🔴 RENDA DE ATÉ R$ 5 MIL POR SEMANA – CONHEÇA A ESTRATÉGIA

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
ROXO É A COR MAIS QUENTE

Nubank passa Itaú e se torna o principal banco de 1 em cada 4 brasileiros; ação pode subir até 30%, diz JP Morgan

Percentual dos clientes que adota o Nubank como banco principal passou de 15% para 27%, equivalente a quase o dobro da fatia do Itaú, de acordo com pesquisa do JP Morgan

Camille Lima
Camille Lima
11 de setembro de 2023
11:48 - atualizado às 15:20
Nubank
Imagem: Divulgação

A primavera ainda nem chegou, mas a tradição brasileira de trocar de paleta de cores a cada mudança de estação já está de volta — ao menos, no que diz respeito à cor dos cartões. Do laranja ao roxo, os brasileiros deixaram a predileção pelo Itaú (ITUB4) de lado e elegeram um novo banco favorito: o Nubank (NUBR33).

A fintech passou o maior banco privado brasileiro  como “queridinho” dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa do JP Morgan. 

O percentual de clientes que responderam adotar o Nubank como principal banco cresceu de 15% para 27%, de acordo com o levantamento. Ou seja: um em cada quatro brasileiros mantém as principais transações pela instituição digital.

Já a participação do Itaú como banco de maior uso pelos clientes recuou de 16% para 15% em relação ao último levantamento, de dois anos atrás.

A informação sobre qual o principal banco que os clientes usam se tornou fundamental no novo cenário competitivo dos bancos digitais, diante da facilidade de abertura de contas proporcionada pelos aplicativos de celular.

Isso significa que os vencedores dessa disputa provavelmente não serão necessariamente aqueles com maior número de clientes, mas os que conseguirem o maior percentual de usuários como banco favorito. 

Ainda de acordo com a pesquisa do JP Morgan, o Nubank também está acima de outros rivais considerados “tradicionais”. A “principalidade” do Bradesco equivale a 13% da população brasileira. Enquanto isso, o Banco do Brasil (BBAS3) é o banco principal de 12% dos brasileiros adultos. Já o Santander (SANB11) é o “queridinho” de 8% da população. 

Concorrente do Nubank no mercado de bancos digitais, o Inter possui uma principalidade de apenas 5% do total de brasileiros adultos.

A pesquisa do JP Morgan valida as informações que o próprio Nubank divulgou junto com o último balanço. O banco digital informou que atingiu a marca de 80 milhões de clientes no Brasil, dos quais em torno de 40 milhões de pessoas usavam conta principal.

Porém, segundo o banco norte-americano, a definição de "banco principal" pode ser subjetiva. A pesquisa considerou 1.030 brasileiros, com a metodologia baseada nas perguntas: “De todas as suas contas, qual é o seu principal relacionamento bancário?" e "De todas as contas correntes que possui, qual você considera sua principal?”.

"Não temos a certeza se os clientes basearam as suas respostas nos bancos que utilizam com mais frequência, no banco onde recebem o seu salário mensal ou nos bancos nos quais mantêm uma maior parcela da sua economia", ressalta o JP Morgan.

Nubank vai vencer o Itaú outra vez? Para o JP Morgan, sim

Mas não é só o coração dos clientes que está tingido de roxo. O JP Morgan também escolheu a ação do Nubank como a preferida entre os bancos brasileiros. 

“Vemos o Nubank como um vencedor de longo prazo para o banco de varejo no Brasil, com chance de crescimento no México, na Colômbia e em mercados futuros”, escreveu o banco, em relatório.

O JP Morgan elevou a recomendação para as ações do Nubank, negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE) sob o ticker NU, para “compra”. Vale ressaltar que o banco digital também possui BDRs listados na B3 sob o código NUBR33.

Os analistas fixaram um preço-alvo de US$ 9 por papel NU para dezembro do próximo ano. O valor implica em um potencial de alta de 30% em relação ao último fechamento.

Para o fim de 2024, os economistas do JP Morgan ainda projetam uma receita líquida de US$ 1,6 bilhão (aproximadamente R$ 7,89 bilhões, nas cotações atuais) e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 23%.

Na visão do banco norte-americano, até então, o valuation era um problema para a tese de investimentos no Nubank. Porém, segundo os analistas, a correção recente nos preços do banco digital “é um bom ponto de entrada”. 

Vale lembrar que as ações do Nubank negociadas em Nova York recuaram 13% em um mês. No acumulado do ano, entretanto, os papéis ainda acumulam valorização de 73%.

Com relação ao Itaú, os analistas do JP Morgan seguem otimistas, mas agora colocam as ações em segundo lugar entre os bancos brasileiros favoritos do JPM.

“Gostamos do rápido crescimento do Nubank, do alto envolvimento com os clientes e do potencial geral de alavancagem operacional de seu modelo de distribuição sem agências”, afirmam os analistas. 

