Guerra das maquininhas derruba lucro da Cielo no segundo trimestre
Resultado da Cielo foi de R$ 431,2 milhões, queda de 33,3% e mais uma vez abaixo das projeções do mercado. Empresa controlada pelo Bradesco e Banco do Brasil derruba preços, mas volume de transações com maquininhas reage

A principal vítima da "guerra das maquininhas" de cartão teve mais um trimestre difícil. A Cielo registrou lucro líquido de R$ 431,2 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 33,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado ficou abaixo das projeções dos analistas, que já eram bem pessimistas e apontavam para um lucro de R$ 457,5 milhões, de acordo com dados da Bloomberg.
Os números foram publicados pela regra contábil brasileira (Cosif). Mas se consideramos os padrões contábeis internacionais (IFRS), com o qual a Cielo divulgava seus números até o ano passado, o resultado seria ainda pior: lucro de R$ 417,6 milhões e queda de 48,9%.
A receita líquida da companhia controlada pelo Bradesco e Banco do Brasil apresentou queda de 4,4% na comparação com o segundo trimestre do ano passado e somou R$ 2,8 bilhões. A receita com a antecipação de recebíveis, que em outros tempos foi uma mina de ouro para a Cielo, apresentou um tombo de 28,7%, na mesma base de comparação.
Além da receita menor, a Cielo - que é líder no mercado de maquininhas - teve um aumento de 13,3% nos gastos, que totalizaram R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre.
Como resultado, o Ebitda - sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - recuou 34,7%, para R$ 748,7 milhões. A margem Ebitda caiu nada menos que 12,4 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre do ano passado, para 26,7%.
Leia Também
Volume reage, mas...
Enquanto os resultados mais uma vez têm gosto amargo para o acionista da Cielo, pelo menos do lado operacional a empresa tem mostrado sinais de que pode reagir na guerra das maquininhas.
O volume financeiro capturado nos terminais da empresa aumentou 8,9% na comparação com o mesmo período de 2018 e 4,9% em relação aos três primeiros meses deste ano. Trata-se do melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2017, quando a companhia começou a sentir com mais força os efeitos do aumento da concorrência no setor.
A base ativa de maquininhas da companhia também atingiu 1,4 milhão de clientes, um avanço de 4,6% em três meses e de 14,4% em relação ao segundo trimestre de 2018.
Mas para conseguir esse resultado a Cielo precisou deixar bastante dinheiro na mesa e mergulhar de cabeça na guerra de preços do mercado. O chamado "yield", ou seja, o percentual das vendas realizadas nas maquininhas que se transformam em receita caiu de 0,93% para apenas 0,82% apenas no trimestre. Há 12 meses, o yield estava em 1,07%.
Para fazer frente à disputa no mercado de maquininhas, a Cielo abriu mão da meta de lucro que havia sido definida para este ano, que variava entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,6 bilhões.
A Cielo também cortou o pagamento de dividendos de 70% para apenas 30% do resultado deste ano. A empresa anunciou que vai pagar R$ 143,3 milhões aos acionistas no dia 27 de setembro, valor referente ao lucro do segundo trimestre.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira