Por que as ações do setor de educação subiram em bloco?
Kroton, Estácio e Ser Educacional fecharam em alta nesta sexta-feira (10), destacando-se num dia em que o Ibovespa se manteve em terreno negativo durante toda a sessão
O Ibovespa se manteve em terreno negativo desde o início do pregão nesta sexta-feira (10), pressionado pela cautela global envolvendo as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Mas um setor específico foi na contramão e despontou entre as maiores altas da bolsa: o das empresas de educação.
Os papéis ON da Kroton (KROT3), por exemplo, fecharam em alta de 5,1%, a R$ 10,10, e apresentaram o melhor desempenho do Ibovespa nesta sexta-feira, enquanto as ações ON da Estácio (ESTC3) tiveram ganho de 2,11%, a R$ 28,50. Fora do índice, Ser Educacional ON (SEER3) avançou 5,09%, a R$ 24,15.
E a razão para o setor estar remando contra a maré é simples: os balanços trimestrais da Estácio e da Ser agradaram o mercado — e aumentaram a expectativa em relação aos resultados da Kroton.
Estácio e o EAD
A Estácio encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 246,7 milhões, alta de 25% em relação ao mesmo intervalo de 2018. Além disso, a base de alunos da companhia avançou 2,8% na mesma base de comparação, chegando a 561,3 mil estudantes.
Em relatório, o Bradesco BBI classificou os resultados da empresa como "sólidos", destacando o bom desempenho do segmento de educação a distância (EAD). O total de alunos nessa categoria chegou a 239,2 mil, um crescimento de 19,9% em um ano, e a receita gerada pelo EAD aumentou 27%, para R$ 172,7 milhões.
Na máxima do dia, as ações ON da Estácio chegaram a subir 3,44%, a R$ 28,87. O Bradesco BBI possui recomendação "outperform" (semelhante a compra) para os papéis, com preço-alvo de R$ 36,00.
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Expansão de margem na Ser
A Ser Educacional, por sua vez, registrou lucro líquido de R$ 63,9 milhões entre janeiro e março deste ano, alta de 9% ante o primeiro trimestre de 2018. A base de alunos avançou 1,2%, para 161,9 mil estudantes.
O Itaú BBA elogiou os resultados da Ser, destacando a expansão de 24,1% no Ebitda ajustado — isto é, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização —, para R$ 97,1 milhões. Com isso, a margem Ebitda ajustada da Ser ficou em 31,9% no trimestre, ante 24,7% nos primeiros três meses do ano passado.
Para o banco, a expansão na margem foi resultado, entre outros pontos, do plano de aumento de eficiência colocado em prática pela empresa e da otimização do corpo docente. A Ser ainda anunciou dividendos extraordinários no montante de R$ 250 milhões, o que ajudou a dar ainda mais força aos papéis.
No melhor momento do dia, os papéis da companhia tocaram os R$ 24,36 (+6,01%). O Itaú BBA possui recomendação de compra para os papéis da empresa, com preço-alvo de R$ 26,00.
E a Kroton?
Com os resultados de outras empresas do setor de educação surpreendendo positivamente o mercado, os olhos agora voltam-se à líder do segmento: a Kroton, que divulga seu balanço na próxima quarta-feira (15), antes da abertura do pregão.
Segundo a média das projeções de analistas consultados pela Bloomberg, a Kroton deve reportar lucro líquido de R$ 448 milhões no primeiro trimestre deste ano — número que, se confirmado, representa uma queda de 16,8% na base anual.
A receita líquida e o Ebitda da companhia, por sua vez, devem chegar a R$ 1,367 bilhão e a R$ 612,3 milhões, respectivamente — praticamente estáveis em relação ao primeiro trimestre deste ano.
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