Para o JP Morgan, o aumento do favoritismo e da principalidade do Nubank entre os brasileiros deve gerar ganhos de participação de mercado (market share) para o banco digital nos próximos anos, além de uma “qualidade de crédito resiliente num ambiente desafiador”.

O que pode dar errado?

A tese mais positiva do JP Morgan para o Nubank baseia-se nas vantagens de custo da fintech em relação aos rivais mais tradicionais, o que significaria retornos mais elevados e melhor adaptabilidade a ruídos regulatórios no longo prazo, segundo os analistas. 

Mas, como em toda tese de investimentos, existem fatores que podem impactar negativamente as projeções dos analistas – e o JP Morgan enxerga sete principais riscos à visão otimista com o Nubank. Confira a seguir:

  1. Monetização do cliente abaixo do previsto;
  2. Expansão mal sucedida na América Latina;
  3. Maior rotatividade de clientes; 
  4. Risco macroeconômico e cambial, especialmente no Brasil; 
  5. Liquidação de tecnologia no mundo, gerando múltiplos de valuation mais baixos;
  6. Impulsionamento do ciclo de crédito no Brasil;
  7. Mudanças regulatórias, incluindo reformas tributárias e trabalhistas.

*Este conteúdo foi atualizado para incluir os dados de metodologia do estudo do JP Morgan.

Compartilhe

AGORA VAI?

Uma luz para a Light (LIGT3): acordo com bondholders pode levar a aprovação de plano de recuperação judicial ainda este mês

9 de maio de 2024 - 20:03

A recuperação judicial da companhia está prestes a completar um ano, mas um passo importante para o fim do processo acabou sendo adiado para o dia 29 de maio

BALANÇO

Magazine Luiza (MGLU3) supera previsões com lucro no 1T24, aumento de margem e caixa estável; confira os números da varejista

9 de maio de 2024 - 19:24

As vendas nas lojas físicas cresceram 8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o marketplace avançou 6%

REFORÇO DE PESO

Bradesco (BBDC4) contrata executivo do Mercado Livre (MELI34) para comandar varejo digital

9 de maio de 2024 - 18:35

Banco está passando por um grande processo de reestruturação após resultados que o distanciaram de rivais como o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil

EFEITOS DA REESTRUTURAÇÃO

“A gente não tem plano de crescimento forte em 2024”, afirma CEO da Casas Bahia (BHIA3). Saiba qual é a nova meta da varejista 

9 de maio de 2024 - 17:15

Isso não significa que a empresa vá performar mal este ano — o presidente da varejista prevê uma expansão de um dígito em relação a 2023, ajudado pela sazonalidade de eventos do segundo semestre

APÓS RESULTADOS

Executivo da Braskem (BRKM5) esquiva-se de comentar desistência da Adnoc e fala sobre paralisação das operações no RS; ações caem 14% após balanço

9 de maio de 2024 - 15:04

Pedro Freitas, diretor financeiro e de relações com os investidores, comentou que a empresa não está envolvida diretamente com os debates de outras companhias

NOTA VERMELHA

A ação da Cogna está reprovada? COGN3 chega a cair 14% após balanço e surge entre as maiores perdas do Ibovespa — saiba o que fazer com os papéis agora

9 de maio de 2024 - 12:48

A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 8,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo lucro líquido de R$ 54,3 milhões registrado no mesmo período de 2023 e o mercado castiga as ações

DE OLHO NO ENDIVIDAMENTO

É o fim dos dividendos gordos? CEO da Taesa (TAEE11) revela motivo por trás da mudança na política de proventos

9 de maio de 2024 - 11:37

Além do balanço do primeiro trimestre de 2024, a empresa de transmissão de energia anunciou ontem uma proposta para alterar a distribuição de proventos; entenda

SEGUNDA MÃO

Lojas Marisa (AMAR3) propõe chamar acionistas para injetar pelo menos R$ 600 milhões em capital

9 de maio de 2024 - 10:07

Inicialmente, a Marisa cogitava também fazer uma oferta de ações, mas o caminho adotado acabou sendo um aumento de capital privado

BALANÇO

Casas Bahia (BHIA3) tem prejuízo menor no 1T24: perdas somam R$ 261 milhões no período; confira os números da varejista

8 de maio de 2024 - 19:52

A expectativa era de que a companhia registrasse um prejuízo líquido de R$ 375 milhões, segundo a média das projeções compiladas pela Bloomberg

Atlântica D’Or

Acordo bilionário: Rede D´Or (RDOR3) e Bradesco Seguros se unem para criar uma nova rede de hospitais

8 de maio de 2024 - 19:29

A parceria se dará à razão de 50,01% para a Rede D´Or, que será a operadora hospitalar, e 49,99% para a Atlântica, controlada indireta do Bradesco

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar