Banco premium com desconto: Para XP, ação do Itaú (ITUB4) está barata e pode disparar mais de 30% em 2024
Os analistas da XP Investimentos elevaram o preço-alvo para as ações ITUB4 para 2024, que passou para R$ 35 por papel
O Itaú (ITUB4) não parece disposto a deixar os holofotes. Depois de ser considerado um dos vencedores da corrida dos balanços de financeiras no segundo trimestre, o maior banco privado do Brasil conquistou a coroa de favorito da XP Investimentos.
Apesar de terem batido o desempenho do Ibovespa em 2023 e avançado 13% neste ano, as ações do Itaú ainda estão baratas, segundo a XP.
Os analistas elevaram o preço-alvo para as ações ITUB4 para 2024, que passou para R$ 35 por papel. Isso significa que a ação pode disparar cerca de 31,5% até o ano que vem, considerando a cotação no último fechamento.
Na visão da XP, o Itaú é um banco premium com valuation descontado — um dos motivos para ser o banco preferido da corretora atualmente. Hoje, o banco negocia a um múltiplo de 6,8 vezes o preço/lucro (P/L), abaixo dos múltiplos históricos de 7,9 vezes.
Além disso, a instituição financeira negocia a um preço sobre valor patrimonial (P/VP) de 1,3 vez, contra uma média histórica de 1,6 vez.
“Acreditamos que este desconto pode ser exagerado, mesmo quando se leva em conta o potencial fim do JCP e os riscos associados a um potencial limite nas taxas de juros do rotativo”, afirmam os analistas.
Leia Também
- VEJA TAMBÉM: JCP (Juros Sobre Capital Próprio) pode acabar em breve; entenda por que e veja onde investir para poder continuar recebendo proventos de empresas da Bolsa.
Itaú (ITUB4) na corrida dos bancões
Para a XP Investimentos, o Itaú (ITUB4) é o “melhor entre os bancos incumbentes”, especialmente devido à “disparidade significativa” no desempenho operacional do banco do cartão laranja em comparação com seus concorrentes tradicionais.
Vale lembrar que, enquanto os rivais Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) sofreram com resultados menores no 2º trimestre, o lucro líquido do maior banco privado brasileiro aumentou 13,9% entre abril e junho de 2023, para R$ 8,742 bilhões.
Os analistas destacam que, para alguns economistas, a forte diferença de desempenho é considerada cíclica — influenciada pelos perfis dos clientes e segmentos de mercado.
“Embora seja um desafio fornecer uma resposta definitiva, parece ser uma combinação da agenda de transformação interna e uma abordagem diferenciada à gestão de riscos”, afirma a XP.
- Leia também: Nubank passa Itaú e se torna o principal banco de 1 em cada 4 brasileiros; ação pode subir até 30%, diz JP Morgan
A rentabilidade do Itaú (ITUB4)
Já em relação à rentabilidade, no segundo trimestre deste ano, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) do Itaú superou a dos concorrentes e atingiu 20,9% entre abril e junho deste ano.
“Apesar dos acontecimentos adversos dos últimos anos, aliados ao aumento da concorrência doméstica na última década, o Itaú conseguiu manter um nível saudável de rentabilidade”, escreveram os analistas, em relatório.
Vale ressaltar que, nos últimos dois anos, os resultados de ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) foram sustentados pelo desempenho do segmento de varejo.
“O sólido desempenho no segmento mais do que compensou a falta de crescimento do lucro líquido no segmento de varejo”, ressaltam os analistas.
“Apesar do desempenho desanimador no segmento de varejo, que atribuímos à maior concorrência das fintechs, acreditamos que o banco está bem posicionado para beneficiar da recuperação cíclica”, afirma a XP.
O que pode ajudar o Itaú (ITUB4)
Na visão dos analistas da XP Investimentos, o Itaú conseguiu deixar o pior para trás, ajudado pela melhora no cenário macroeconômico e pela retomada de atividades mais intensas no mercado de capitais brasileiro.
Isso porque, após um forte ciclo de altas nos juros, o Brasil deu início ao afrouxamento monetário. Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
Com o ciclo de corte dos juros, o custo do financiamento deve cair mais rapidamente do que os juros dos empréstimos aos clientes, já que o financiamento é majoritariamente composto por taxas pós, enquanto os empréstimos são predominantemente pré.
“Esperamos um maior apetite por crédito impulsionando um crescimento mais forte da carteira de crédito ao longo do 2S23”, escreveu.
Além das questões ligadas à macroeconomia, na visão dos analistas, os NPL (non-performing loan, ou crédito não produtivo, em tradução livre) estão se aproximando do pico.
Para a XP, o crescimento da carteira de crédito, aliado a um menor custo do crédito e a um NPL abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional, deve “sustentar a dinâmica positiva dos lucros do Itaú”.
Segundo os analistas, o Itaú ainda deve se beneficiar de índices de capital saudáveis, que abririam espaço para uma remuneração (payout) mais alta.
Esse cenário ainda deve impulsionar a rentabilidade do Itaú no segmento de Varejo, nas contas da XP.
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
