Ibovespa fecha com pontuação recorde
O indicador chegou a trabalhar momentaneamente abaixo da linha dos 97 mil pontos. Mas deu um “sprint” final e fechou em alta de 0,48%.
Fevereiro começou com a Bolsa de Valores de São Paulo batendo um novo recorde de pontuação: 97.861. O indicador abriu em altos e baixos: começou em alta e, por menos de cinco minutos, atingiu os 98 mil pontos. Mas, depois do meio-dia, o sinal mudou. Chegou a trabalhar momentaneamente abaixo da linha dos 97 mil pontos. Mas bem no finalzinho do pregão, as acoes do bloco financeiro passaram a subir e deram um respiro para a Bolsa fechar em alta de 0,48%. Com isso, terminou a semana em alta acumulada de 0,19%.
O indicador, na verdade, tirou o dia para um movimento de realização pontual, segundo Marco Antônio Siqueira, gerente da mesa de operação da Coinvalores, "O Ibovespa devolveu um pouco das altas recentes É algo natural, já que o índice subiu mais de 10% em janeiro", afirma Siqueira. O dólar fechou a sexta-feira estável, sem variação, a R$ 3,66.
Nos EUA
Também houve a divulgação da taxa de desemprego nos Estados Unidos, que subiu de 3,9% em dezembro para 4% em janeiro, a máxima em sete meses.
A criação de vagas de trabalho nos EUA, por outro lado, teve em janeiro o ritmo mais forte em 11 meses, o que traduzido, significa força na economia, apesar da perspectiva sombria que deixou o Federal Reserve cauteloso sobre os novos aumentos dos juros neste ano.
O relatório mensal do Departamento do Trabalho não mostrou nenhum impacto considerável na criação de vagas mesmo com 35 dias de paralisação parcial do governo americano. Mas a paralisação mais longa da história, que terminou há uma semana, elevou a taxa de desemprego.
A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola foi de 304 mil no mês passado, ritmo mais forte desde fevereiro de 2018. Construção, varejo e serviços empresariais, bem como restaurantes e hotéis, ajudaram no índice.
Leia Também
Marfrig
As ações ON de Marfrig lideraram as maiores altas do Ibovespa, com avanço de 5,26%, depois que o Itaú BBA elevou a recomendação do papel de "underperform" (desempenho abaixo da média do mercado) para "marketperform" (acima da média do mercado, com preço-alvo de R$ 7,00, o que implica em um potencial de alta de 15% em relação ao fechamento de ontem (R$ 6,08).
Ventos refrescantes
Os papéis ON da Weg - que além de motor para geladeira produz soluções para energia eólica - se destacaram como segunda maior alta do Ibovespa, com avanço de 4,19%. A Associação Brasileira de Energia Eólica divulgou hoje que a capacidade instalada de energia eólica no Brasil subiu para 14,7 gigawatts (GW) em 2018, um aumento de 15,7% em relação ao ano passado. Além disso, levando em conta os contratos já assinados para construção de parques eólicos, o Brasil vai fechar 2024 com capacidade instalada de 19 GW de energia eólica, afirmou a associação. De acordo com um operador, a notícia de novos contratos é positiva, uma vez que a empresa teve um crescimento quase zero no setor de energia eólica no último ano em relação a 2017.
Febre do rato
As units da Sanepar subiram 2,44%, após avançarem mais de 7%, com a informação de que o governador do Paraná, Ratinho Jr., sinalizou que encurtará o diferimento tarifário concedido há dois anos à estatal paranaense que, desde então, vinha desagradando o mercado, de acordo com Luiz Roberto Monteiro, operador de mesa institucional da Renascença. Em 2017, a agência reguladora autorizou um aumento de 25% nas tarifas da empresa de saneamento, mas o grande problema ficou com o prazo para esse reajuste, de oito anos, reduzindo o valor ao longo do tempo. Segundo Ratinho Jr., o reajuste deve acontecer ainda neste ano ou, no máximo, no ano que vem.
Vale
Depois de uma queda de um pouco mais de 2%, ontem, as ações da Vale voltaram a subir e os papéis ordinários avançaram 1,65%. No ano, entretanto, a Vale ainda tem recuo acumulado de 9,31%.
A Justiça aumentou o bloqueio de recursos da Vale a pedido do Ministério Público do Trabalho. Foram bloqueados mais R$ 800 milhões da mineradora, perfazendo um total de R$ 12,6 bilhões. A Vale contratou um escritório de advocacia independente para apurar as causas do acidente e prestar assessoria à empresa em questões legais relacionadas ao rompimento da barragem em Brumadinho.
