Com dívidas somando R$ 3,1 bilhões, Renova pede recuperação judicial
Plano de recuperação judicial será apresentado em assembleia de credores, ainda a ser convocada
A Renova Energia entrou com pedido de recuperação judicial na noite desta terça-feira (16). O endividamento do grupo soma cerca de R$ 3,1 bilhões - R$ 11,7 milhões no âmbito trabalhista. O plano de recuperação será apresentado em assembleia de credores, ainda a ser convocada.
A empresa chegou a uma situação crítica por conta de diversas frentes de atuação, que deixaram de sair como planejado. Uma delas é o projeto "Alto Sertão", uma das iniciativas mais importantes do grupo, que envolve a geração de energia elétrica renovável de matrizes eólicas no interior do Estado da Bahia.
Paralisado desde 2016, o Alto do Sertão teve grande parte de seus recursos consumidos por juros e amortizações das dívidas, diz a Renova, que chegou a finalizar 85% do projeto. A empresa recebeu diversos aportes e adiantamentos dos contratos por acionistas.
A companhia assumiu contratos com base na expectativa de geração de seus futuros complexos eólicos. Com as obras não concluídas, a empresa teve de recorrer ao mercado "spot". Em outras palavras, ela comprou o produto de outros fornecedores para então revendê-lo aos clientes e conseguir cumprir contrato.
"Tal necessidade de compra de energia no mercado spot tem contribuído definitivamente para o endividamento do Grupo Renova, ressaltando-se que, apenas no ano de 2018, a despesa com tal compra de energia somou R$ 815 milhões de reais", diz a Renova
Soma-se a esse impasse o preço de venda da energia elétrica renovável de matriz-eólica, que atingiu o menor patamar no Brasil, em 2018. O produto é hoje o principal ativo produzido pelo grupo.
Leia Também
"Trata-se, aliás, de tendência mundial, capitaneada também por México, Índia, Marrocos, Estados Unidos da América e Canadá, e que representa um desafio adicional para todos os players do mercado de energia renovável ".
Outra dificuldade enfrentada pela Renova diz respeito a tentativas frustradas de venda de seus ativos relevantes, na busca por redimensionar suas operações e obter caixa que permita a reestruturação de seu capital. Recentemente, a AES Tietê, que se mostrava interessado na aquisição do projeto AS III, formalizou ao mercado a sua desistência da negociação.
Com isso, aliado à incapacidade do grupo de suportar os custos e as condições da prorrogação do vencimento do contrato de financiamento do empréstimo de curto prazo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para o "Projeto Alto Sertão III – Fase A", o grupo Renova ficou sem grandes alternativas.
Devo não nego...
Do total do endividamento da Renova, R$ 834 milhões correspondem a débitos intercompany (entre subsidiárias do grupo), e R$ 980 milhões a débitos com seus atuais acionistas.
O endividamento extraconcursal do Renova é de cerca de R$ 614 milhões, dos quais R$ 434 milhões com seus atuais acionistas e R$ 35 milhões no âmbito fiscal.
Das várias empresas relacionadas, ficaram de fora do pedido da recuperação judicial dois projetos, por serem considerados operacionais e financeiramente equacionados: Brasil PCH e Enerbrás.
O Brasil PCH tem 13 pequenas centrais com contratos firmados de longo prazo, e garantia de receitas e de rentabilidade, sendo que em 2019 já distribuiu R$ 86 milhões de dividendos ao Grupo Renova.
Já a subsidiária Energética Serra da Prata (ESPRA) tem três PCHs em operação, e gera em média R$ 20 milhões em dividendos por ano.
As ações ordinárias da Renova neste ano acumulam baixa de cerca de 24%. Ontem, os ativos fecharam o dia cotados R$ 5,61. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
