🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Em dia de payroll, guerra comercial rouba a cena

Decisão de Trump de elevar tarifa de importação sobre produtos chineses reacende a tensão comercial e provoca aversão ao risco no mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
2 de agosto de 2019
5:28 - atualizado às 9:44
Escalada da guerra comercial e dados sobre emprego nos EUA colocam Fed em xeque -

A semana chega ao fim com as atenções do mercado financeiro voltadas para os dados de emprego nos Estados Unidos (payroll) em julho, às 9h30, passados os eventos envolvendo os bancos centrais. Mas o foco dos investidores está na guerra comercial que Donald Trump trava contra a China e que tem levado a economia global a uma forte desaceleração, resgatando a aversão ao risco nos negócios.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As principais bolsas asiáticas afundaram na sessão desta sexta-feira, diante da escalada da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Hong Kong liderou as perdas, com -2,5%, seguido de perto por Tóquio (-2,1%). Xangai ficou um pouco atrás, com -1,4%. Já o petróleo se recuperou durante a madrugada, enquanto o dólar perde força.

Na Europa, as bolsas abriram com fortes perdas, refletindo a decisão do presidente norte-americano, de elevar para 10% a tarifa sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas a partir de setembro, na maior ameaça até agora de Trump, que também pode atacar o Velho Continente. Em Nova York, os índices futuros amanheceram no vermelho e esse desempenho negativo lá fora pode contaminar a sessão local.

Afinal, Wall Street está preocupado com o impacto econômico da mais recente rodada de tarifas sobre bens chineses importados aos EUA, já que, desta vez, deve atingir mais diretamente o consumidor norte-americano. Afinal, a longa lista inclui produtos como smartphones, laptops e roupas infantis, sendo que o novo imposto pode ir “além” de 25%, segundo Trump.

Mera coincidência

O fato é que não foi mera coincidência o anúncio de Trump ter sido feito menos de 24 horas após a polêmica decisão do Federal Reserve sobre os juros. Muitos perceberam que, já que o Fed atrelou o corte nos Fed Funds à guerra comercial, faz sentido os EUA elevarem a tensão na disputa com a China, de modo a obter novas quedas na taxa norte-americana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fica, portanto, a dúvida se Trump teria feito tal anúncio de taxação extra sobre os produtos chineses que ainda não estavam sujeitos a impostos, caso o presidente do Fed, Jerome Powell, tivesse conduzido a entrevista coletiva de modo diferente. O chefe da Casa Branca mostrou-se decepcionado com a autoridade monetária e gostaria de ver o início de um ciclo de cortes nos juros dos EUA e não um “ajuste de meio de ciclo”.

Leia Também

Ao mesmo tempo, Trump escancara sua estratégia de governo e mostra que a condução mais frouxa (“dovish”) da política monetária por parte do Fed é condição sine qua non para o enfrentamento dos EUA contra a China na questão do comércio, de modo a amortizar os potenciais riscos à economia norte-americana que o conflito prolongado pode causar. Assim, se o Fed afrouxar a postura, a retórica protecionista fica endossada.

Em meio a esse dilema, Trump tenta se manter no páreo, com vistas às eleições presidenciais em 2020, atuando em duas frentes. De um lado, pressiona o Fed para amenizar o estrago da guerra comercial na atividade doméstica. De outro, dificulta a tentativa da China de desbancar a economia dos EUA em 2049, quando a Revolução Comunista completa 100 anos.

Seja como for, a nova rodada de tarifas adicionais não tende a aproximar os dois países de um acordo - ainda mais nos moldes que Washington deseja. Ao contrário, a sobretaxa em todas as exportações chinesas aos EUA tendem a tornar um pacto mais distante, levando Pequim a se concentrar mais no enfrentamento de uma prolongada guerra comercial do que na tentativa de suavização da escala do conflito. Assim, cresce a chance de retaliação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sob pressão

Mas essa pressão política da Casa Branca no Federal Reserve, arranhando a credibilidade e independência do mais importante Banco Central do mundo, não parece ser exclusividade. Também soou estranho o pedido do diretor de política econômica do BC brasileiro, Carlos Viana, de deixar o cargo, por motivos pessoais, um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de renovar o piso histórico da Selic.

No lugar de Viana, foi indicado Fábio Kanczuk, ex-secretário de política econômica entre 2016 e 2018 e Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia, onde o presidente do BC, Roberto Campos Neto, estudou. A apresentação do Relatório de Inflação referente ao terceiro trimestre, no fim de setembro, será o último compromisso de Viana à frente da autoridade monetária.

Há quem diga que houve interferência externa na decisão do Copom ontem, quando encerrou um longo período de 16 meses de estabilidade do juro básico e sinalizou um novo ciclo de quedas, iniciando o processo com uma dose maior, de 0,50 ponto. A pressão teria vindo do ministro Paulo Guedes (Economia), diante dos sinais cada vez mais firmes de que a economia brasileira voltará a entrar em recessão técnica na primeira metade deste ano.

Além disso, também deve ter havido uma pressão adicional por parte dos grandes bancos, que vêm perdendo margem, em meio ao surgimento de vários produtos financeiros lançados por empresas que entraram de vez nas plataformas digitais e ao apoio do BC às fintechs, que oferecem crédito mais barato. Agora, com uma Selic menor, as instituições tradicionais se financiam a custo mais baixo e emprestam a taxas ainda elevadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dia de payroll

Em meio a tantas polêmicas envolvendo os BCs, os investidores tentam ajustar o foco na agenda econômica do dia. O destaque fica com o payroll, que deve mostrar a criação de 170 mil vagas em julho, com a taxa de desemprego caindo a 3,6%. Em junho, foram abertos 224 mil postos de trabalho nos EUA.

Já os ganhos por hora devem manter o ritmo de alta, nas duas bases de comparação, ainda sem apontar perda de força nos rendimentos. É bom lembrar que um dado fraco sobre a geração de emprego nos EUA, acompanhando da ausência de pressão inflacionária vinda do reajuste dos salários, tende a elevar a pressão no Fed por mais cortes nos juros.

No mesmo horário do payroll (9h30), sai o resultado da balança comercial norte-americana em junho, que tende a elevar a discussão sobre a guerra comercial com a China. Depois, às 11h, é a vez das encomendas às fábricas nos EUA em junho e da leitura final de julho da confiança do consumidor no país.

Na Europa, logo cedo, serão conhecidos os dados de junho sobre as vendas no varejo e sobre a inflação no atacado (IPP). No Brasil, nenhum indicador está previsto, o que deixa o mercado doméstico mais refém do ambiente internacional, em meio à ausência de notícias no front político.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os investidores também devem repercutir o balanço recorde da Petrobras, que registrou lucro líquido de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre. O resultado reflete, em grande parte, a conclusão da venda da subsidiária TAG, que opera gasodutos do Norte e Nordeste. Excluídos fatores extraordinários, o lucro contábil da petrolífera foi de R$ 5,2 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar