Que tal fechar a despensa (de vez)?

Na casa em que eu cresci, tínhamos um cômodo rodeado de prateleiras só para guardar comida e produtos de higiene pessoal. Desodorante, sabão em pó, saco de arroz, lata de milho, tudo que tinha prazo de validade acima de um mês ficava lá. Com as mudanças da família - e da economia brasileira - a despensa ficou menor. Até que ela deixou de existir. Mais ou menos....
Ainda hoje quando visito a casa dos meus pais encontro uma pilha de caixas de leite no armário do quarto de visitas. A minha mãe não consegue se livrar do antigo hábito e espalhou seu estoque de mantimentos em lugares pouco usuais do apartamento.
É a memória da inflação, meu caro! Quem viveu nos tempos de hiperinflação tinha que correr para o supermercado no dia de pagamento para comprar tudo que desse ou teria que pagar muito mais caro dias depois.
Ah, mas a hiperinflação ficou para trás faz tempo! É verdade. Mas a inflação se manteve como uma espécie de praga que você não consegue controlar. Em um passado recente, o consumidor ainda levava sustos cada vez que ia no supermercado. A cada visita o dinheiro do bolso comprava menos.
O combate à inflação sempre foi a prioridade dos presidentes do Banco Central do Brasil. Até agora. O último presidente do BC, Ilan Goldfajn, parece ter encontrado um jeito de matar a praga e entregou um cenário bem melhor para seu sucessor, Roberto Campos Neto. No seu primeiro discurso no cargo, a inflação praticamente desapareceu.
Com o problema sob controle, dá para tocar outros projetos. Que tal pensar em ações para aumentar a concorrência entre os bancos? E soluções que viabilizem a redução de juros do crédito? Em um cenário de inflação civilizada, o ambiente de investimentos muda. O Eduardo Campos fez uma análise sobre esse novo momento da economia e os impactos no seu bolso. Vale a pena a leitura!
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Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Hoje o governo fará o primeiro teste da nova rodada de privatizações. Na lista de ativos à venda estão 12 aeroportos. O leilão ocorre hoje na B3, a partir das 10h. Segundo dados divulgados pelo governo, a expectativa é que sejam arrecadados no mínimo R$ 2,1 bilhões. O bloco mais disputado deve ser o dos aeroportos do Nordeste, por conta da proximidade com a Europa e pelo seu tamanho. Saiba mais
A vaga de protagonista está aberta
Um nome ganhou destaque no mercado nesta semana: Felipe Francischini. Novato na Câmara, o deputado assumiu a presidência da CCJ da Casa e passou a ser considerado peça-chave para a aprovação da reforma da Previdência. Mas o que nem todo mundo percebe é que o verdadeiro protagonista da história ainda não entrou em cena. A Bruna Furlani e o Eduardo Campos escreveram esta matéria para te contar um pouco mais sobre quem de fato vai dar as cartas na novela da reforma da Previdência.
De malas prontas
Dias antes de embarcar para os Estados Unidos, Bolsonaro resolveu dar detalhes da estratégia que sua equipe vai adotar lá na terra de Trump. Para o presidente, a visita será o início de uma “aproximação política”. O capitão, no entanto, resolveu baixar um pouco a guarda quando o assunto é China e trouxe novidades sobre o país asiático.
Um pé no freio e outro no acelerador
Apesar de ter congelado a entrega do seu modelo mais vendido, o 737 MAX, a Boeing vai continuar com a produção da aeronave. E mais: vai acelerar a produção novamente em junho. Hoje a companhia fabrica em média 52 aeronaves por mês e a versão MAX é a unidade de maior produção. Desde a suspensão de vários voos do modelo na segunda-feira, a empresa perdeu US$ 27 bilhões em valor de mercado.
‘Par de vasos’
Não sei se você já ouviu falar dessa expressão, mas ela costuma se referir a coisas parecidas. Eu, que tenho irmã gêmea idêntica, já ouvi várias vezes piadinhas envolvendo isso. Mas ela serve também para explicar por que o Ibovespa, principal índice de ações da B3, costuma acompanhar o desempenho do mercado americano, especialmente do índice conhecido como S&P 500. Se você investe na bolsa brasileira, precisa sim acompanhar também o que acontece lá fora. Quer saber mais? A Julia Wiltgen te explica neste vídeo.
A Bula do Mercado: sorte ou revés?
O Ibovespa segue colado na marca dos 100 mil pontos, mas o cenário para chegar nos seis dígitos não é dos mais promissores. A guerra comercial, desaceleração econômica global e o Brexit seguem na lista de incertezas que vão atrapalhar os mercados.
Os sinais que chegam de fora não agradam, mas o temor de desaceleração econômica é suavizado pela postura de paciência do Federal Reserve. O mercado doméstico segue otimista com a reforma da Previdência e avalia o conteúdo do texto que inclui os militares, entregue pelo Ministério da Defesa.
As principais bolsas de Ásia e Oceania fecharam em alta, com Xangai acumulando ganhos de 1% após aprovação de lei que satisfaz uma das exigências dos Estados Unidos na questão comercial. Mesmo assim, o receio chinês de que Donald Trump abandone as negociações continua. Os índices futuros em Nova York também ficam no azul.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com baixa de 0,30%, a 98.604 pontos. O dólar teve alta de 0,92%, a R$3,84. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima sexta-feira!
Agenda
Índices
- IBGE divulga dados de serviços em janeiro
- Zona do euro divulga inflação de fevereiro
- Estados Unidos divulgam dados da produção industrial em fevereiro
Bancos Centrais
- Japão anuncia decisão de política monetária
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
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Multiplicação histórica: pequenas empresas da bolsa estão prestes a abrir janela de oportunidade
Os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump e pelas perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local — e a chance de queda da Selic aumenta ainda mais esse potencial de valorização
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