O circo de Brasília se apresenta hoje
Respeitável leitor, o espetáculo vai começar! O circo já está armado em Brasília e terá transmissão em tempo real, com reprise dos melhores momentos em todos os canais de mídia (golpista, vermelha ou social). Estão no roteiro apresentações de palhaços, malabaristas, equilibristas e fantoches. Você também deve ver homens na corda bamba e até mesmo feras no picadeiro (será?).
Depois do feriado de Páscoa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados retoma a análise da reforma da Previdência. Em tese, a sessão terá a votação da tal da admissibilidade da proposta de Paulo Guedes, um dos trâmites necessários antes de levar o texto ao plenário da Câmara dos Deputados.
Há dúvidas se a votação será hoje mesmo. São vários motivos que podem atrasar o trâmite, tais como:
- O relator Marcelo Freitas, que deu um parecer recomendando a aceitação na íntegra, agora quer mudar sua avaliação. Ou seja, será necessário ler o parecer novamente e abrir para discussão.
- O apoio do Centrão ao governo ainda é incerto. Aliás, o governo se reúne horas antes da reunião com líderes dos partidos para tentar um acordo. Será que vai dar tempo de fechar algo?
- A oposição já conseguiu encerrar uma reunião da CCJ ao chamar o ministro Paulo Guedes de “tchutchuca”. Hoje certamente vai tentar um novo show. Além do jogo de cena, a oposição tenta adiar a votação na Justiça.
Para o governo será uma prova de fogo da sua articulação política para emplacar a reforma da Previdência. Para os investidores, um teste de nervos. Os mercados vão acompanhar com lupa o desenrolar das discussões na CCJ. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar da bolsa e dólar hoje.
Se vai ter votação, eu não sei. Mas certamente Brasília vai nos presentear com mais um espetáculo de circo. Compre sua pipoca…

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Um conto de realismo fantástico nos céus do Brasil
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, soltou o verbo para refutar a tese de que a empresa tem interesse de que a Avianca morra na praia antes da venda da operação. A companhia corre o risco de não sobreviver até a data do leilão, daqui a 15 dias. Em entrevista ao Estadão, Kakinoff classificou também como “realidade fantástica” a tese de que a Gol e a Latam entraram na disputa apenas para evitar a compra da Avianca pela Azul. A versão da Gol é que ela foi procurada por um dos principais credores da empresa, o fundo Elliot, e que perderá R$ 190 milhões se o leilão da Avianca não sair. Entenda o que está em jogo.
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Um grande abraço e ótima terça-feira!
Agenda
Balanços 1º trimestre
- No Brasil: Cielo e Via Varejo
- Lá fora: Coca-Cola, Twitter, Snap, Procter & Gamble e Verizon.
Política
- CCJ da Câmara faz sessão que pode votar parecer sobre a reforma da Previdência
- Comissão Mista da Câmara continua trabalhos sobre projeto que eleva limite de participação estrangeira em companhias aéreas
- União Europeia divulga relatório sobre relação PIB x Dívida Pública
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