O PIBinho pode prejudicar meus investimentos?
Tudo indica que teremos mais um ano de crescimento pífio. Como os seus investimentos se saem neste cenário?
As previsões para o crescimento do PIB brasileiro vêm sendo repetidamente revisadas para baixo neste início de ano, consistindo em um dos muitos fatores que vêm deixando os investidores de renda variável preocupados.
Tudo indica que teremos mais um ano de PIBinho. No vídeo a seguir eu falo um pouco sobre se esse crescimento pífio que estamos prestes a encarar pode prejudicar os seus investimentos:
Veja a transcrição do vídeo sobre a relação entre o baixo crescimento do PIB e os seus investimentos
O crescimento esperado do PIB brasileiro em 2019 já foi revisado para baixo diversas vezes nesse início de ano. A economia custa a engrenar com a lentidão para a aprovação da reforma da Previdência, tida como essencial pro país voltar a crescer. Quanto mais a reforma demorar para ser aprovada, piores as expectativas para o crescimento, já que o ano vai sendo perdido.
Você talvez esteja preocupado com os seus investimentos nesse cenário de PIBinho, certo? Crescimento fraco do PIB: e eu com isso?
Com a atividade econômica tão fraca, e a expectativa de recuperação cada vez mais distante, é bem provável que a taxa Selic ainda continue baixa por um bom tempo. Até porque a inflação está sob controle e assim deve se manter: quando a economia voltar a andar, o país vai conseguir crescer por algum tempo sem gerar inflação, uma vez que a capacidade ociosa da indústria está grande, e a taxa de desemprego está alta.
Leia Também
Ou seja, as empresas não vão aumentar, de cara, os seus custos com mão de obra e investimentos, nem a retomada do consumo vai pressionar tanto os preços, já que a renda dos trabalhadores não vai voltar a crescer tão cedo. Já tem gente no mercado inclusive prevendo novos cortes na Selic, mesmo com as pressões pontuais sobre a inflação previstas no curto prazo.
Um cenário como esse não é convidativo para a renda fixa pós-fixada, aquela que tem rentabilidade atrelada à Selic ou ao CDI. Os investimentos mais conservadores são essenciais em qualquer carteira, porque é neles que você deve deixar a sua reserva de emergência. Mas eles vão continuar pagando pouco. Ou seja, apesar de parecer que nossa economia anda péssima, você não vai ganhar muito se correr para se proteger nessas aplicações.
Os investimentos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação são um pouco mais promissores. Principalmente os prefixados, já que a inflação também continua baixa, apesar de um choque aqui ou ali. É neles que você tem chance de ganhar um pouco mais dentro do universo da renda fixa.
Mas esse cenário de juro no chão e inflação controlada é favorável mesmo para mercados como os de ações e imóveis. Os ativos ligados à economia real têm mais chance de entregar retornos superiores à Selic para quem está disposto a correr um pouco mais de risco.
Apesar do pessimismo dos economistas com as expectativas para o PIB, gestores de fundos de ações e multimercados continuam bastante otimistas com as bolsas no Brasil e no exterior. Para eles, não tem como o governo não aprovar a reforma da Previdência. E para quem tem um olhar de médio ou longo prazo, pequenas variações no momento em que essa aprovação ocorrer não fazem tanta diferença.
Pode parecer contraintuitivo, mas a alta da bolsa não está tão ligada às expectativas para o crescimento do PIB. Já teve anos em que o crescimento econômico foi forte e a bolsa despencou, porque o mercado tinha expectativa de piora no ano seguinte. Também já teve anos em que o crescimento foi pífio, mas a bolsa subiu. A alta nos preços das ações têm muito mais a ver com a lucratividade das empresas. Como o país já vem de uma crise econômica, que obrigou as companhias a ficarem mais enxutas e eficientes, a lucratividade dos negócios tende a crescer.
Mas isso não quer dizer que as reformas não sejam essenciais. Lembre-se de que o mercado trabalha com expectativas, e essas podem mudar, dependendo das reviravoltas que vierem por aí.
Gostou do vídeo? Então não deixa de assinar o canal de YouTube do Seu Dinheiro e clicar no sininho para receber as notificações. E pode deixar dúvidas e ideias para os próximos vídeos aqui no campo de comentários.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
