Itaú trabalha com Selic de 4% em 2020
Banco revisou projeção de juro básico de 5% para 4,5% em 2019 e trabalha com câmbio a R$ 3,90 neste ano e R$ 4,25 em 2020

A equipe de macroeconomia do Itaú Unibanco, liderada pelo economista Mario Mesquita, passou a trabalhar com Selic de 4,5% no fim de 2019 e de 4% em 2020, contra estimativas anteriores de 5% para o custo do dinheiro.
Em relatório, o banco afirma que os principais fatores que justificam uma política monetária ainda mais flexível já existem há algum tempo. São eles: inflação baixa, expectativas ancoradas, ampla folga econômica e consolidação fiscal. A mediana do mercado captada pelo Focus mostra juro básico em 4,75% no fim de 2019 e de 2020.
O banco pondera que o caminho para cortes adicionais foi mais claramente desbloqueado pela trégua comercial, que provavelmente resultará em menor volatilidade de ativos de risco, como o real.
Antes de seguirmos adiante, temos falado que esse cenário de juro baixo vai exigir cada vez mais dedicação dos investidores para rentabilizar seus recursos. Deixo umas dicas de leitura sobre investimentos com Selic nesses patamares. Há dicas para investidores conservadores e para os de perfil mais arrojado. Também deixo como sugestão o nosso e-book sobre investimentos em bolsa de valores.
De volta ao relatório, reflexo desse juro mais baixo, as estimativas para a taxa de câmbio saíram de R$ 3,80 para 3,90 agora em 2019 e de R$ 4 para R$ 4,25 em 2020.
Esse juro mais baixo também terá impacto sobre o desempenho da economia. O Produto Interno Bruto (PIB) deve ter crescimento de 2,2% em 2020, acima da projeção anterior de 1,7%. Neste ano, o crescimento deve ser de 1%, ante 0,8% estimados anteriormente.
Leia Também
Juro baixo, crescimento melhor e inflação comportada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para 2019 é de 3,3% (3,4% anteriormente), contra uma meta de 4,25%. Para 2020, breve elevação para 3,7% (3,5% anteriormente), ante meta de 4%.
Rumos aos 4%
Além de um novo corte de meio ponto percentual no encontro de 31 de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), o banco passou a estimar nova redução de mesma magnitude em dezembro, seguida por dois cortes de 0,25 ponto em fevereiro e março de 2020.
No lado da inflação, o banco fala em leituras “bem-comportadas” do IPCA. Na atividade, os dados ensaiam uma recuperação mais consistente. Mas num contexto de capacidade ociosa ainda muito elevada, “melhoras nesse front ainda não representam risco relevante de pressão inflacionária no horizonte relevante de política monetária”.
Do lado externo, o Itaú avalia que o ambiente se tornou mais favorável. Os avanços recentes nas negociações entre China e EUA reduzem, ainda que não eliminem, a incerteza sobre o cenário externo.
Além disso, a desaceleração da economia americana aumenta a perspectiva de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed), banco central americano.
Passe de mágica? Rublo se torna a moeda com melhor desempenho no mundo — entenda o que fez a divisa dar esse salto
A moeda russa se valorizou cerca de 35% até agora no ano, superando todas as principais divisas, e mais do que dobrou de valor da baixa pós-invasão
Dólar acumula desvalorização de 12,59% frente ao real no ano — veja o que mexe com o mercado de câmbio
A moeda norte-americana teve o pior desempenho semanal em quase dois meses, quando levou um tombo de mais de 5%
Fique de olho: inflação é o destaque entre indicadores da semana no Brasil e lá fora; confira a agenda completa
Investidores começam a segunda-feira com a divulgação do IPC-Fipe de março, que busca estimar o custo de vida de famílias com renda de um a dez salários mínimos em São Paulo
Fluxo secou? B3 corrige erro nos dados e R$ 27 bilhões em dinheiro estrangeiro “somem” da bolsa em 2022
A operadora da bolsa no país anunciou hoje que fará uma “revisão metodológica” dos dados sobre renda variável dos últimos três anos
Por que o dólar está despencando? Os motivos que explicam o forte alívio no mercado de câmbio
O dólar à vista fechou janeiro na casa de R$ 5,30, acumulando baixa de quase 5% no mês. Entenda o que está mexendo com o real e a taxa câmbio
Dólar, real ou bitcoin: Quem vence a “eleição cambial” de 2022?
O que esperar da moeda norte-americana em relação ao nosso real? Será que o melhor a fazer em meio a tanta incerteza é investir em bitcoin e criptomoedas?
Onde investir em 2022: Como ter dólar e ouro e fazer hedge de verdade para proteger os seus investimentos
A exposição a riscos no mercado financeiro demanda posições que evitem dilapidação do patrimônio financeiro, como em ouro e dólar
Fim de ano é tempo de… previsões para o mercado financeiro: veja o que esperar do dólar em 2022
Daqui a um ano, a maioria das projeções provavelmente estará mais errada do que certa, principalmente quando formos olhar a taxa de câmbio, mas existem motivos para isso
Prevendo o imprevisível: Por que é tão fácil errar as projeções para a taxa de câmbio
Sensação de controle costuma tranquilizar os mercados na virada do ano, mesmo que a maioria das projeções esteja mais errada do que certa
Campos Neto descarta intervenção exagerada no câmbio; saiba o que o presidente do BC diz sobre o uso do dólar como proteção
Segundo ele, intervenção cambial deve ser usada para eliminar problemas de liquidez, e exagero pode forçar investidores a buscar outros instrumentos de hedge
A inflação nos EUA está no nível mais alto em quase 40 anos. Entenda por que isso é um problema para o seu bolso
O mundo não é mais o mesmo daquele de quatro décadas atrás, mas muitas situações encontram paralelo nos dois momentos, como inflação e juros em alta
Bolsas dos EUA sobem e renovam as máximas pelo segundo dia — mas ativos brasileiros têm queda firme
O EWZ, principal ETF de Brasil na bolsa americana, caiu 1,85% hoje, o que pode desencadear ajustes negativos na B3 na sessão desta quarta
Bolsas americanas sobem e Wall Street renova recordes, mas ativos brasileiros em NY recuam
Os mercados de Nova York dão continuidade ao movimento de ontem e continuam avançando, aproveitando a agenda econômica esvaziada antes da decisão do Fed; o EWZ e os ADRs de empresas brasileiras vão na contramão
5 (novas) razões por que o Ibovespa não para de cair — incluindo o furo no teto de gastos
Só neste mês o índice recua pouco mais de 4% e, com mais nove dias até a virada para novembro, o tombo pode ser ainda maior
Reação do mercado financeiro ao rompimento do teto de gastos irrita Bolsonaro
A bolsa caiu forte, o dólar subiu e as taxas dos contratos de juros futuros dispararam; situação também provocou debandada na equipe econômica
A força do dólar: veja quanto da moeda americana você deve ter na carteira
Movimento global de fortalecimento da divisa dos EUA salta aos olhos, mas existe um limite para a exposição de seus investimentos ao dólar, além de um melhor ponto de entrada
Campos Neto volta dizer que BC fará o que for preciso para trazer inflação para a meta em 2022
O presidente do Banco Central acredita que a escalada dos preços já atingiu seu ponto máximo no mês passado; agora a tendência é convergir.
Após novo leilão de swap para conter o dólar, diretor reforça capacidade robusta de intervenção do Banco Central
Bruno Serra lembrou que a instituição segue intervindo no mercado e destacou que já foram vendidos R$ 3,5 bilhões desde o fim de setembro
BC não alterou sua forma de atuação no câmbio, assegura diretora
Comentário de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, foi feito depois de anúncio de leilões extras de swap cambial
Bolsa hoje: a chegada de um outubro difícil
Por aqui, em dia de agenda mais esvaziada, investidores digerem o IPC-S dessa manhã, depois de uma deflação maior do que esperada para o IGP-M no início da semana; confira o principais destaques do mercado