Cautela, serenidade e perseverança ao quadrado na ata do Copom
Banco Central afirma que estímulo está adequado e que crescimento depende da redução de incertezas, que passa pela aprovação de reformas

A ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou cautela, serenidade e perseverança na condução da taxa básica de juros, reforçando que a Selic permanece estável em 6,5% ao ano por um bom período de tempo.
Juro baixo e estável é boa notícia para os ativos de risco, como bolsa de valores e também estimula a queda dos juros de longo prazo. No entanto, a manutenção desse cenário depende da aprovação das reformas, notadamente as de natureza fiscal. Assim como você, eu e o restante do mercado, o BC precisa saber que reforma da Previdência saíra do Congresso e quando isso acontecerá.
Essa foi a primeira reunião do Copom comanda por Roberto Campos Neto, que já tinha indicado que manteria o desenho de política feito por seu antecessor, Ilan Goldfajn.
O BC deixou de dedicar um parágrafo para comentar eventual aceno sobre os passos futuros, optando por reafirmar, pela segunda no comunicado, “cautela, serenidade e perseverança”.
Até então, o BC afirmava que a atual conjuntura recomendava maior flexibilidade para a condução da política monetária, o que implicava em abster-se de indicar os próximos passos.
Para o BC, a política monetária está estimulativa, ou seja, o juro real está baixo da taxa neutra, e “que uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares mais robustos dependerá da diminuição das incertezas”, o que passa pela aprovação das reformas.
Leia Também
Aquém do esperado
O BC aprofunda um pouco a discussão sobre o crescimento, que tem decepcionado e estimulado um debate de que a Selic poderia ter caído e deveria cair ainda mais como forma de estimular a retomada, sem ameaçar o cumprimento das metas de inflação.
O colegiado confirma um crescimento aquém do esperado no fim de 2018, fala do impacto disso sobre o “carregamento estatístico”, que se reflete na redução das projeções de 2019 e que esses prognósticos também parecem refletir indicadores preliminares disponíveis para os primeiros meses do trimestre corrente.
Ainda assim, o BC reforça que a dinâmica é consistente com seu cenário básico de recuperação em ritmo gradual. O BC mantém projeção de alta do PIB de 2,4%, que poderá ser revista ainda nesta semana.
Para o BC, mesmo com as revisões das projeções do mercado da linha de 2,5% para cerca de 2%, os prognósticos para o crescimento do PIB na margem, ou seja, do primeiro ou segundo trimestres em diante, em relação aos trimestres anteriores, "não sofreram alterações relevantes".
Segundo o BC, a economia sofreu diversos choques adversos em 2018, como greve dos caminhoneiros, crise de emergentes e incerteza eleitoral. “Esses fatores produziram impactos sobre a economia e aperto relevante das condições financeiras, cujos efeitos sobre a atividade econômica persistem mesmo após cessados seus impactos diretos”, diz o Copom.
Ainda de acordo com o BC, esses choques devem ter reduzido sensivelmente o crescimento que a economia brasileira teria vivenciado na sua ausência.
Aqui fica uma dúvida, se o BC está apenas relatando o passado, ou sugerindo que tivemos uma perda de PIB potencial, ou seja, a capacidade de a economia crescer sem gerar inflação estaria menor.
Essas explicações ajudam a fundamentar a preferência por “observar o comportamento da economia brasileira longo do tempo, com menor grau de incerteza e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado”.
“O Comitê considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo.”
Inflação
Segundo o BC, a inflação e sua tendência (núcleos) estão em níveis apropriados ou confortáveis (senha para ao redor das metas) e as projeções indicam convergência da inflação em direção às metas ao longo de 2019 (4,25%) e 2020 (4%), que ganha cada vez mais relevância no horizonte de política monetária.
Na quinta-feira, dia 28, o BC apresenta o Relatório de Inflação, detalhando as projeções até 2021, mas na ata, o BC já antecipa elevação da inflação nos próximos meses, que deverá levar a inflação acumulada em doze meses a atingir um pico em torno de abril ou maio próximos.
Em seguida, explica o BC, a inflação acumulada em doze meses deve recuar e encerrar o ano em torno dos níveis projetados de 4%. Mas faz uma ponderação: “a consolidação desse cenário favorável no médio e longo prazos depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira”.
Agora pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março, que surpreendeu para cima ao marcar 0,54%, maior desde 2015, ante 0,34% em fevereiro. O resultado ficou acima da mediana do mercado de 0,5%, da “Projeções Broadcast”. Em 12 meses, a variação é de 4,18%.
Os núcleos, no entanto, mostram redução na margem, mas têm breve aceleração na medição em 12 meses, segundo os cálculos da CM Capital Markets. O grupo alimentação respondeu por 0,32 pontos da inflação.
De volta à ata, os riscos de alta e de baixa da inflação estão equilibrados. Por um lado, a atividade fraca pode manter o IPCA abaixo da meta. De outro lado, uma frustração com as reformas pode colocar os preços para cima, risco que se intensifica em caso de piora externa.
Cenário externo desafiador
O Copom mantém a avaliação de um quadro internacional desafiador e discutiu diferentes trajetórias para a economia americana.
O primeiro cenário é de desaceleração relevante da atividade econômica. O segundo cenário é de continuidade do vigor exibido nos últimos anos.
Segundo o BC, esses dois cenários têm implicações opostas para o rumo da política monetária do Federal Reserve (Fed), banco central americano, que passou a emitir sinais de que pretende aguardar a resolução dessa incerteza ao longo do tempo.
O Fed também esteve reunido na quarta-feira da semana passada e reiterou paciência na condução da política monetária por lá, deixou de projetar alta de juros em 2019 e redesenhou o programa que lida com os ativos do seu balanço.
Além disso, os membros do Copom avaliaram que os riscos associados a uma desaceleração da economia global se intensificaram, pois a Europa dá sinais de desaceleração econômica relevante e “fatores indutores de incerteza” podem contribuir para um crescimento global ainda menor.
Dentro desse contexto, o BC voltou a destacar a capacidade que a economia brasileira apresenta de absorver revés no cenário internacional, devido ao seu balanço de pagamentos robusto, à ancoragem das expectativas de inflação e à perspectiva de recuperação econômica.
Toda essa discussão sobre cenário externo guarda relação com a cotação da moeda americana, que tem influência não desprezível sobre o comportamento da inflação. Para dar um parâmetro, entre a reunião de fevereiro e a da semana passada, o dólar considerado no modelo de projeção subiu de R$ 3,70 para R$ 3,85, com o IPCA estimado avançando de 3,9% para 4,1% em 2019.
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.
Horário de verão em 2025? Governo Lula toma decisão inapelável
Decisão sobre o horário de verão em 2025 foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Quina 6851 e outras loterias acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio
Embora a Quina tenha acabado de sair pela primeira vez em outubro, ela já oferece o terceiro maior prêmio da noite desta terça-feira (14)
Lotofácil 3511 começa semana fazendo um novo milionário na próxima capital do Brasil
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta terça-feira (14) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3512
Brasil x Japão: Onde assistir e horário
Amistoso Brasil x Japão: canais, horário de Brasília e prováveis escalações da Seleção
Grupo SBF (SBFG3) está ‘subavaliado e ignorado’? Bradesco BBI vê potencial de 45% para a ação da dona da Centauro
Os analistas acreditam que os preços atuais não refletem a maior visibilidade do crescimento do lucro da empresa
Não é cidade nem campo: o lugar com maior taxa de ocupação de trabalhadores do Brasil é um paraíso litorâneo
Entre os 5.570 municípios do país, apenas um superou a taxa de ocupação 80% da população no Censo 2022. Veja onde fica esse paraíso.
CNH sem autoescola: Governo divulga o passo a passo para obter a habilitação
Governo detalha o novo passo a passo para tirar a CNH sem autoescola obrigatória: EAD liberado, instrutor credenciado e promessa de custo até 80% menor
Pix Automático: está no ar a funcionalidade que pretende tornar mais simples o pagamento das contas do mês
Nova funcionalidade do Pix, desenvolvido pelo Banco Central, torna o pagamento de contas recorrentes automático entre bancos diferentes