Mas hoje, a Folha de S. Paulo divulgou que antes da tragédia de Brumadinho (MG), a Vale já sabia que um eventual rompimento de barragem no local destruiria as áreas industriais da mina de Córrego do Feijão, incluindo o restaurante e a sede administrativa. A informação consta do plano de emergência da barragem, de 18 de abril de 2018.
Petrobras
No primeiro pregão do mês de fevereiro, as ações ON da Petrobras abriram em queda, mas inverteram de posição, no mesmo movimento do preço do petróleo no mercado internacional. Petrobras ON subiram 1,59% e PN teve alta de 0,86%.
A desaceleração na exploração de petróleo nos Estados Unidos fez o petróleo subir, na New York Mercantile Exchange (Nymex), 2,73%, cotado a US$ 55,26 por barril, com ganho semanal de 2,92%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril subiu 3,14% hoje e 1,80% na semana, terminando cotado a US$ 62,75.
A Baker Hughes informou nesta sexta-feira que houve menos 15 poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA esta semana, totalizando 847. O recuo vem após um aumento de dez poços e plataformas na semana passada. Os dados da Baker Hughes deram ainda mais força aos preços da commodity, que já apresentavam ganhos em torno de 2% antes da divulgação do relatório. Parte desse movimento de alta veio com um documento da JBC Energy, que aponta queda de 900 mil barris por dia (bpd) na produção de óleo cru da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em janeiro, um valor maior do que os 800 mil bpd acordados pelo cartel em dezembro.
No papel
Outra alta foi a das ações da Klabin, de papel e celulose, com ganho de 2,49%. De acordo com o Valor Econômico, a companhia fechou acordo com seus controladores para dar fim ao pagamento de royalties pelo uso do nome da família que fundou a companhia. O total a ser pago varia entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões. O acerto com a família Klabin será realizado por meio de ações ordinárias da empresa, o que vai levar à necessidade de emissão de papéis. No pregão de ontem, o valor de mercado da companhia era de R$ 23 bilhões.
Siderúrgicas
As ações das siderúrgicas subiam em bloco pela manhã. Mas no período da tarde tudo se inverteu e terminamos assim: Gerdau ON em alta de 0,79%, Usiminas PNA com queda de 1,22% e CSN com baixa de 0,98%.
Houve alta no preço do minério de ferro, que fechou com avanço de 0,22%, cotado a US$ 85,53 no porto de Qingdao, na China. Só nesta semana, o ganho foi de 9,40%.
A Gerdau se prepara para anunciar ainda em fevereiro, junto com os resultados de 2018, as suas projeções de investimentos para os próximos cinco anos. A estimativa de analistas é de que a companhia se aproveite de um recuo na sua alavancagem, que deve ficar abaixo de 2 vezes, para aumentar sua capacidade de produção.
Sobre a CSN, a Prefeitura de Congonhas, em Minas Gerais, informou que a Companhia Siderúrgica Nacional se comprometeu a desativar a barragem construída há 15 anos dentro da cidade, a 300 metros de um bairro, e que possui 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. A preocupação com a barragem da CSN em Congonhas é antiga, mas a tragédia causada pelo rompimento da Vale aumentou a pressão sobre a companhia. Os investidores acham que tudo isso vai sair caro para a empresa.
Rent a car
As ações ordinárias da Localiza tiveram baixa de 1,50%. Na noite de ontem, a companhia informou que a sua oferta subsequente (follow on) movimentou R$ 1,821 bilhão. A Coinvalores informou que o aumento de capital vai reduzir a alavancagem da companhia e permitirá uma nova fase de crescimento para o seu negócio. O efeito da redução da alavancagem, no entanto, já havia sido precificado pelo mercado, o que pode explicar a queda no preço dos papéis nesta sexta-feira.
A Rico Investimentos também divulgou relatório sobre o follow on no qual afirmou que o segmento de locação de carros depende de um alto investimentos em bens de capital e disse que a Localiza, que já é líder do mercado, está ainda mais fortalecida em caixa para expandir seu crescimento.
Cerveja gelada
A Ambev teve alta de 3,43%, impulsionada ainda pela recomendação de compra do Goldman Sachs. Também circulam notícias de que a controladora, AB InBev, considera a possibilidade de lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações na Ásia.
*Com Estadão Conteúdo
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros