🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado volta do feriado frustrado com o Fed

BC dos EUA não corrobora expectativas de corte na taxa de juros norte-americana neste ano e abre espaço para uma correção nos preços dos ativos de risco

Olivia Bulla
Olivia Bulla
2 de maio de 2019
5:21 - atualizado às 9:52
Decepção com demora no andamento da reforma da Previdência potencializa sentimento negativo nos negócios locais

Após a pausa pelo Dia do Trabalho, os mercados financeiros voltam a funcionar hoje em várias partes do mundo com um sentimento comum de frustração, que abalou os negócios em Nova York ontem. O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) não corroborou as expectativas dos investidores de que o próximo movimento na taxa de juros seria de corte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não há, neste momento, qualquer razão para apertar ou afrouxar a política monetária, uma vez que o cenário de emprego está mais forte que o esperado e a inflação fraca pode ser “transitória”. Em reação, ontem, o índice S&P 500 registrou a maior queda em seis semanas e o dólar se fortaleceu.

A decisão do Fed de manter a taxa de juros norte-americana no intervalo atual de 2,25% a 2,50% e os comentários de Powell, durante entrevista coletiva, provocaram uma reprecificação nos ativos de risco. Foi o gatilho capaz de engatar uma correção, penalizando as ações, commodities e moedas emergentes.

O problema é que os mercados estavam convencidos de que o próximo movimento do Fed seria um corte, possivelmente já no segundo semestre deste ano. Só que para isso acontecer em breve, “Jay” Powell deixou claro que é preciso que os indicadores econômicos piorem - e muito - pois o cenário mais provável não inclui corte algum.

Tanto que, para controlar as apostas de uma queda iminente no custo do empréstimo nos EUA, o Fed reduziu os juros pagos sobre as reservas excedentes (IOER, na sigla em inglês), de 2,40% para 2,35%. Com a medida, a autoridade monetária tenta obter um controle maior sobre o comportamento das taxas de juros de curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

War and data

Com isso, a atenção do mercado financeiro fica dividida entre os indicadores econômicos norte-americanos e a guerra comercial entre EUA e China, em busca de sinais sobre a saúde da atividade global e a necessidade (ou não) de estímulos adicionais por parte do Fed.

Leia Também

Em relação à disputa entre as duas maiores economias do mundo, a delegação norte-americana encerrou a rodada de negociações em Pequim classificando-a como “produtiva”. Ainda existem obstáculos para um acordo final e as conversas serão retomadas em Washington na próxima semana, quando se espera que um esboço seja alcançado.

A expectativa é de que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping assinem um termo até junho. A reversão de tarifas já adotadas e o acesso a mercados-chave na China estão sendo discutidos, mas o governo chinês resiste em abrir mão de subsídios a empresas nacionais, o que forçaria uma mudança na diretriz política do partido comunista.

Além disso, nesta véspera da divulgação do relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos EUA, os investidores redobram a cautela, já que a pesquisa ADP mostrou ontem uma criação robusta de vagas no setor privado norte-americano, em um sinal de que o payroll amanhã pode vir igualmente forte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a ADP, a economia dos EUA gerou 275 mil postos de trabalho nas empresas em abril, número que ficou bem acima da previsão de alta de 180 mil. Com isso, a estimativa para o payroll do mês passado, de abertura da 187 mil vagas, também foi elevada para algo acima de 200 mil - entre 210 mil e 240 mil - o que manteria a taxa de desemprego em 3,8%.

Mas o que os investidores estão mesmo interessados é no ganho médio por hora, a fim de interpretar se as leituras fracas sobre os preços ao consumidor são mesmo “transitórias”, como disse o Fed. A estimativa é de crescimento de 3,3% no rendimento por hora trabalhada, na média e em base anual.

Wall Street melhora

Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta hoje, o que abriu espaço para uma melhora nos negócios na Ásia na volta do feriado, ofuscando a queda de ontem em Wall Street. As bolsas de Xangai e de Hong Kong subiram, diante das esperanças de um acordo comercial da China com os EUA na sexta-feira da semana que vem.

Já na Europa, as principais bolsas ainda são afetadas pela decisão do Fed, sem forças para firmar uma direção positiva para o dia. O euro e a libra esterlina, porém, ensaiam ganhos em relação ao dólar, que também perde terreno para algumas moedas correlacionadas às commodities. O petróleo, por sua vez, segue em queda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Previdência só dia 7

Já no Brasil, a reforma da Previdência volta à pauta apenas na próxima semana. A primeira sessão da comissão especial foi marcada para a terça-feira que vem, quando terá início a contagem das atividades. São necessários, no mínimo, dez sessões, para poder colocar o relatório em votação. É nesse período que são apresentadas as emendas à proposta.

O mercado financeiro doméstico está ansioso em relação ao tema e não vê a hora de a tramitação das novas regras para aposentadoria ganhar celeridade. A expectativa do investidor é de que novos tópicos já sejam lançados, como o caso da reforma tributária, já ventilada pela imprensa.

O problema é que enquanto não estiver clara a desidratação que o texto original pode sofrer na comissão especial nem a garantia dos 308 votos necessários para aprovar a matéria no plenário da Câmara, em dois turnos, os ativos locais tendem a seguir vulneráveis à cena política. E, com isso, tudo aquilo que se espera de mudanças para o país fica em suspense.

Para o mercado financeiro, o Legislativo não deu conta da importância e da urgência da agenda de reformas do governo nem da gravidade da situação fiscal do Brasil. Houvesse essa sensibilidade, a comissão especial retomaria os trabalhos já nesta quinta-feira e não apenas no próximo dia 7, perdendo dias preciosos para acelerar tramitação...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa demora no andamento da Previdência entre os deputados abre espaço para as críticas e manifestações contrárias à reforma. Ontem, feriado do Dia do Trabalho, milhares de pessoas foram às ruas para protestar, em um movimento que uniu as centrais sindicais pela primeira vez em São Paulo.

Aos gritos e bandeiras de “fora Bolsonaro”, a celebração do 1º de Maio virou um desagravo ao governo e pode afetar ainda mais a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que registrou queda recorde na aprovação antes de completar os primeiros cem dias de mandato. E a perda de apoio entre a população pode abalar o capital político do Executivo, dificultando as negociações com o Congresso sobre a aprovação da reforma.

Em pronunciamento em cadeia nacional, em razão do Dia do Trabalho, Bolsonaro atribuiu as “dificuldades iniciais” de mandato às “concepções políticas antagônicas”, creditando os obstáculos às diferenças ideológicas com governo anteriores. Com quase 30 milhões de brasileiros não trabalhando ou trabalhando menos do que gostariam, o presidente dedicou sua fala à medida da liberdade econômica, que faz um afago aos empreendedores.

Volta do feriado tem agenda fraca

A agenda econômica desta quinta-feira está mais fraca, no Brasil e no exterior. Por aqui, destaque para os dados da balança comercial em abril, a partir das 15h. Na safra de balanços, o Itaú publica o resultado financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano, após o fechamento da sessão local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No exterior, merece atenção a decisão de juros do Banco Central da Inglaterra (BoE), às 8h. No mesmo horário, a autoridade monetária publica o relatório trimestral de inflação. Já nos EUA saem (9h30) os pedidos semanais de auxílio-desemprego e dados sobre o custo da mão de obra e a produtividade no país, além das encomendas às fábricas (11h).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar