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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Gestoras

Uma aposta no setor de varejo que já rendeu 262% do CDI

SRM Aseet usa expertise adquirida no mercado de crédito para antecipar movimentos na bolsa de valores

Eduardo Campos
Eduardo Campos
3 de abril de 2019
9:24 - atualizado às 13:41
Fábio Ohara - diretor SRM Asset
Diretor da SRM Asset, Fábio Ohara, vai usar conhecimento da empresa no mercado de crédito para buscar oportunidades na bolsa. - Imagem: Assessoria de Imprensa

A SRM Asset tem 15 anos de história, mais de R$ 1,8 bilhão sob gestão e uma profunda ligação com o setor real da economia, emprestando dinheiro a mais de 1,5 mil médias empresas atualmente. Em julho do ano passado, a empresa decidiu usar esse expertise sobre os ciclos econômico e de crédito para entrar no mundo dos fundo multimercado e a estratégia mostra resultado.

Como bem resume o diretor da SRM Asset, Fábio Ohara, a área de inteligência da empresa consegue medir o pulso da economia em tempo real ao cruzar informações acumuladas ao longo do tempo dando crédito via Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC) com diversas outras bases de dados.

“Consigo ver o custo do crédito, o preço das mercadorias, volume de venda, inadimplência e comercio exterior. Nossa grande aposta é usar essas informações para bolsa, subsidiando e enriquecendo a decisão de investimento”, diz Ohara.

A aplicação prática dessa estratégia está acontecendo no fundo SRM Exodus Plus FIC FIM, que tem um retorno de 262% do CDI (3,96%) desde o começo de 2019.

Long varejo, short índice

Segundo o gestor do fundo, Vicente Matheus Zuffo, entre agosto e setembro do ano passado, com a economia ainda em dúvida sobre o resultado da eleição, a equipe de inteligência detectou um aumento nas operações de desconto de duplicada e capital de giro das varejistas, sinalizando uma aceleração do setor que ainda não transparecia no mercado.

“Então achamos que valia a pena dar uma olhada no setor e montar uma posição para carregar”, diz.

A posição é diversificada, com shopping centers, setor têxtil e supermercados, e até o momento os dados mostram um desempenho melhor do varejo em comparação com a indústria, que ainda não se recuperou plenamente da greve dos caminhoneiros do ano passado.

Para proteger a exposição comprada, Zuffo faz operações vendidas, pontualmente, em Ibovespa futuro e índice de bolsa americana (S&P). “O long dessa carteira de varejo com short em índice tem funcionado bem”, avalia.

O fundo tem cerca de R$ 35 milhões em patrimônio, mas a meta é chegar a R$ 5 bilhões. O produto está nas plataformas da XP e da Órama. “Como a rentabilidade está boa esperamos crescimento relativamente rápido”, diz Zuffo.

O restante da exposição é diversificada, segundo o gestor, que se mantém longe dos papéis dos grandes bancos e de empresas muito expostas ao mercado chinês.

No setor financeiro, a SRM acredita na tese de disrupção com a chegada de novos agentes. A própria empresa tem sua fintech, a Trust, com foco em crédito a micro e pequenas empresas via desconto online de duplicatas.

Com relação às empresas ligadas à China, a cautela advém da avaliação de que a desaceleração por lá será maior do que a esperada pelo mercado. Aliás, a SRM avalia que os riscos externos, como uma desaceleração global, são maiores que os domésticos.

Otimismo cauteloso

Também com base na leitura dos dados proprietários, que são depurados por uma equipe dedicada dentro da casa, Zuffo disse que em janeiro eles já tinham identificado que as projeções para o PIB passariam por uma revisão de baixa, algo que se cristaliza agora, com o mercado falando em crescimento abaixo de 2%.

Mesmo com a economia ainda empacada, a posição de Zuffo é cautelosamente otimista com Brasil. A reforma da Previdência é a virada de chave para que a melhora de otimismo que atingiu a classe empresarial vire recuperação de fato.

As dúvidas são qual a reforma que saíra do Congresso, ou seja, se a economia projetada será capaz de garantir uma melhora das contas públicas, e o timing dessa aprovação.

“Acho que vai passar algo satisfatório, mas não será a reforma que está na cabeça do Paulo Guedes.”

Pergunto qual seria o pior cenário possível e Zuffo diz ter receio do caos, que seria o governo não obter 308 para aprovar a reforma, nos fazendo ter uma reedição dos anos de 2014 e 2015.

“Mas o Brasil não tem histórico de se jogar no caos. As instituições são mais fortes do que julgamos e reagem, fazendo a coisa andar, diferentemente dos nossos vizinhos. As opções são aprovar a reforma da Previdência ou aprovar a reforma da Previdência”, acredita.

Juros e câmbio

Para o gestor, haveria espaço para um real mais apreciado levando em conta os fundamentos como balança comercial, investimento direto e expectativas com captações e privatizações. Mas o real não deve se descolar muito dos pares emergentes e também há a expectativa com as reformas.

Destoando de alguns pares, Zuffo não acredita que há espaço para o Banco Central (BC) retomar os cortes na Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano, mesmo com inflação controlada e baixo crescimento.

Segundo o gestor, cortes adicionais da Selic não são uma bala de prata até porque pelos dados acompanhados pela SRM, há oferta de crédito, mas a demanda não reage como se esperaria.

Zuffo diz concordar com a cautela, serenidade e paciência do BC, pois com a aprovação das reformas e o encaminhamento de uma agenda de simplificação, menor burocracia e privatização, o país pode entrar em um novo ciclo de investimento e consumo acelerado, algo que pode ser motivo para um ciclo de alta da Selic mais adiante.

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