🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Entrevista exclusiva

Bolsa é o melhor ativo para ganhar com o ciclo econômico que está começando, diz economista da Guide

Juro baixo, crescimento do crédito e menor presença do Estado, combinação que pode levar a uma década de crescimento, segundo Victor Candido

Eduardo Campos
Eduardo Campos
28 de junho de 2019
5:59 - atualizado às 9:47
Victor Candido
Imagem: Divulgação

A economia brasileira deve começar um ciclo bem longo, de cerca de uma década, de crescimento econômico. A avaliação é do economista-chefe da Guide, Victor Candido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A conversa com Candido também foi inspirada por uma postagem no “Twitter” sobre onde está o Brasil no ciclo econômico e ela contrasta um pouco com a entrevista anterior que fiz com James Gulbrandsen, da NCH Capital. O ponto em comum entre os dois é a visão de que o curto prazo pode trazer surpresas negativas. Outra característica comum é que os dois são fãs do gestor Howard Marks.

https://twitter.com/candidovictor/status/1139228594465574912?s=20

Aliás, a minha conversa com Victor Candido aconteceu em uma "virada de ciclo" pessoal. Ele está deixando a Guide e ingressando na Journey Capital, que tem áreas de gestão de ativos, com um fundo de debêntures incentivadas para investidores de varejo, gestão de patrimônio e assessoria para reestruturações, fusões e aquisições.

Antes de detalhar a linha de pensamento de Candido, adianto aqui que o economista avalia que a melhor opção para a pessoa física tirar proveito do que está por vir está na bolsa de valores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na renda fixa, ele afirma que acabou o almoço grátis do juro e que quem quiser investir nesse tipo de ativo terá de tomar risco. As melhores alternativas são os fundos que investem em crédito privado e em debêntures de infraestrutura.

Leia Também

Outro ativo que vai “bombar”, segundo Candido, são dos Fundos Imobiliários (FII) e a recomendação para quem está começando nesse segmento é buscar os Fundos de Fundos (FoFs), que investem em outros FIIs, ou mesmo os fundos de papel, que compram ativos atrelados ao setor.

Mas Candido faz um alerta. Antes de investir em qualquer produto, o investidor deve tomar cuidado com o “oba-oba”, buscar se conhecer como investidor, fixar objetivos e horizontes de investimento claros e, principalmente, saber o quanto está disposto a perder.

Se tiver dificuldades em fazer esse “check list” prévio à tomada de decisão de investimento, Candido recomenda ao investidor buscar um planejador financeiro certificado, que além de ajudar a definir esses objetivos pode explicar o funcionamento dos diferentes produtos. Saber o que está comprando é fundamental.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O pior já passou

Segundo Candido, os indicadores econômicos e diversas modelagens econométricas sugerem que o pior já passou. A recessão de 2015 e 2016 deixou sequelas grandes e a saída dela acontece com uma lentidão assustadora. Talvez sejamos o emergente a exibir o maior período de baixo crescimento que se tenha notícia.

Mas outro conjunto de dados sugere que teremos um ciclo muito proveitoso de crescimento pela frente. Além disso há um fato inédito na nossa história econômica. Estamos saindo de uma recessão com inflação abaixo da meta, juro baixo e com tendência de queda e contas externas ajustadas.

“Estamos no começo de um ciclo que pode ser bem longo. Há uma série de fatores que mostram que estamos no começo de ciclo”, afirma Candido.

Caiu, mas ainda não levantou

O ciclo econômico não se dissocia do ciclo de crédito e os dados levantados pelo economista, mostram que embora a demanda ainda não tenha aparecido, as condições para tomada de crédito estão postas e são boas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No lado das empresas, a inadimplência é a menor da série histórica e houve uma desalavancagem muito grande das famílias, apesar da recessão. Os recursos disponíveis, como liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e PIS/Pasep foram utilizados para o pagamento de dívidas.

Também há uma nova dinâmica com a saída do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do segmento de crédito, abrindo espaço para o mercado fazer seu papel de intermediador entre poupadores e tomadores.

“Meu ponto é: você não cresce, mas você nunca teve condições extremamente saudáveis para crescer”, avalia.

Candido pondera que mesmo que a economia piore mais um pouco, essas condições não serão perdidas e usa uma interessante figura para explicar seu raciocínio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“É mais ou menos assim. É como se o cara [economia] tivesse tomado um tombo e ainda não está de pé, ele está sentado. E tem condição de se levantar”, explica.

Para Candido, o problema é que nos apegamos muito aos dados de alta frequência e ficamos com a impressão de que as coisas estão muito ruins, de que nada vai funcionar.

Mas ao “dar três passos para trás” é possível notar que tem algo diferente acontecendo. “Talvez tenhamos um ciclo no qual o investimento seja o carro-chefe, seguido pelo consumo.”

Mudança tectônica

Em conversas com empresários, Candido diz ter captado boas intenções de investimento, pois o momento certo para adquirir infraestrutura física é agora, com preços ainda deprimidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já na classe política, diz o economista, é cada vez mais consensual que o Estado tem de ser reduzido. As lideranças políticas parecem reconhecer os malefícios que os excessos do passado causaram, e estão dispostas a abraçar uma agenda que facilite a vida e o funcionamento do setor privado.

É essa mudança de visão da classe política, aliada a um clamor da população por uma agenda mais pró-mercado, pró-iniciativa privada, que representa o que o economista acredita ser uma “mudança tectônica” que não está sendo capturada.

“O curto prazo ainda está ruim, mas está difícil não ficar otimista”, avalia.

A névoa da incerteza

Segundo Candido, as pessoas não consomem e o empresariado não investe por causa da incerteza, que ainda é grande. Mas esse "fog" começa a se dissipar com o convencimento de que a reforma da Previdência será aprovada e com potência suficiente para reduzir parte da incerteza fiscal. “Na Faria Lima é Previdência aprovada”, avalia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, há sinalizações microeconômicas positivas. Entre elas, a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para venda de subsidiárias de estatais, os leilões de concessões e um sistema financeiro mais competitivo por ações como cadastro positivo, "guerra das maquinhas" de cartão e discussões envolvendo o “open banking”.

Um fator fora do radar e que pode ajudar no crescimento deste ano e do próximo é o desempenho do agronegócio. Segundo Candido, os safra nos EUA teve problemas climáticos, enquanto aqui as coisas andaram bem. Fora que a China está comprando menos soja dos EUA, dando mais espaço para o nosso mercado.

“Estamos próximos de sermos o maior produtor de grãos do mundo. O agronegócios pode dar uma acelerada e ajudar a termos um quarto trimestre bem positivo”, avalia.

Riscos

Com 2019 perdido, mas um 2020 e outros anos se mostrando promissores, pergunto a Candido quais os riscos para esse cenário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O principal é o doméstico. É não conseguir fazer uma reforma da Previdência convincente, não reduzir o tamanho do Estados e abandonar as reformas microeconômicas.

Temos de ficar olho, também, nos riscos externos, como guerra comercial e recessão forte nos EUA ou Europa, mesmo que tal risco tenha diminuído com as sinalizações dadas por Federal Reserve (Fed), banco central americano, e Banco Central Europeu (BCE).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar