🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Gestoras

O que está caro e o que está barato na bolsa? JGP apresenta sua resposta

Gestora prefere ter na carteira ações aparentemente caras, como Magalu e Mercado Livre, a nomes tradicionais como os bancos

Eduardo Campos
Eduardo Campos
12 de setembro de 2019
16:37 - atualizado às 9:41
Cesta com bolas simulando a carteira Ibovespa
Carteira Ibovespa - Imagem: Andrei Morais/Seu Dinheiro

A gestora JGP, que tem entre os sócios André Jakurski, continua com uma avaliação muito positiva para as ações brasileiras e apresenta uma interessante discussão sobre o que seria caro e barato na bolsa em sua última carta de gestão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a gestora, a bolsa do Brasil tem algumas dezenas de excelentes empresas, que sobreviveram a um ambiente hostil ao empresário. E o cenário que vivemos agora, de reformas microeconômicas, impulsionará ainda mais os modelos de negócios que inovaram e que conseguem crescer muito, mesmo durante crises.

“Empresas como Localiza, Hapvida, Magazine Luiza e Pagseguro nos parecem que continuarão crescendo bastante pelos próximos anos. Portanto, gostamos de carregar essas ações considerando o recente baixo custo de oportunidade, apesar de o prêmio de risco estar somente em linha com a média”, diz a gestora.

Para a JGP, temos um cenário nunca antes sonhado, pois mesmo com um grande déficit fiscal a ser enfrentado, as expectativas de inflação mantêm-se ancoradas, criando bases para um juro baixo e período prolongado, em sincronia com o resto do mundo.

Segundo a gestora, em um mundo de juro baixo, o Brasil se credenciou a participar da festa, pois foi capaz de acumular reservas nos últimos 15 anos, tem um Banco Central confiável e, não menos importante, as reformas recentes tais como a do Teto dos Gastos, a Previdenciária, e a reforma trabalhista “nos fortaleceram nos momentos mais recentes de volatilidade global”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A aparência do caro e do barato

Na discussão sobre o que estaria caro ou barato, a gestora lista três modelo que parecem caros:

Leia Também

  • as empresas com modelos de negócios claramente vencedores, como empresas de pagamentos e de comércio eletrônico (Mercado Livre e Magalu, por exemplo)
  • outras, que estão evoluindo seus modelos de negócios e implementando transformações digitais que estão funcionando, como Localiza e Natura
  • modelos que resolvem grandes problemas, trazendo crescimento sustentável de longo prazo, como Hapvida, Intermédica e Arco Educação

No grupo das ações "aparentemente baratas" estão as de empresas domésticas cíclicas e aquelas da “velha” economia, como bancos e commodities. Sendo que as empresas de commodities têm seu valor impactado pela recessão da manufatura global desde maio.

Segundo a JGP, o ponto principal da discussão passa pelo uso do termo “aparentemente”. Para a gestora, empresas com múltiplos altos podem não estar caras se apresentarem bom crescimento de maneira sustentável no médio e longo prazos.

Já empresas que tenham múltiplos baixos podem estar encrencadas, sobretudo no momento atual, quando vários fatores como o aumento da penetração da internet móvel e da mídia social permitem o desenvolvimento de vários modelos de negócios disruptivos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Dessa forma, preferimos hoje pagar valuations caros para empresas que estamos convictos que têm modelos de negócios e execução vencedores, ao invés de outras com modelos de negócios em situação complicada nos próximos anos.”

Exemplo prático: os bancos

Na carta, a JGP aponta para os bancos como empresas que parecem baratas, mas que deverão enfrentar competição crescente de novas entrantes e fintechs (empresas de tecnologia financeira) e de companhias já grandes, como Stone, Pagseguro e Nubank.

Outro ponto citado é que os bancos brasileiros nunca estiveram tão caros em relação aos bancos de outros mercados emergentes. Segundo a gestora, a queda na taxa de juros para níveis baixíssimos no mundo levou a uma piora nas perspectivas de retorno dos bancos. Mas aqui no Brasil, o setor ainda vive “um momento excepcional” de queda contínua na inadimplência e recuperação no crescimento da carteira de crédito, dessa vez, sem competição dos bancos públicos.

“Mas, no atual cenário de juros estruturalmente baixos no mundo, inclusive no Brasil, e com a crescente competição de dezenas ou centenas de novas empresas provendo algum tipo de negócio outrora provido somente pelos bancos, nos parece fazer sentido que o retorno destes caia bastante ao longo dos próximos cinco anos. Vagarosamente, mas de forma contínua a partir de 2020.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nada substitui bons resultados

Encerrando, a JGP explica que posiciona seus portfólios de ações em empresas com modelos de negócios e capacidade de execução vencedores no longo prazo. A gestora comenta o movimento deste começo de setembro, reconhecendo que "temos sofrido consideravelmente com uma rotação setorial bastante forte que ocorre globalmente".

A interpretação da JGP é que a crescente percepção no mundo de que a próxima onda de estímulos será fiscal e não monetária favorece as ações de bancos e commodities. Além disso, as especulações de que o valuation da startup de escritórios compartilhados We Work seria muito abaixo do esperado podem ter surtido um efeito psicológico nas empresas disruptivas e de alto crescimento.

“Acreditamos que nada substitui os bons resultados e as empresas que escolhemos devem mostrar resultados excepcionais por ainda muitos trimestres, possivelmente anos.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar