Guerra comercial esfria, em dia de BCE
Decisão de Trump de adiar aumento da tarifa sobre bens chineses lança boas vibrações para negociações comerciais em outubro
O mercado financeiro dá boas-vindas à decisão de ontem à noite do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adiar para 15 de outubro a sobretaxa de 30% em U$ 250 bilhões de produtos chineses. O gesto de boa vontade foi feito após a China isentar alguns produtos da lista de tarifas que entram em vigor no dia 17 e cria vibrações positivas para as negociações comerciais, agendadas para o início do mês que vem, resgatando o apetite por risco. Mas o dia ainda reserva a decisão do Banco Central Europeu (BCE).
Enquanto esperam por um grande pacote de estímulos monetários na zona do euro, os investidores respiram aliviados com o esfriamento da guerra comercial entre EUA e China. Em mensagem pelo Twitter, Trump afirmou que, atendendo a um pedido do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e em respeito às celebrações dos 70 anos da Revolução Comunista na China, no início do mês que vem, houve um acordo em transferir o aumento de 25% para 30% de 1º para 15 de outubro.
Além disso, Pequim estaria considerando permitir as importações de produtos agrícolas norte-americanos, como soja e carne de porco. As medidas conciliatórias de ambos os lados parecem ser um esforço de China e EUA em criar um ambiente saudável para a retomada das negociações. A esperança do mercado financeiro, agora, é de que a reciprocidade na boa vontade possa continuar, com as duas maiores economias do mundo avançando em direção a um acordo, capaz de frear a desaceleração da atividade global.
Com isso, as principais bolsas encerraram a sessão em alta, com Tóquio e Xangai subindo 0,75%, cada, enquanto Hong Kong apagou os ganhos e fechou em queda de 0,2%. A Bolsa de Seul ficou fechada por feriado. Entre as moedas, o iene ensaia perdas, enquanto o yuan chinês (renminbi) se fortaleceu em relação ao dólar.
Em Nova York, os índices futuros das bolsas também avançam, com Wall Street enxergando certa disposição de Trump em negociar com Pequim para acabar com a disputa comercial, apesar de pouco progresso nas questões-chaves que impedem um acordo. Já na Europa, as bolsas também estão otimistas com o anúncio da decisão de juros do BCE e esperam mais estímulos monetários na região. Por ora, o euro sobe. Nas commodities, o petróleo e o minério de ferro têm alta.
À espera do BCE
A quinta-feira é dia de decisão de política monetária do BCE, às 8h45, o que limita as movimentações do mercado financeiro até lá. Mais do que o anúncio sobre as taxas de juros, a expectativa é pela entrevista coletiva do presidente do BCE, Mario Draghi, pouco depois, às 9h30.
Leia Também
O mercado espera que o BCE lance um grande pacote de estímulos, nos moldes de uma nova rodada de afrouxamento monetário (QE, na sigla em inglês). A previsão é de que o programa de recompra de bônus (soberanos e corporativos) comece entre o fim de 2019 e o início de 2020, ao ritmo de 20 a 40 bilhões de euro por mês, durante um período de até dois anos, acompanhando de um corte de 0,10 ou 0,20 ponto na taxa de depósito.
Mas mesmo com o BCE insatisfeito com as perspectivas de inflação e os dados mistos sobre a atividade entre os 17 países da zona do euro, os investidores estão receosos de que Draghi possa frustrar as expectativas, adiando para outubro qualquer ação mais consistente ou deixando para sua sucessora, Christine Lagarde, que assume em novembro. Por isso, não se pode descartar uma surpresa desagradável, tal qual ocorreu em julho.
Mais destaques na agenda
Além dos eventos envolvendo o BCE, a agenda econômica desta quinta-feira também traz como destaque o índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI) em agosto, às 9h30. O indicador é a última divulgação relevante antes da decisão do Federal Reserve na semana que vem e deve consolidar as apostas sobre o rumo da taxa de juros norte-americana.
Os sinais de desaceleração no crescimento do emprego no país, emitidos pelo payroll do mês passado, combinados com a ausência de pressão inflacionária devem pavimentar o caminho para um novo corte de 0,25 ponto nos Fed Funds, para 1,75% e 2,00%. A previsão é de desaceleração do CPI mensal e do núcleo do indicador, que exclui itens voláteis.
Ainda no calendário externo, nos EUA, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30) e o orçamento do Tesouro em agosto (15h), enquanto a zona do euro informa, logo cedo, os números da produção industrial em julho. Já no Brasil, será conhecido o desempenho do setor de serviços em julho (9h).
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
