiveram uma sessão positiva, às vésperas da divulgação dos números trimestrais da estatal, a serem conhecidos na noite de hoje. Os papéis ON (PETR3) subiram xx%, enquanto os PNs (PETR4) avançaram xx%.
Top 5
Confira abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa neste momento:
- Weg ON (WEGE3): +9,22%
- Via Varejo ON (VVAR3): +6,21%
- Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): +5,19%
- JBS ON (JBSS3): +4,28%
- B3 ON (B3SA3): +3,91%
Veja também as maiores baixas do índice:
- Cia Hering ON (HGTX3): -2,88%
- Cogna ON (COGN3): -2,19%
- BR Distribuidora ON (BRDT3): -1,16%
- Carrefour Brasil ON (CRFB3): -1,09%
- Ultrapar ON (UGPA3): -1,00%
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
