🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Ippon!

Enquanto prestava atenção na Previdência, o Ibovespa levou um golpe da indústria dos EUA

O desempenho mais fraco que o esperado da indústria americana em setembro se sobrepôs à tramitação da Previdência no Senado, derrubando o Ibovespa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
1 de outubro de 2019
10:32 - atualizado às 10:54
Judô ippon
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa passou os últimos dias se preparando para enfrentar um velho oponente nesta terça-feira (1): a tramitação da reforma da Previdência. Treinou bastante, aperfeiçoou as técnicas de defesa e fez de tudo para não ser pego de surpresa pelo adversário. Como resultado, subiu ao tatame cheio de confiança.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Importante: Fausto Botelho, um dos maiores especialistas de análise gráfica do Brasil, está reunindo um grupo para ganhar ao lado dele. Você pode conseguir um lugar. Veja como aqui.

O plano era bastante claro: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado daria sinal verde ao texto das novas regras da Previdência, abrindo espaço para que o projeto fosse votado em primeiro turno pelo plenário da Casa ainda hoje. Se tudo corresse conforme o planejado, o Ibovespa tinha tudo para sair com a vitória.

Mas o que o principal índice da bolsa brasileira não imaginava é que, antes da Previdência, um outro rival apareceria para confrontá-lo: um dado surpreendentemente fraco da economia americana. Pego despreparado, o Ibovespa não foi páreo para o novo oponente, sendo arremessado ao chão ainda durante a manhã. Um ippon.

Esse golpe perfeito aplicado pelo adversário estrangeiro mexeu com a moral da bolsa brasileira: por mais que o plano da Previdência tenha corrido de acordo com o script — pelo menos, até o fechamento do pregão —, o Ibovespa não conseguiu se recuperar, fechando o dia no campo negativo.

Logo após a abertura, o principal índice da bolsa brasileira chegou a subir 0,36%, aos 105.121,16 pontos. No entanto, o Ibovespa virou ao campo negativo depois da primeira hora de negociação, ficando por lá até o fim do dia: terminou em queda de 0,66%, aos 104.053,40 pontos — na mínima, bateu os 103.837,47 pontos (-0,87%).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado acionário local acompanhou o movimento visto lá fora: nos Estados Unidos, o Dow Jones (-1,28%), o S&P 500 (-1,29%) e o Nasdaq (-1,13%) fecharam a sessão em baixa, depois de terem iniciado o dia em alta. Na Europa, as principais praças também encerraram o dia com perdas.

Leia Também

Sem defesa

O ippon ocorreu logo após a divulgação do índice de atividade industrial dos EUA: o indicador caiu de 49,1 em agosto para 47,8 em setembro, o nível mais baixo desde junho de 2009 — analistas ouvidos pelo Wall Street Journal projetavam uma expansão para 50,2.

O resultado decepcionante voltou a acender uma luz de alerta em relação ao estado da economia dos Estados Unidos e à possibilidade de a guerra comercial com a China estar afetando negativamente a atividade no país. Assim, as bolsas de Nova York mergulharam ao campo negativo, arrastando os demais mercados acionários globais.

Além do dado em si, outro fator contribuiu para trazer cautela aos investidores: o tom agressivo adotado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao comentar o fraco desempenho da indústria do país no mês passado — no Twitter, ele voltou a disparar contra o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Como eu previ, Jay Powell e o Federal Reserve permitiram que o dólar ficasse tão forte, especialmente em relação às outras moedas, que nossa indústria está sendo negativamente afetada", escreveu Trump, voltando a afirmar que as taxas de juros do país estão muito altas. "Eles são seus piores inimigos, não fazem ideia [do que estão fazendo]. Patético".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dado mais fraco da indústria americana também tirou força do dólar: a divisa, que ganhava terreno em escala mundial, perdeu intensidade ainda durante a manhã — o índice DXY, que mede o desempenho do dólar na comparação com as moedas fortes, virou para queda.

Movimento semelhante foi visto em relação às divisas de países emergentes: o dólar manteve-se em alta ante o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno e o rand sul-africano, mas em menor intensidade. Por aqui, o dólar à vista terminou o dia teve ganho de 0,16%, a R$ 4,1619 — na máxima, foi aos R$ 4,1847 (+0,71%).

"Esse dado mais fraco da indústria dos EUA levantou toda uma preocupação em relação à guerra comercial, à desaceleração da economia no mundo, ao impeachment do Trump... veio tudo como uma bola de neve", disse um operador, destacando que, nesse cenário, a luta com a Previdência ficou em segundo plano.

Troca de golpes

No cenário doméstico, os agentes financeiros continuaram acompanhando de perto o noticiário de Brasília. No início da tarde, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o relatório da reforma da Previdência — agora, o texto será votado em primeiro turno no plenário da Casa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa nova etapa deve ser iniciada ainda hoje e encerrada, no máximo, na quarta-feira (2). Em tese, essa rapidez abre caminho para que o texto seja aprovado em segundo turno até o dia 10, mas declarações de lideranças do Senado e do próprio presidente da Casa, Davi Alcolumbre, deram a entender que a tramitação pode enfrentar mais percalços.

Alguns senadores já ameaçaram parar o andamento da Previdência após a votação em primeiro turno no plenário, citando insatisfação com o risco de a divisão dos recursos do megaleilão do petróleo ser alterada na Câmara. O próprio Alcolumbre já deu a entender que, em meio ao imbróglio, a votação em segundo turno pode ser adiada até o dia 15.

A aprovação da reforma da Previdência é amplamente aguardada pelos agentes financeiros, uma vez que a revisão das regras da aposentadoria é vista pelo mercado como fator fundamental para sanar as contas públicas e criara as bases para que a economia brasileira volte a crescer.

Assim, eventuais atrasos na tramitação tendem a trazer pessimismo às negociações, gerando dúvidas quanto ao estado das relações entre governo e Congresso. Por outro lado, o avanço da pauta sem novos sobressaltos tende a trazer alívio às operações, podendo impulsionar o Ibovespa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda no front doméstico, destaque para a expansão de 0,8% da produção industrial brasileira em agosto ante julho, superando as expectativas dos analistas ouvidos pelo Broadcast, que projetavam um crescimento de 0,2%. No entanto, a decepção com a indústria americana acabou ofuscando qualquer otimismo em relação a esse resultado.

Luta empatada nos juros

A desaceleração do dólar à vista trouxe alívio às curvas de juros, que encerraram a sessão desta terça-feira próximos da estabilidade, tanto na ponta curta quanto na longa.

Os DIs com vencimento em janeiro de 2021, por exemplo, tiveram alta de 4,95% para 4,96%. Já as curvas para janeiro de 2023 recuaram de 6,05% para 6,04%, enquanto as com vencimento em janeiro de 2025 fecharam com baixa de 6,67% para 6,64%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar