🔴 NOVA META: RENDA EXTRA DE ATÉ R$ 2 MIL POR DIA ENTENDA COMO

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado aguarda próximos capítulos

Apresentação de proposta ainda robusta para a reforma da Previdência anima o mercado doméstico, enquanto exterior monitora riscos geopolíticos e desaceleração na China

Olivia Bulla
Olivia Bulla
14 de junho de 2019
5:43 - atualizado às 6:14
Demissão do primeiro militar no governo Bolsonaro pode pesar

Dados fracos de atividade industrial na China e tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã pressionam os mercados internacionais nesta manhã, antes de indicadores econômicos que podem calibrar as chances de corte de juros pelo Federal Reserve ainda neste ano. No Brasil, o mercado financeiro ficou animado com uma proposta de reforma da Previdência ainda robusta e aguarda as cenas dos próximos capítulos no Congresso.

O calendário é apertado. O debate na comissão especial sobre o parecer do relator, deputado Samuel Moreira, deve começar na próxima terça-feira e se estender até o fim deste mês. A previsão é de que o relatório, que prevê uma economia fiscal perto de R$ 1 trilhão em dez anos, seja votado somente na primeira semana de julho, o que exigirá um esforço extra para votar o texto no plenário da Câmara em dois turnos, antes do recesso.

A previsão é de que o último dia de sessão dos parlamentares seja em 17 de julho. Mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia, só irá colocar a reforma da Previdência em votação nesse prazo se houver garantia de que há, pelo menos, os 308 votos necessários para aprovar o texto, em dois turno. Há sinais de que existe um acordo e uma contagem em torno de 330 votos para o proposta apresentada ontem na comissão especial.

Se isso for confirmado, será visto como positivo para os ativos locais, conduzindo a Bolsa brasileira (Ibovespa) e o dólar a novos patamares de negociação. Para o investidor, a potencial aprovação de novas regras para aposentadoria remove um dos grandes problemas estruturais do país, destravando uma ampla agenda de reformas econômicos e resgatando o “espírito animal” do empresário.

Cai um militar

Mas nem tudo são flores em Brasília. A demissão do general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, foi a primeira baixa de um militar na equipe do presidente Jair Bolsonaro, trazendo de volta os ruídos políticos vindos do Palácio do Planalto. A demissão foi atribuída a uma “falta de alinhamento político-ideológico”, após os embates de Santos Cruz com o guru do presidente, Olavo de Carvalho.

Mais uma vez, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, foi o pivô da crise. É bom lembrar que ele já havia sido apontado como um dos responsáveis pela demissão do então secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o primeiro ministro a cair. Santos Cruz é o terceiro ministro de Jair Bolsonaro a sair em seis meses de governo. Ele será substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos, comandante militar do Sudeste.

Leia Também

Os investidores também monitoram a greve convocada para hoje contra a reforma da Previdência, que pode afetar a circulação do transporte público em várias cidades e interromper outras atividades do dia a dia. Os protestos são organizados por centrais sindicais e também se opõem aos cortes na Educação.

Exterior tenso

O cenário internacional também está um pouco mais tenso, diante da escalada geopolítica após os supostos ataques contra dois navio-petroleiro no Estreito de Hormuz. Os EUA acusam o Irã de estar envolvido, exibindo um vídeo que mostra que a Guarda Revolucionária iraniana removeu uma mina detonada de um dos petroleiros, sugerindo que o país persa tentou esconder evidências de seu envolvimento. O Irã nega.

Em meio à troca de acusações, os preços do barril do petróleo estão levemente mais fracos hoje, após subirem mais de 2% ontem, após o ataque no Golfo de Omã. O sinal negativo também prevalece entre as bolsas. A sessão na Ásia foi de perdas, com os investidores também tensos com os protestos em Hong Kong em relação à lei de extradição.

O índice Hang Seng caiu 0,65%, enquanto Xangai recuou 1%, reagindo aos dados fracos sobre a atividade chinesa. A produção industrial no país cresceu 5% em maio, em relação a um ano antes, no ritmo mais lento desde 2002, ficando abaixo da previsão de alta de 5,4%. Já as vendas no varejo chinês avançaram 8,6%, acima da estimativa (+8,1%), embaladas pelo feriado prolongado no país pelo Dia do Trabalho.

Os investimentos em ativos fixos também perderam força, desacelerando a 5,6% nos cinco primeiros meses deste ano, ante projeção de +6,1%. Os números mostram que a guerra comercial com os EUA continuam afetando o ritmo da segunda maior economia do mundo, o que abre espaço para novas medidas de estímulo por parte do governo, com o Banco Central chinês (PBoC) também podendo lançar mão de várias ferramentas.

Já no Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho, o que contamina a abertura do pregão na Europa. Nos demais mercados, o dólar mede forças em relação às moedas rivais, ao passo que o juro projetado (yield) pelo título norte-americano de 10 anos (T-note) segue abaixo de 2,10%, à espera dos dados de atividade nos EUA, que podem reforçar as chances de alívio monetário pelo Fed.

Atividade calibra juros

Mais indicadores de atividade são esperados para esta sexta-feira. No Brasil, sai o IBC-Br (8h30) de abril, que pode lançar luz sobre o viés para o PIB brasileiro no segundo trimestre, após os desempenhos positivos da indústria e do setor de serviços, mas da queda nas vendas no varejo no mesmo mês.

Diante da recuperação econômica lenta e aquém do esperado, combinada com o cenário de inflação ainda comportado e com o andamento da reforma da Previdência no Congresso, o mercado financeiro segue convicto de que o Banco Central deve voltar a cortar a Selic em breve. As apostas são de duas quedas antes do fim do ano, em julho e em dezembro.

Ainda na agenda econômica doméstica, sai o primeiro IGP de junho, o IGP-10 (8h). Já no exterior, as atenções se voltam para os dados dos EUA sobre as vendas no varejo (9h30) e a produção industrial (10h15) em maio. A previsão é de crescimento do comércio (+0,3%) e estabilidade na indústria, após as quedas de 0,2% e 0,5% no mês anterior, respectivamente.

Os números devem dar novas pistas sobre a perda de tração da economia norte-americana, após crescer 3% nos três primeiros meses de 2019, calibrando as chances de corte nos juros antes do fim do ano. As apostas são de que o Federal Reserve inicie o ciclo de queda em julho, também à dose de 0,25 ponto, dando continuidade ao movimento em setembro.

Ainda no calendário econômico dos EUA, às 11h, saem os estoques das empresas em abril e a versão preliminar do índice de confiança do consumidor em junho.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Histerese ou apenas um ciclo —desta vez é diferente?

9 de dezembro de 2024 - 20:00

Olhando para os ativos brasileiros hoje não há como precisar se teremos a continuidade do momento negativo por mais 18 meses ou se entraremos num ciclo mais positivo

NOVO DESTINO NA ÁSIA

Próximo destino do luxo: Louis Vuitton e Dior apostam em mercado de R$ 14 bilhões na Ásia — e não é a China

9 de dezembro de 2024 - 19:30

Empresas de bens de alto valor agregado estão mirando outros países e públicos em meio à crise na segunda maior economia do mundo

CRIPTOECONOMIAS

Bitcoin (BTC) estatal: quem está na frente na corrida entre países pela crescente adoção de criptomoedas no mundo

9 de dezembro de 2024 - 19:01

El Salvador e Butão colhem os benefícios de serem os primeiros governos a apostar no bitcoin, enquanto grandes economias ainda hesitam em confiar na tecnologia

MUDANÇAS EM MATD3

Mater Dei (MATD3) quer ‘valer mais’: empresa cancela ações em tesouraria e aprova novo programa de recompra

9 de dezembro de 2024 - 17:56

Empresa visa “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital”

AINDA VALE A PENA

Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar

9 de dezembro de 2024 - 17:45

Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos

MERCADOS HOJE

Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)

9 de dezembro de 2024 - 17:22

A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos

DESTAQUES DA BOLSA

“Fórmula mágica” da China coloca Vale (VALE3) e siderúrgicas entre as maiores altas do Ibovespa hoje

9 de dezembro de 2024 - 17:13

Além da mineradora, os ganhos são praticamente generalizados no mercado brasileiro de ações, com destaque para CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3)

ORIENTE MÉDIO EM CHAMAS

Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global

9 de dezembro de 2024 - 15:33

A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora

NEGOCIAÇÃO COM CREDORES

Ação da Azul (AZUL4) sobe com expectativa de receber US$ 500 milhões em financiamento em janeiro; aérea também prevê oferta de ações milionária 

9 de dezembro de 2024 - 13:30

Empresa concluiu discussões sobre o acordo com credores — em etapa que pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem

PROVENTOS NO FUTURO?

Fundo imobiliário KNCR11 vai pagar dividendos menores em dezembro, mas ações sobem; entenda o que anima o mercado

9 de dezembro de 2024 - 13:29

A diminuição da distribuição dos proventos pelo KNCR11 já era esperada pelos cotistas; o pagamento será depositado ainda nesta semana

EXPECTATIVAS DESANCORADAS

Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027

9 de dezembro de 2024 - 11:54

Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta

A 'CARTADA FINAL'

Ou vai, ou racha: as promessas de Xi Jinping para recuperar o fôlego da economia chinesa em 2025

9 de dezembro de 2024 - 10:49

Em reunião de alto escalão, líderes começam a discutir metas e prioridades para o ano que vem; durante a semana, ainda haverá outro importante evento econômico para o país

LUZ NOS NEGÓCIOS

China passa a investigar Nvidia (NVDC34) por acusações de prática de monopólio, e ações caem até 2% em Nova York

9 de dezembro de 2024 - 10:23

De acordo com a agência estatal de regulação do mercado, são examinadas algumas das ações recentes da fabricante de chips e semicondutores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje

9 de dezembro de 2024 - 8:04

A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: IPCA, IBC-BR e decisão do Copom sobre os juros dominam a semana

9 de dezembro de 2024 - 7:01

A agenda da semana conta ainda com a decisão de política monetária na zona do euro, relatório mensal da Opep e CPI nos EUA

ESPECIALISTAS CALCULAM

Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode dobrar número de beneficiados, mas correção pela inflação teria impacto ainda maior

8 de dezembro de 2024 - 14:33

Com a proposta atual do governo serão adicionadas mais 10 milhões de pessoas dispensadas da tributação

BOMBOU NO SD

Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana

8 de dezembro de 2024 - 12:28

Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana

RANKING DO ÍNDICE

Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%

7 de dezembro de 2024 - 16:43

Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar volta subir, bate R$ 6,07 e renova pico histórico; Ibovespa recua 1,5% — veja o que mexeu com a bolsa hoje

6 de dezembro de 2024 - 19:18

O valor supera o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando a moeda norte-americana fechou a R$ 6,06

VAI FICAR MAIS CARO

Mais taxas sobre as blusinhas? Alíquota do ICMS sobe de 17% para 20% em compras internacionais a partir de abril de 2025

6 de dezembro de 2024 - 18:47

A mudança visa ajustar a tributação sobre compras internacionais e equilibrar as condições entre produtos importados e nacionais no cenário do e-commerce

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar