🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Em dia de payroll, guerra comercial rouba a cena

Decisão de Trump de elevar tarifa de importação sobre produtos chineses reacende a tensão comercial e provoca aversão ao risco no mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
2 de agosto de 2019
5:28 - atualizado às 9:44
Escalada da guerra comercial e dados sobre emprego nos EUA colocam Fed em xeque -

A semana chega ao fim com as atenções do mercado financeiro voltadas para os dados de emprego nos Estados Unidos (payroll) em julho, às 9h30, passados os eventos envolvendo os bancos centrais. Mas o foco dos investidores está na guerra comercial que Donald Trump trava contra a China e que tem levado a economia global a uma forte desaceleração, resgatando a aversão ao risco nos negócios.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As principais bolsas asiáticas afundaram na sessão desta sexta-feira, diante da escalada da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Hong Kong liderou as perdas, com -2,5%, seguido de perto por Tóquio (-2,1%). Xangai ficou um pouco atrás, com -1,4%. Já o petróleo se recuperou durante a madrugada, enquanto o dólar perde força.

Na Europa, as bolsas abriram com fortes perdas, refletindo a decisão do presidente norte-americano, de elevar para 10% a tarifa sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas a partir de setembro, na maior ameaça até agora de Trump, que também pode atacar o Velho Continente. Em Nova York, os índices futuros amanheceram no vermelho e esse desempenho negativo lá fora pode contaminar a sessão local.

Afinal, Wall Street está preocupado com o impacto econômico da mais recente rodada de tarifas sobre bens chineses importados aos EUA, já que, desta vez, deve atingir mais diretamente o consumidor norte-americano. Afinal, a longa lista inclui produtos como smartphones, laptops e roupas infantis, sendo que o novo imposto pode ir “além” de 25%, segundo Trump.

Mera coincidência

O fato é que não foi mera coincidência o anúncio de Trump ter sido feito menos de 24 horas após a polêmica decisão do Federal Reserve sobre os juros. Muitos perceberam que, já que o Fed atrelou o corte nos Fed Funds à guerra comercial, faz sentido os EUA elevarem a tensão na disputa com a China, de modo a obter novas quedas na taxa norte-americana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fica, portanto, a dúvida se Trump teria feito tal anúncio de taxação extra sobre os produtos chineses que ainda não estavam sujeitos a impostos, caso o presidente do Fed, Jerome Powell, tivesse conduzido a entrevista coletiva de modo diferente. O chefe da Casa Branca mostrou-se decepcionado com a autoridade monetária e gostaria de ver o início de um ciclo de cortes nos juros dos EUA e não um “ajuste de meio de ciclo”.

Leia Também

Ao mesmo tempo, Trump escancara sua estratégia de governo e mostra que a condução mais frouxa (“dovish”) da política monetária por parte do Fed é condição sine qua non para o enfrentamento dos EUA contra a China na questão do comércio, de modo a amortizar os potenciais riscos à economia norte-americana que o conflito prolongado pode causar. Assim, se o Fed afrouxar a postura, a retórica protecionista fica endossada.

Em meio a esse dilema, Trump tenta se manter no páreo, com vistas às eleições presidenciais em 2020, atuando em duas frentes. De um lado, pressiona o Fed para amenizar o estrago da guerra comercial na atividade doméstica. De outro, dificulta a tentativa da China de desbancar a economia dos EUA em 2049, quando a Revolução Comunista completa 100 anos.

Seja como for, a nova rodada de tarifas adicionais não tende a aproximar os dois países de um acordo - ainda mais nos moldes que Washington deseja. Ao contrário, a sobretaxa em todas as exportações chinesas aos EUA tendem a tornar um pacto mais distante, levando Pequim a se concentrar mais no enfrentamento de uma prolongada guerra comercial do que na tentativa de suavização da escala do conflito. Assim, cresce a chance de retaliação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sob pressão

Mas essa pressão política da Casa Branca no Federal Reserve, arranhando a credibilidade e independência do mais importante Banco Central do mundo, não parece ser exclusividade. Também soou estranho o pedido do diretor de política econômica do BC brasileiro, Carlos Viana, de deixar o cargo, por motivos pessoais, um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de renovar o piso histórico da Selic.

No lugar de Viana, foi indicado Fábio Kanczuk, ex-secretário de política econômica entre 2016 e 2018 e Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia, onde o presidente do BC, Roberto Campos Neto, estudou. A apresentação do Relatório de Inflação referente ao terceiro trimestre, no fim de setembro, será o último compromisso de Viana à frente da autoridade monetária.

Há quem diga que houve interferência externa na decisão do Copom ontem, quando encerrou um longo período de 16 meses de estabilidade do juro básico e sinalizou um novo ciclo de quedas, iniciando o processo com uma dose maior, de 0,50 ponto. A pressão teria vindo do ministro Paulo Guedes (Economia), diante dos sinais cada vez mais firmes de que a economia brasileira voltará a entrar em recessão técnica na primeira metade deste ano.

Além disso, também deve ter havido uma pressão adicional por parte dos grandes bancos, que vêm perdendo margem, em meio ao surgimento de vários produtos financeiros lançados por empresas que entraram de vez nas plataformas digitais e ao apoio do BC às fintechs, que oferecem crédito mais barato. Agora, com uma Selic menor, as instituições tradicionais se financiam a custo mais baixo e emprestam a taxas ainda elevadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dia de payroll

Em meio a tantas polêmicas envolvendo os BCs, os investidores tentam ajustar o foco na agenda econômica do dia. O destaque fica com o payroll, que deve mostrar a criação de 170 mil vagas em julho, com a taxa de desemprego caindo a 3,6%. Em junho, foram abertos 224 mil postos de trabalho nos EUA.

Já os ganhos por hora devem manter o ritmo de alta, nas duas bases de comparação, ainda sem apontar perda de força nos rendimentos. É bom lembrar que um dado fraco sobre a geração de emprego nos EUA, acompanhando da ausência de pressão inflacionária vinda do reajuste dos salários, tende a elevar a pressão no Fed por mais cortes nos juros.

No mesmo horário do payroll (9h30), sai o resultado da balança comercial norte-americana em junho, que tende a elevar a discussão sobre a guerra comercial com a China. Depois, às 11h, é a vez das encomendas às fábricas nos EUA em junho e da leitura final de julho da confiança do consumidor no país.

Na Europa, logo cedo, serão conhecidos os dados de junho sobre as vendas no varejo e sobre a inflação no atacado (IPP). No Brasil, nenhum indicador está previsto, o que deixa o mercado doméstico mais refém do ambiente internacional, em meio à ausência de notícias no front político.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os investidores também devem repercutir o balanço recorde da Petrobras, que registrou lucro líquido de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre. O resultado reflete, em grande parte, a conclusão da venda da subsidiária TAG, que opera gasodutos do Norte e Nordeste. Excluídos fatores extraordinários, o lucro contábil da petrolífera foi de R$ 5,2 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar