A ação ordinária da BRF (BRFS3) cai quase 3,03% no início do pregão desta sexta-feira (8) após a empresa divulgar os resultados do terceiro trimestre. Por volta das 11h, os papéis eram negociados a R$ 34,87. No ano, os ativos acumulam valorização da ordem de 58%.
A dona da Sadia, Perdigão, entre outras, divulgou um lucro líquido de R$ 445,6 milhões no terceiro trimestre de 2019 nas operações continuadas. O lucro líquido do total societário foi de R$ 304,4 milhões - uma reversão do prejuízo de R$ 812,4 milhões registrados em igual período de 2018.
Analistas consultados pela Bloomberg esperavam um lucro líquido de R$ 191,6 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 1,609 bilhão, avanço de 178,1% ante igual trimestre do ano anterior e inclui ganho líquido de R$ 467 milhões referente a ações tributárias. Sem este ganho tributário, o Ebitda totalizaria R$ 1,142 bilhão.
A margem Ebitda ajustada foi de 19% no período, 11,6 pontos porcentuais maior no comparativo anual. Ao excluir o ganho tributário, a margem estaria em 13,5%.
A receita líquida para o terceiro trimestre de 2019 atingiu em R$ 8,459 bilhões no trimestre, alta anual de 8,4%. No Brasil, a receita foi de R$ 4,382 bilhões, 6,3% maior que o obtido um ano antes.
Dentre os destaques, a BRF citou a alavancagem - relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado - de 2,90 vezes no terceiro trimestre deste ano. Minutos antes da divulgação do balanço trimestral, a companhia informou ao mercado que o guidance da alavancagem foi atualizado para 2,75 vezes ao fim de 2019.
De acordo com o fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a alteração na perspectiva é resultado da implementação do Plano de Reestruturação Operacional e Financeira e das perspectivas futuras para o setor de proteínas.
"A BRF reitera o seu compromisso com a recuperação de suas margens operacionais e sua disciplina financeira", diz o comunicado. A última atualização do guidance aconteceu em agosto, quando a estimativa ficou em 3,15 vezes para 2019 e 2,65 vezes para 2020.
*Com Estadão Conteúdo