Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset

As criptomoedas se comportam muito como ações de tecnologia e tendem a ter reações parecidas quando os mercados se movimentam. Em 2022, a correlação entre o bitcoin (BTC) e o Nasdaq, o índice tech de Nova York, atingiu as máximas históricas; sendo assim, as moedas digitais deixaram de ser uma “ilha” no mundo dos investimentos.
Isso aconteceu devido à entrada em massa de investidores institucionais, que passaram a agir como guias das cotações. Para os fãs mais tradicionais de cripto, a chegada de grandes empresas pode ser de torcer o nariz — mas, sem dúvidas, foi o que impulsionou o valor de mercado global das criptomoedas para os US$ 3 trilhões nas máximas históricas.
Essa é a opinião de Axel Blikstad, fundador da BLP Crypto, uma gestora de fundos com exposição à criptomoedas e tecnologias criptográficas.
Juntamente com Guilherme Giserman, portfolio manager de global equities no Itaú Asset, eles participam do terceiro episódio da série Criptoverso do novo podcast Market Makers, criado por Thiago Salomão e Renato Santiago.
Ainda que o bitcoin se comporte como uma ação de tecnologia, a maior criptomoeda do mundo está longe de ser o equivalente ao papel de uma empresa. “Ele deveria ter uma correlação inversa com ativos de risco quando tudo mais está caótico. É o novo ouro digital”, diz Guilherme Giserman.
Do mercado tradicional para as criptomoedas: um salto do bitcoin
Assim como muitos outros integrantes da Faria Lima que entraram no universo das criptomoedas, a história de Axel Blikstad foi de uma migração do mercado tradicional para a conversão — como os adeptos de cripto gostam de chamar os novos integrantes desse universo.
Blikstad passou pelo BTG Pactual, Santander e outras instituições financeiras — tendo atuado principalmente, veja só, com renda fixa. Por isso, sua visão sobre o bitcoin é de que a maior criptomoeda do mundo ainda não deve ser usada como reserva de valor.
“Com 100% de volatilidade, o bitcoin não é reserva de valor de nada. Ainda. E se vier a ser: quanto vai valer? Pode ser até 40 vezes mais do que vale hoje”, comenta.
Não deixe de ouvir o mais recente episódio do Market Makers com Axel Blikstad, Guilherme Giserman e Renato Santiago. Dê o play!
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