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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Política testa nervos do mercado

Tumulto e bate-boca durante sessão na CCJ com Paulo Guedes expõe ministro e evidencia falta de articulação política do governo

Olivia Bulla
Olivia Bulla
4 de abril de 2019
5:29 - atualizado às 13:46
Bolsonaro diz que vai jogar pesado na reforma da Previdência, mas reclama de cansaço com rotina de presidente

O mercado financeiro ficou incomodado com a participação do ministro Paulo Guedes (Economia) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terminou ontem à noite após tumulto e bate-boca. A fala do ministro até que foi satisfatória, apesar da escassez de argumentos técnicos em defesa da reforma da Previdência, mas o que pesou foi a falta de articulação política do governo, expondo o ministro de forma desnecessária.

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Não houve um ambiente de defesa em torno do ministro, por parte da base aliada. Ao contrário, a oposição simplesmente roubou a cena durante toda a sessão de perguntas e respostas, preenchendo a lista em quase sete horas de audiência. Não foi inscrito sequer um deputado da situação logo no início para, ao menos, alternar o debate com pontos contras e a favor da reforma da Previdência, aliviando a pressão sobre Guedes.

Após a trégua firmada entre os dois poderes na semana passada, esperava-se que Guedes fosse mais bem acolhido pelos deputados. Mas o que se viu foi uma estratégia de embate da oposição e certo amadorismo do governo, que segue sem compor uma base aliada sólida. Os novatos do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, não tiveram preparo para enfrentar a turma do PT, PSOL, PDT; enquanto o Centrão - incluindo o DEM - se escondeu.

O desempenho do ministro tampouco foi capaz de diminuir o mal-estar já evidente dos investidores, horas antes do fim da sessão na CCJ. Diante da ausência de esclarecimentos técnicos e de argumentos convincentes, o mercado financeiro percebeu que será um trabalho hercúleo para o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência sem grandes alterações na proposta original.

Durante a fala de Guedes e, principalmente, no primeiro sinal de bate-boca com deputados da oposição, a Bolsa brasileira e o dólar inverteram o sinal, com o Ibovespa passando a cair e a moeda norte-americana voltando a ganhar tração em direção à marca de R$ 3,90. Os juros futuros embutiram prêmios. O pregão doméstico terminou com essa direção. E hoje pode haver maior nervosismo no mercado, após a sessão na CCJ ter terminado (bem) mal.

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“Tchutchuca é a mãe”

Na última rodada de perguntas, depois de mais de seis horas de sessão, o ministro foi ofendido pelo deputado do PT Zeca Dirceu, o que acabou antecipando o fim da sessão na CCJ. O filho do ex-ministro Zé Dirceu falou que Paulo Guedes era “tigrão” contra os aposentados, “mas tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada”, em alusão a um funk carioca, o que provocou risos e protestos entre os deputados.

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Fora do microfone, Guedes respondeu à ofensa, dizendo que “tchutchuca é a mãe, a vó”. A confusão aumentou e o presidente da CCJ, Felipe Francischini, deputado em primeiro mandato pelo PSL, encerrou a sessão, enquanto Guedes já se caminhava em direção à saída. Até então, o ministro estava se controlando, mas em vários momentos respondeu às provocações da oposição, que tinha como objetivo colocar seu temperamento à prova.

Mas Guedes se mostrou guerreiro, mesmo sem mais ninguém para defendê-lo ou apoiá-lo. O problema é que essa batalha não se vence sozinha, sem base parlamentar. E a primeira disputa acontece na CCJ, onde o texto original ainda será votado. A ver, então, qual será o resultado da rodada de conversas do presidente Bolsonaro com partidos de centro e de centro-direita a partir de hoje, para integrar a base aliada no Congresso.

