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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Ótima notícia por um péssimo motivo

Copom e Fed decidem juros. Se não tem corte, tem aceno, que é quase a mesma coisa

Decisões de política monetária centram atenção nos mercados. Reação pode ser positiva, mas o que motiva a atuação dos BCs não é nada animador

Eduardo Campos
Eduardo Campos
19 de junho de 2019
4:58 - atualizado às 22:30
Copom
Diretores do Banco Central (BC) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) - Imagem: Banco Central do Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) e o Federal Reserve (Fed), banco central americano, apresentam suas decisões sobre taxa de juros nesta quarta-feira. Por aqui, a previsão é de manutenção da Selic em 6,5% ao ano, mas com expectativa de aceno de corte futuro. Por lá, a chance de corte hoje aumentou, mas se ele não vier, também teremos sinalização de redução em breve.

Para o bolso do investidor, Selic estável ou com chance de queda favorece a alocação em  bolsa de valoresfundos imobiliários e títulos longos do Tesouro Direto. A reação ao Copom, no entanto, ficará para sexta, pois decisão sair após o fechamento dos mercados. O Fed sai às 15 horas.

Apesar do bom desempenho das bolsas aqui e lá fora em função dessa expectativa de juros menores, a motivação dos cortes não seria algo a se comemorar. O Fed atua em resposta à piora nas perspectivas de crescimento. A guerra comercial parece cobrar seu preço. Por aqui, a economia também não reage em meio a um quadro de incerteza que envolve a agenda de reformas.

Copom - cautela e credibilidade

Apesar de um discurso firme de que não troca crescimento de curto prazo por inflação, os últimos dados de atividade e a movimentação no cenário internacional levam boa parte do mercado a acreditar que o colegiado presidido por Roberto Campos Neto vai fazer uma mudança na sua comunicação.

O Copom já reconhece um aumento no risco de a inflação ficar abaixo do projetado em função da debilidade da atividade econômica. Mas fala que o balanço de risco segue simétrico, pois também pesa o quadro externo e a questão das reformas.

Com Fed acenando corte de juros e a reforma da Previdência caminhando no Congresso, parte do mercado acredita que o Copom passará a falar em balanço assimétrico, senha para futura redução.

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A questão é quando o corte poderia ocorrer. As apostas se dividem e dois grandes grupos. Um acha que a Selic só será cortada depois que a reforma da Previdência for aprovada pela Câmara e Senado.

Outro grupo acredita que os cortes podem começar depois que o texto passar só pela Câmara. Há também aqueles que defendem, faz algum tempo, que o BC já teria de ter começado a cortar. Então, quanto antes melhor. Teremos reuniões em 31 de julho e 18 de setembro, janela temporal na qual já poderemos ver uma "solução" para a reforma.

Atenção também às projeções de inflação que já poderão ser feitas considerando o último boletim Focus, que deixou de estimar Selic a 6,5% no fim do ano e mostrou juro em 5,75%, no fim de 2019, e de 6,5% em 2020.

Em maio, com Selic a 6,5% e dólar a R$ 3,95, a inflação projetada era de 4,3% para 2019 e 4% para 2020. A meta deste ano é de 4,25%, de 4% em 2020 e de 3,75% em 2021.

As ações do Copom miram cada vez mais o ano de 2020 em função dos efeitos cumulativos e defasados que as ações de política monetária têm sobre o lado real da economia.

A comunicação deve perder o já tradicional “cautela, serenidade e perseverança”, que vinha sendo usado para descrever a melhor forma de condução da política monetária. Mas isso não deve ser visto como mudança de postura. O Copom disse que isso é um princípio bem assimilado.

O comunicado dessa decisão, bem como a ata a ser divulgada na próxima semana, servirão para embasar o Relatório de Inflação, que sai no dia 27, detalhando as projeções de inflação. O RI também deve trazer a nova projeção de crescimento do BC, que está em 2%, enquanto o mercado espera pouco menos de 1%.

Também na próxima semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define a meta de inflação de 2022 e há expectativa de redução para 3,5%. (aqui está o link para o gráfico interativo na página do BC)

Fed – pronto para atuar

O aceno informal para corte de juro nos EUA veio no dia 4 de junho, quando Jerome Powell disse que o Fed estava pronto para atuar caso os efeitos da guerra comercial afetassem a economia americana.

A fala de Powell chancelou as expectativas de redução de juros que estão estacionados entre 2,25% e 2,5% ao ano desde o fim do ano passado. No mercado, as previsões oscilam entre três ou quatro cortes.

A possibilidade de atuação do Fed já nesta quarta-feira aumentou depois que o Banco Central Europeu (BCE) acenou que também pode reduzir juros e tomar outras medidas de estímulo por lá.

Junto com a decisão, o Fed também apresenta as projeções de seus membros para crescimento, taxa de juros e inflação. Acompanharemos a entrevista de Jerome Powell, que certamente será perguntado sobre as habituais caneladas de Donald Trump.

Aliás, Donald Trump voltou seus canhões contra a União Europeia depois do aceno dado pelo BCE, falando que é uma forma injusta de competição comercial desvalorizar o euro.

O tuíte de Trump reacendeu preocupação de que a guerra comercial descambe para uma guerra cambial, com governos promovendo desvalorizações de suas moedas como forma de contornar tarifas comerciais.

Desde o começo dos anos 2000, o Fed se engajou em dois grandes movimentos de redução de juros. Em 2001 e 2007, depois de crises notáveis. Os cortes, nesses dois casos, não evitaram uma recessão e um “bear market” (mercado de baixa). Será que desta vez é diferente? (aqui tem o link para o gráfico interativo do FRED)

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