A carteira de um conservador
Se você acompanha o Seu Dinheiro, já está cansado de saber que a mamata da renda fixa acabou com a queda dos juros e que para ter ganhos mais robustos precisará assumir um pouco mais de risco. Provavelmente, já leu algo sobre como os gestores de fundos estão otimistas com a bolsa brasileira e acompanhou a escalada do Ibovespa neste ano.
Pode ser que você fique animado com o esperado “bull market” (ciclo de alta das ações). Mas pode ser que você fique de cabelo em pé só de pensar em arriscar seu capital na bolsa. Está tudo bem, eu te entendo. 😀
Por mais que eu defenda a diversificação de investimentos, sei que não é todo mundo que tem estômago para comprar ações. Mais do que isso: não é todo mundo que deve comprar ações.
Alguns leitores me contam seus relatos pessoais e pedem orientação. Eis alguns exemplos recorrentes:
- Autônomos com renda incerta e que carregam dúvidas sobre onde aplicar um dinheiro que podem precisar para pagar as contas do mês.
- Aposentados que vivem das suas economias e temem não ter tempo de se recuperar de eventuais tombos na bolsa.
- Famílias que simplesmente têm pouco dinheiro e muita exposição a riscos - e realmente não podem comprometer sua reserva de emergência.
- E, sim, há também investidores que simplesmente não conseguem lidar com a possibilidade de perder um real.
Se você está num dos casos acima, é possível que seja classificado como “conservador” naquele questionário que respondeu no banco ou na corretora. Mas não é por isso que você não pode sonhar em ganhar mais que o agora minguado CDI. Ou mesmo aplicar um pouquinho em renda variável. Levanta a cabeça e bora correr atrás de um rendimento melhor!
Para te ajudar a fazer seu dinheiro render mais sem assumir grandes riscos, pedi para a Julia Wiltgen sugerir algumas opções. Ela traz nesta reportagem quatro sugestões de carteiras para o investidor conservador. Vale muito a leitura.
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PS: a Julia está pesquisando agora opções para quem está disposto a assumir um pouco de risco. Em breve vamos disponibilizar também esse material no site. Fique ligado!
Essa aí passou!

Brasília voltou do recesso e, agora, sem tempo a perder. Depois de aprovar um requerimento de quebra de interstício (que permite acelerar a tramitação de um projeto), a Câmara dos Deputados votou em segundo turno o texto-base da reforma da Previdência. Por 370 votos a 124 a proposta passou. Agora pela manhã, os deputados devem começar a analisar os destaques - aqueles pedidos com mudanças específicas no texto. Depois dessa fase, a reforma segue para o Senado. Mas o dia hoje deve ser longo.
A Bula do Mercado: lá fora está difícil
O alívio no mercado financeiro ontem foi passageiro e os ativos no exterior têm pouca força para seguir em frente, depois que o banco central chinês definiu a taxa de referência diária para o yuan em 6,996 por dólar. O movimento foi suficiente para pressionar as bolsas asiáticas, contaminando os ativos globais. Xangai e Tóquio caíram 0,3%, cada, enquanto Hong Kong oscilou em alta.
Os investidores permanecem na defensiva enquanto não sabem até onde pode ir o embate entre as duas maiores economias do mundo. Essa percepção atinge os negócios em Wall Street, que amanheceram oscilando. As praças europeias também titubeiam, mas tentam se firmar no campo positivo.
Nos demais mercados, o dólar mede forças em relação às moedas rivais, enquanto o petróleo ensaia alta, à espera dos dados sobre os estoques semanais norte-americanos, que saem às 11h30.
Por aqui, a divulgação de resultados deve mexer com as ações. Entre ontem à noite e agora pela manhã, divulgaram os números trimestrais companhias como Engie, Iguatemi, RaiaDrogasil e BB Seguridade. Neste link você pode conferir um resumo dos principais dados dessas e outras empresas.
Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 2,06%, aos 103.163,69 pontos. O dólar à vista terminou a sessão em baixa de 0,03%, a R$ 3,9551. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Nem os super-heróis salvaram
Os Vingadores não conseguiram segurar a barra da Disney. O sucesso nas bilheterias da saga e de outras grandes produções trouxe grande expectativa para os resultados da empresa. A receita, de fato, subiu 33% no segundo trimestre. Nada mal, não? O problema é que os custos aumentaram quase 55%. Aí o mercado não gosta… No pré-mercado de hoje, as ações da Disney estão em baixa. Nesta reportagem, o Victor Aguiar traz mais detalhes do balanço.
Potência na queda
No início do texto de hoje, falei um pouco de investidores que tem grande aversão a perdas. Mas há também quem sofra para se desfazer de posições justamente porque acha que sempre pode ganhar mais. Às vezes, é hora de vender.
Esse é o tema do novo vídeo do especialista em análise gráfica Fausto Botelho. Ele fala do potencial de queda do S&P, um dos principais índices da bolsa americana. Além disso, Fausto avaliou os gráficos de 10 ações brasileiras e comentou as tendências.
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
Agenda
Índices
- IBGE divulga dados da produção industrial e do comércio em junho
- Banco Central publica números semanais sobre o fluxo cambial
- Alemanha divulga dados sobre sua produção industrial em junho
- Estados Unidos publicam dados semanais sobre o mercado de petróleo
Balanços 2º trimestre
- No Brasil: Gerdau e Braskem
- No exterior: UniCredit
- Teleconferências: BB Seguridade, Gerdau e Engie
Política
- Câmara continua processo de votação da reforma da Previdência em 2º turno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
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