Inicialmente, ele receberá os presidentes do PSDB, MDB, PP, DEM, PSD e PRB. Na conversa, Bolsonaro irá buscar apoio para aprovar a reforma da Previdência. O presidente afirmou que vai “jogar pesado” na proposta. Porém, há menos de cem dias no cargo, ele se disse “cansado” com o “batidão” da rotina de presidente que, para ele, é um “abacaxi”, com o qual ele não quer ficar “o tempo todo”.

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Guerra e paz

Enquanto a política dita o ritmo dos negócios locais, o exterior só tem olhos para Estados Unidos e China. Os reflexos da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo mantêm a preocupação em relação ao crescimento global. Por isso, os investidores torcem por um desfecho na disputa.

O presidente Donald Trump deve se reunir hoje com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, na Casa Branca e pode anunciar planos para uma cúpula com o presidente da China, Xi Jinping, sinalizando que as negociações comerciais entre os dois países estão perto do fim. Ontem, a notícia de que 90% do acordo já estaria concluído trouxe alívio aos mercados.

Ainda assim, os investidores sabem que os 10% restantes são a parte mais difícil e a que tem impedido os dois lados de alcançar um ponto comum. De um lado, a China diz que não irá assinar nada enquanto os EUA não tirarem as sobretaxas impostas aos produtos chineses. De outro, questões sobre a propriedade intelectual e subsídios são um empecilho.

Ou seja, embora os investidores tenham ficado mais otimistas com a possibilidade de um acordo comercial, o noticiário mais recente pode ser apenas mais um passo na negociação sino-americana. Além disso, a implementação de qualquer acordo pode ter obstáculos no caminho, pesando no sentimento dos investidores mais adiante.

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Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, sem um rumo definido para o dia, após leves ganhos no pregão anterior. Na Ásia, a sessão foi igualmente silenciada, com as bolsas de Hong Kong e Tóquio tendo leves oscilações, ao passo que Xangai subiu 0,9% no último pregão da semana - amanhã é feriado na China.

As principais bolsas europeias também abriram em queda. Nos demais mercados, o dólar exibe um movimento lateral em relação às moedas rivais, ao passo que o título norte-americano de 10 anos (T-note) se sustenta na faixa de 2,50%. Entre as commodities, o petróleo também perde força e o minério de ferro teve a maior queda em uma semana.

Os riscos

O fato é que os ativos financeiros globais vem exibindo um bom desempenho desde o fim de 2018, quando o Federal Reserve assumiu a retórica de que é preciso ter “paciência” na condução dos juros. Tal postura interrompeu o ciclo de alta da taxa norte-americana, garantindo liquidez nos mercados, mesmo com dados econômicos mais frágeis em meio à disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Essa divergência de comportamento entre os preços dos ativos e a economia real está associada às expectativas embutidas pelos investidores em relação ao comportamento futuro da atividade, dos lucros das empresas, das taxas de juros etc. Portanto, as incertezas e os riscos ao cenário esperado devem continuar sendo fonte de volatilidade aos mercados.

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No Brasil, grande parte da valorização das ações, moeda e dos títulos está relacionada à reforma da Previdência. Assim, qualquer revés na perspectiva de aprovação de regras duras para aposentadoria neste ano pode frustrar os investidores, levando a uma correção nos preços. Lá fora, há dúvidas sobre a resolução do Brexit e da guerra comercial, adiando a retomada da economia à frente.

Sendo assim, há o risco de que haja alguma reversão, nos próximos meses, da dinâmica dos ativos desde o fim de 2018, para níveis mais compatíveis com crescimento econômico esperado em 2019 - sendo que, no Brasil, já é projetado abaixo de 2%. Ao mesmo tempo, a confiança na consolidação do cenário esperado, tanto aqui quanto lá fora, não implica uma melhora constante do mercado financeiro.

Dia de agenda fraca

O calendário econômico do dia está esvaziado no Brasil. No exterior, a agenda é igualmente fraca. Os destaques ficam com a ata da última decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), às 8h30, e com os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA (9h30).

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