Santander ganha causa em tribunal contra analista demitida por texto contrário a Dilma
Em junho de 2014, a funcionária do banco foi responsável por um documento divulgado a um grupo de clientes que afirmava que a reeleição da então presidente seria negativa para os mercados
O Santander reverteu a decisão da Justiça que havia condenado o banco a indenizar uma ex-analista da instituição, demitida após a repercussão de um relatório que projetava um cenário negativo caso a então presidente Dilma Rousseff fosse reconduzida ao cargo nas eleições de 2014.
A 4ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) absolveu a instituição do pagamento de R$ 450 mil à ex-superintendente de consultoria de investimento. A defesa de Sinara Polycarpo sustentava que a divulgação pública de seu nome e de sua demissão havia prejudicado sua imagem profissional.
No entanto, os ministros entenderam que o caso foi divulgado pela imprensa, e não pela instituição — o que não justificaria, segundo eles, o Santander ter de indenizar a ex-funcionária. No entendimento da Justiça, por se tratar de um caso envolvendo a presidente da República, era natural que a decisão repercutisse.
O relator do recurso de revista do Santander, ministro Caputo Bastos, disse que não viu na decisão do TRT fato que comprovasse o ato ilícito do banco capaz de atingir a vida da consultora a ponto de justificar a indenização. "Não se poderia exigir da instituição bancária que ela impedisse a veiculação na mídia do ocorrido", diz a sentença.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Sinara Polycarpo. O banco Santander, por meio da assessoria de imprensa, não comentou o assunto até o momento.
Entenda o caso
Em junho de 2014, a na época supervisora do Santander foi desligada sem justa causa em razão da divulgação de um texto que clientes preferenciais do banco haviam recebido. O documento, em nome do banco, indicava que a reeleição da presidente Dilma Rousseff representaria uma ameaça à economia.
Leia Também
Segundo o texto, se Dilma voltasse a subir nas pesquisas e fosse reeleita, o "câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes". "Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos", dizia a análise.
À época, o extrato com a análise econômica do Santander foi noticiado por parte da imprensa, e ganhou repercussão nas redes sociais - parte o interpretou como uma campanha contra a na época presidente da República.
Quem seguiu, ganhou
Na reclamação trabalhista, a ex-funcionária atribuía a demissão a uma suposta perseguição política. O Santander sustentou que a empregada havia violado norma de conduta da instituição ao enviar conteúdo com conotação político-partidária aos clientes.
O irônico é que quem seguiu o alerta da analista ganhou dinheiro porque o cenário de alta do dólar e queda da bolsa se confirmou com a reeleição de Dilma.
A princípio, a decisão da Justiça indicou uma derrota para o Santander. O juízo da 78ª Vara do Trabalho de São Paulo entendeu que o banco havia se submetido às forças políticas ao demitir a empregada. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região (SP) teve entendimento semelhante e condenou a instituição ao pagar uma indenização de R$ 450 mil — decisão que foi revertida agora.
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
