🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Imóvel por R$ 100

Fundos imobiliários: afinal, como funciona essa história de investir em imóveis por meio de fundos?

Fundos imobiliários são como qualquer outro tipo de fundo, só que não. Algumas especificidades os tornam bem diferentes dos fundos mais conhecidos, como os de renda fixa e ações. Conheça as semelhanças e diferenças entre os FII e os fundos a que estamos mais acostumados

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
2 de março de 2019
5:30 - atualizado às 19:10
Ilustração de imóveis e engrenagens
O funcionamento dos FII pode confundir: não há aplicações e resgates e cotas são negociadas na bolsa. Imagem: urfin/Shutterstock

Os fundos imobiliários são aplicações promissoras em tempos de juros baixos. Mas apesar de serem fundos de investimento, eles são diferentes dos fundos aos quais estamos mais acostumados, como os de renda fixa, os multimercados e os de ações. Por isso, achei importante escrever sobre as especificidades da aplicação em fundo imobiliário: como funciona o processo de investimento e desinvestimento e as formas de ganhar dinheiro com esse tipo de ativo.

Fundos imobiliários são similares aos fundos de investimento mais conhecidos. Assim como os fundos de renda fixa investem em ativos de renda fixa e os fundos de ações investem em ações, os fundos imobiliários investem em imóveis e ativos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, como CRI e LCI.

De maneira geral, fundos são veículos que permitem às pessoas físicas investirem, com poucos recursos, em uma carteira diversificada de ativos, muitos dos quais estariam fora do seu alcance para investimento direto. Tudo isso com gestão profissional. A união dos recursos de vários cotistas faz a força.

Ao comprar imóveis diretamente, você precisa desembolsar centenas de milhares ou mesmo milhões de reais, concentra seu patrimônio e ainda tem que se haver com a burocracia de gerir os ativos e os aluguéis.

A maioria das pessoas não tem bala na agulha para montar uma carteira de imóveis realmente diversificada, nem para comprar empreendimentos de alto padrão.

Por outro lado, qualquer investidor pode comprar cotas de fundos de investimento imobiliário (FII) com poucos recursos - o investimento parte de R$ 100 -, tornando-se dono de um pedacinho de um ou mais imóveis como lajes corporativas, shopping centers, galpões logísticos ou grandes condomínios residenciais.

Fundos fechados vs. fundos abertos

Entretanto, os FII têm um funcionamento um pouco diferente dos fundos de investimento mais conhecidos, como os de renda fixa, ações e multimercados. E é bom você compreendê-lo para evitar surpresas desagradáveis.

Fundos imobiliários são fundos fechados. Isso significa que eles não permitem aplicações e resgates e que seu número de cotas é limitado.

Já os fundos mais conhecidos, como os de renda fixa, ações e multimercados, são fundos abertos, que permitem aplicações e resgates a qualquer tempo.

Em função disso, não faz muito sentido falar em aporte inicial ou resgate no caso de um fundo imobiliário. O jeito de entrar e sair desse tipo de fundo é diferente. A forma de ganhar dinheiro com eles também.

Fundos abertos

De maneira geral, fundos abertos aceitam aplicações e resgates livremente e a qualquer tempo. O cotista pode entrar no fundo ou aumentar a sua participação quando quiser, a menos que, por motivos estratégicos, o fundo feche temporariamente para captação.

Fundos abertos estabelecem valores mínimos de aporte inicial e movimentação em regulamento, aceitando qualquer aplicação a partir dessas quantias mínimas. Os valores se mantêm fixos, a menos que o administrador os modifique em regulamento.

Da mesma forma, qualquer cotista pode pedir resgate total ou parcial das suas cotas sempre que desejar. Nessas horas, o gestor do fundo vende ativos da carteira para entregar ao cotista o valor solicitado.

Alguns fundos abertos têm prazo de carência para resgate, mas passado esse período, os resgates passam a ser permitidos.

Nem todo resgate de fundo aberto é imediato. Há fundos que levam dias ou até meses para disponibilizar os recursos na conta do cotista.

Mas não se trata de uma restrição, e sim de uma estratégia para que a venda de ativos para pagar o cotista ocorra no momento mais propício e ao melhor preço.

Fundo imobiliário: como funciona

No caso dos fundos fechados, a coisa muda um pouco de figura. Eles têm um número limitado de cotas e não permitem a entrada e a saída de cotistas livremente via aplicações e resgates.

Há duas maneiras de investir em um fundo fechado. Uma delas é por meio da participação em uma oferta pública.

Ao serem constituídos, esses fundos abrem para captação por um período determinado, durante o qual os interessados podem se candidatar a comprar cotas a um preço também pré-determinado.

Terminado o prazo, cada cotista recebe o número de cotas ao qual se candidatou, não sendo mais aceitos novos cotistas, nem novos aportes. Os recursos captados são usados para montar a carteira do fundo.

O fundo pode, eventualmente, reabrir para captação e realizar uma nova oferta pública, caso o gestor precise de mais recursos para investir.

A outra forma de se tornar cotista, já fora de um período de oferta pública, é comprando cotas de alguém que já seja cotista e deseje reduzir sua participação ou mesmo sair do fundo.

Como os resgates não são permitidos durante o período de vigência do fundo - só ocorrendo se ele encerrar suas atividades - a maneira de sair do investimento é justamente por meio da venda das cotas a outros investidores interessados.

No caso específico dos fundos imobiliários, a negociação de cotas entre os investidores é facilitada, pois uma boa parte dos FII tem cotas negociadas em bolsa de valores, como se fossem ações.

Para negociá-las, basta ter conta em uma corretora de valores. É possível comprar e vender via home broker, e os custos são os mesmos da negociação de ações (corretagem, custódia e emolumentos).

No vídeo a seguir eu falo sobre como investir em fundos imobiliários:

A história do aporte mínimo inicial

Fundos fechados não têm aporte mínimo inicial, portanto. No caso dos FII, há um mínimo de investimento durante a oferta pública, que normalmente é de R$ 100 por cota.

Mas a partir do momento em que as cotas passam a ser negociadas na bolsa, estão sujeitas à lei da oferta e da demanda, podendo flutuar para cima ou para baixo. Igualzinho ao que ocorre com as ações.

Assim, se você pretende comprar cotas de um FII na bolsa, o valor mínimo de investimento será o preço da cota no dia em que você fizer a compra.

Fundos com boas perspectivas tendem a se valorizar, enquanto aqueles cujas perspectivas dos investidores não sejam muito boas tendem a se desvalorizar.

Duas formas de lucrar

Nos fundos abertos, a valorização dos ativos da carteira, bem como os eventuais rendimentos pagos por eles, levam as cotas a se valorizarem ou desvalorizarem. No resgate, você realiza o lucro ou prejuízo.

Já nos fundos imobiliários, o cotista pode ganhar de duas maneiras: pela distribuição de rendimentos feita pelo fundo e pela valorização das cotas.

Os FII costumam pagar, periodicamente, rendimentos em geral isentos de imposto de renda para a pessoa física. Normalmente, eles são frutos dos aluguéis dos empreendimentos da carteira.

Alguns FII pagam rendimentos esporádicos, talvez por não focarem tanto em aluguel, mas sim em lucrar com a venda dos ativos da carteira. Mesmo nesses casos, porém, os rendimentos podem ser isentos de IR.

Ao vender cotas de um FII, você também pode lucrar com a sua valorização. Mas lembre-se de que também pode haver perdas, pois elas podem ter se desvalorizado.

Em caso de ganho com a valorização das cotas, o lucro é tributado em 20% e deve ser recolhido pelo próprio investidor, até o último dia útil do mês seguinte ao da venda.

Perceba, portanto, que ao comprar cotas de um FII, você deve estar ciente de que só pode sair do investimento durante a vigência do fundo por meio da venda de cotas, e que o preço de venda pode ser maior ou menor do que aquele que você pagou ao entrar no fundo. Ou seja, retornos negativos são possíveis.

Compartilhe

DINHEIRO NA CONTA

Mais de 160 fundos imobiliários pagam dividendos hoje; XPCM11, FII que salta 42,5% na semana com novo locatário, está na lista

15 de setembro de 2022 - 13:07

Veja os principais FIIs a distribuírem dividendos hoje e a data base para ter direito aos proventos

MIRA TRAVADA

Fundo imobiliário PATC11 quer comprar dois ativos do BLMC11; FII está envolvido em outra proposta de venda de portfólio

15 de setembro de 2022 - 12:19

O alvo da vez do Pátria Edifícios Corporativos são dois pavimentos do edifício Brascan Century Corporate, localizado na capital paulista

ATIVISMO NA INDÚSTRIA

Fundos imobiliários: PATC11 propõe venda de ativos do portfólio do VLOL11 e os dois FIIs avançam com expectativa para convocação de assembleia

14 de setembro de 2022 - 14:10

Os imóveis envolvidos na possível venda estão localizados em uma das regiões com a maior demanda por escritórios do país e têm classificação AAA

VACÂNCIA REDUZIDA

Fundo imobiliário XPCM11 dispara na bolsa com novo inquilino 20 meses após Petrobras deixar o prédio

12 de setembro de 2022 - 17:20

O Edifício Corporate Macaé estava 100% vago desde dezembro de 2021, quando a petroleira decidiu rescindir o contrato

FII DO MÊS

Fundo imobiliário que subiu quase 10% em agosto e tem Magalu como inquilino é o mais recomendado para setembro; confira os FIIs favoritos de 10 corretoras

7 de setembro de 2022 - 7:03

O Bresco Logística é o favorito das corretoras desde março deste ano; quem seguiu a recomendação desde então garantiu uma alta de 9,4%

QUERIDINHO DO MOMENTO

A hora e a vez dos fundos imobiliários de tijolo — Santander recomenda os FIIs com maior potencial de valorização

4 de setembro de 2022 - 12:32

Um dos grupos que mais sofreu desde o início da pandemia e, em seguida, com aumento da taxa de juro, os FIIs que compram, vendem e gerenciam ativos reais voltam a brilhar

A FONTE VOLTOU A JORRAR

Fundo imobiliário de hotéis volta a pagar dividendos após deixar mais de 22 mil cotistas sem proventos por dois anos e meio

1 de setembro de 2022 - 17:17

Apesar da recompensa, porém, quem manteve o FII na carteira nesse período viu as cotas recuarem mais de 25%

Balanço do mês

Bolsa e fundos imobiliários passam por virada em agosto e ficam entre os melhores investimentos do mês; bitcoin volta para a lanterna

31 de agosto de 2022 - 19:49

Primeiro lugar, no entanto, ficou com os títulos prefixados, beneficiados pela perspectiva de que a taxa Selic finalmente deve parar de subir

FII ARTILHEIRO

Para a XP, um fundo imobiliário deve lucrar com a Copa do Mundo — veja qual

31 de agosto de 2022 - 14:54

A corretora afirma que FIIs donos de imóveis com contratos ligados ao varejo alimentar podem ser beneficiados com o crescimento da demanda durante os jogos

O JOGO VIROU

A corrida pelo tijolo: por que 9 dos 10 fundos imobiliários mais rentáveis do mês são do segmento de escritórios, shoppings e logística

31 de agosto de 2022 - 6:10

Um movimento de realocação de carteiras levou a classe a registrar, pela segunda vez consecutiva neste ano, uma performance superior aos FIIs de papel

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar