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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Juros

IPCA surpreende mercado e BC, mas apenas reforça Selic estável em 6,5%

Depois de meses ficando abaixo das expectativas, inflação tem maior alta mensal desde a greve dos caminhoneiros

Eduardo Campos
Eduardo Campos
10 de abril de 2019
10:27 - atualizado às 17:18
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC) - Imagem: Pedro França/Agência Senado

Um fato raro aconteceu nesta quarta-feira com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Tanto o mercado quanto o Banco Central (BC) erram a projeção para baixo, depois de meses superestimando o comportamento dos preços.

Mas antes de olharmos os números, vamos ao que nos importa aqui. O desvio para cima não muda o cenário de Selic estável em 6,5% ao ano, que vem sendo reforçado pela cautela, serenidade e perseverança do BC.

Postura que deve ser reafirmado, ainda hoje, pelo presidente Roberto Campos Neto, que faz palestra em evento em Nova York. Seu discurso deve ser divulgado pela assessoria do BC, por volta das 11 horas.

O BC tem destacado que não reage a mudanças pontuais de cenário para cima ou para baixo, apenas quando enxerga mudança de tendência nas variáveis que acompanha.

O IPCA fechou o mês de março em 0,75%, vindo de 0,43% em fevereiro. Os analistas ouvidos pela “Projeções Broadcast” estimavam inflação entre 0,55% e 0,67%, com mediana de 0,63%. Já o BC, em seu último relatório de inflação, projetou IPCA de 0,55%.

A leitura mensal foi a maior para o meses de março desde 2015 (1,32%) e em 12 meses passou de 3,89% para 4,58%, maior leitura desde fevereiro de 2017 (4,76%).

IPCA março

Segundo o IBGE, a aceleração da inflação foi determinada pelas altas de 1,37% no grupo Alimentação e Bebidas e de 1,44% nos Transportes. Juntos, esses grupos responderam por 80% do índice do mês. Todos os grupos pesquisados no IPCA subiram de preço, exceto Comunicação, que com queda 0,22%, único com deflação.

Os núcleos, que tentam captar a tendência da inflação e são observados de perto pelo BC, não tiveram altas significativas.

Na sua última ata e no Relatório de Inflação, em março, o BC antecipava uma elevação da inflação nos próximos meses, “que deverá levar a inflação acumulada em doze meses a atingir um pico em torno de abril ou maio próximos. Em seguida, a inflação acumulada em doze meses deve recuar e encerrar o ano em torno dos níveis projetados”.

Para 2019, a meta de inflação é de 4,25% com banda de tolerância de 1,5 ponto, para 2020, que começa a ter peso crescente para o colegiado, a meta é de 4%. As projeções do BC com Selic estável e câmbio a R$ 3,85, apontam para IPCA de 4,1% neste ano de 4% em 2019.

A surpresa inflacionária de março deve promover uma redução nas apostas quanto a novos cortes de juros, que vinham aumentando já que os preços seguiam surpreendendo para baixo e atividade continua em rimo bastante moderado.

O BC também tem destacado a importância das reformas, notadamente a da Previdência, como "fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”.

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