🔴 SELIC VAI PARAR NOS 14,75%? VEJA TÍTULOS DA RENDA FIXA ‘TURBINADA’ PARA COMPRAR AGORA – CONFIRA

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Duelo de gigantes rouba a cena no G20

Guerra comercial entre EUA e China concentra atenção do mercado financeiro global, que espera algum progresso nas negociações ou nenhuma escalada da tensão

Olivia Bulla
Olivia Bulla
28 de junho de 2019
5:44 - atualizado às 6:16
Na disputa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, Federal Reserve também é um dos jogadores

O mês de junho chega ao fim com o mercado financeiro querendo saber o que esperar para a segunda metade de 2019. Já que a definição sobre a reforma da Previdência na Câmara ficou adiada para o próximo trimestre, que começa na semana que vem, a expectativa dos investidores recai, agora, em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Os negócios globais devem optar pela cautela, já que o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping acontece amanhã à tarde (11h30 no horário de Brasília) e os investidores só vão repercutir o desfecho na próxima segunda-feira. Em geral, os mercados estão esperando algum progresso nas negociações ou nenhuma escalada da tensão.

Mas o sentimento em torno do G20 alterna altos e baixos. Ora prevalece um otimismo cauteloso, com apostas de que Trump e Xi devem alcançar um acordo no Japão e encerrar a disputa tarifária. Ou, no mínimo, terem um encontro produtivo. Ora se sobrepõe um pessimismo moderado, com a lembrança de que a guerra vai além da questão do comércio.

Como já dito aqui, o conflito entre as duas maiores economias do mundo está longe de ser apenas sobre a troca de bens e serviços e os saldos da balança comercial. Recentemente, a Trade War ganhou contornos de uma Tech War, em uma briga de gigantes pela hegemonia da tecnologia 5G, com a Huawei no centro da disputa.

Temas como influência geopolítica, hegemonia global e soberania nacional também se misturam ao duelo. Os EUA sabem que estão enfrentando um grande rival estratégico, ao passo que os chineses têm consciência do preço que se paga quando se fica de joelhos para potências estrangeiras.

Ainda mais diante de um líder tão volúvel quanto Trump. Parte do receio de Pequim em negociar com Washington é que, uma vez acertado o acordo, o presidente norte-americano mude de ideia e desfaça qualquer compromisso ou faça novas exigências para garantir os termos alcançados. Por isso, a retirada das tarifas já existentes é condição sine qua non.

Leia Também

Jogador influente

Porém, há outra maneira de se ver esse batalha. Afinal, um dos jogadores é o Federal Reserve, que já se mostrou pronto para agir, caso os riscos ao crescimento econômico dos EUA aumentem, por causa da guerra comercial. E se o Fed decidir contra-atacar, a disputa será entre os investidores pelos ativos mais arriscados - e de maior retorno.

Assim, mesmo se as negociações fracassarem - ou forem retomadas em um ritmo mais lento - a esperada ação coordenada dos principais bancos centrais globais, formando uma onda de afrouxamento global, pode ser construtiva para os mercados no segundo semestre, reduzindo o impacto da desaceleração econômica.

Com isso, o investidor chega com um pé atrás antes do encontro entre Trump e Xi em Osaka, durante a cúpula do G20. À espera do próximo capítulo da guerra comercial, as principais bolsas asiáticas encerraram em queda, com as perdas lideradas por Xangai (-0,60%). As praças europeias não têm uma direção firme, enquanto Nova York sobe.

Ainda assim, no último dia de negociação do mês e do trimestre, as ações globais acumulam valorização expressiva. Nos demais mercados, o rendimento (yield) dos títulos norte-americanos de 10 anos (T-note) estão levemente acima de 2%, ao passo que o dólar perde terreno para as moedas rivais. Já o petróleo recua, enquanto o ouro avança.

Previdência adiada

Outra queda de braço que o mercado financeiro acompanha está em Brasília. Os investidores receberam mal a notícia de que a leitura do novo relatório da reforma da Previdência ficou para a semana que vem, adiando a votação na comissão especial e colocando em xeque a aprovação na Câmara antes do recesso parlamentar.

Contudo, os principais atores da negociação entre governo e Congresso atuaram para manter as expectativas elevadas, acenando com a possibilidade de apreciação da matéria antes do dia 18 de julho. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, além do ministro da Economia, Paulo Guedes, pareciam agir em conjunto.

Ainda existe resistência dentro do Centrão e também por parte dos governadores sobre pontos delicados da proposta. Mas a data limite de negociação para tentar chegar a um denominador comum é a próxima terça-feira, quando deve, então, ser lido o voto complementar do relator, Samuel Moreira, com ajustes no parecer.

A ideia, segundo Maia, é resolver a etapa da reforma na comissão especial da Câmara na semana que vem, abrindo caminho para a votação da matéria, em dois turnos, no plenário da Casa na semana seguinte. Com isso, os deputados passariam as duas últimas semanas de trabalho debatendo (e votando) a proposta de novas regras para aposentadoria.

Mais um dia de agenda cheia

A agenda econômica mantém a tônica dos últimos dias e segue carregada nesta sexta-feira. No Brasil, destaque para a taxa de desemprego (9h), que deve registrar a segunda queda consecutiva, mas seguir acima de 12% no dado atualizado até maio, com mais de 13 milhões de pessoas desocupadas.

Antes, sai o índice de confiança do empresário no setor de serviços em junho (8h) e, depois, é a vez dos dados do Banco Central sobre as contas públicas. Já nos EUA, merecem atenção os dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo em maio (9h30), além da leitura final deste mês da confiança do consumidor norte-americano (11h).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação

21 de maio de 2025 - 10:15

Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta

21 de maio de 2025 - 8:29

Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?

VIROU PASSEIO

Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora

21 de maio de 2025 - 6:30

O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?

DÉJÀ-VU

Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67

20 de maio de 2025 - 19:08

O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais

ADEUS, UBER

Robotáxis da Tesla já têm data de estreia; Elon Musk promete milhões de carros autônomos nas ruas até 2026

20 de maio de 2025 - 18:54

CEO da Tesla confirma entrega de mil robotáxis até o fim de junho e quer competir com os principais apps de transporte por meio de um modelo próprio

PESSIMISMO

BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades

20 de maio de 2025 - 15:30

Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização

ACABOU O AMOR?

Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais

20 de maio de 2025 - 13:52

O CEO da Tesla foi o principal apoiador da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024, mas ele avalia que já fez “o suficiente”

UNIÃO ANIMAL

Fusão de Petz (PETZ3) e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade ainda nesta semana, e ações chegam a subir 6%

20 de maio de 2025 - 13:15

Autarquia antitruste considera fusão entre Petz e Cobasi como de baixa concentração do mercado voltados para animais de estimação, segundo site

AJUSTANDO O PORTFÓLIO

Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio

20 de maio de 2025 - 12:08

Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda

NO SHAPE

Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo

20 de maio de 2025 - 10:37

Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China

20 de maio de 2025 - 8:15

Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial

BALANÇO DOS BALANÇOS

Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?

20 de maio de 2025 - 6:14

Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A bifurcação de 2026

19 de maio de 2025 - 20:00

Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra

MERCADO CRIPTO

Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro

19 de maio de 2025 - 17:08

Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”

PICO HISTÓRICO

É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia

19 de maio de 2025 - 14:25

O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais

É HORA DE COMPRAR?

Morgan Stanley vê rebaixamento do rating dos EUA como oportunidade para investir na bolsa americana; confira as ações recomendadas

19 de maio de 2025 - 13:15

Recomendação acontece após as bolsas de Nova York recuperarem o fôlego após trégua nas tarifas entre EUA e China, reduzindo de 145% para 30%

DIFERENÇAS RECONCILIÁVEIS

Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido

19 de maio de 2025 - 11:38

Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa

DE CARA NOVA

Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês

19 de maio de 2025 - 10:53

Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes

19 de maio de 2025 - 8:24

Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil

CRIPTOMOEDAS

Bitcoin (BTC) engata alta, puxa junto outras criptomoedas e se aproxima de máxima histórica neste domingo

18 de maio de 2025 - 14:41

O bitcoin encontra-se apenas 3% abaixo de sua máxima histórica de US$ 108.786, preço atingido em 20 de janeiro, logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar