Ainda há espaço para pegar carona no “rali Bolsonaro”, diz Western Asset
Com mais de R$ 40 bilhões no país, gestora americana decidiu aumentar as posições compradas na bolsa ontem, depois da vantagem obtida pelo candidato do PSL no primeiro turno das eleições
Que a ampla vantagem obtida no primeiro turno por Jair Bolsonaro levaria os investidores às compras na bolsa já era amplamente esperado. Mas e agora? Depois da alta de mais de 4% do Ibovespa ontem ainda há espaço para pegar carona no rali eleitoral? Ou o mercado exagerou ao se antecipar à provável vitória do candidato do PSL no próximo dia 28 de outubro?
Responsável pela área de renda variável da Western Asset, Fabio Motta chegou ao escritório ontem logo cedo com a mesma dúvida na cabeça. A gestora americana, uma das maiores independentes em atividade no país, já havia se preparado para um resultado favorável ao candidato do PSL. Ainda assim o desempenho surpreendeu.
“A gente não toma risco político de forma pronunciada nas carteiras, mas decidimos aumentar as posições compradas na bolsa ontem”, disse o executivo da Western, que possui mais de R$ 40 bilhões sob gestão no país. Em outras palavras, Motta vê espaço para as ações subirem mais.
Sobe quanto?
Mesmo depois da alta expressiva de ontem, o Ibovespa ainda negocia abaixo de sua média histórica, segundo Motta. Ou seja, as ações podem subir mais apenas se a bolsa caminhar para a média com a perspectiva de vitória de Bolsonaro. Mas esse ganho pode ser ainda maior.
Com base no preço e no lucro das empresas, a bolsa teria fôlego para subir 30% se voltasse a ser avaliada nos mesmos patamares de 2016, no período de euforia do mercado logo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Risco menor
Como eu já contei nesta reportagem, o tal mercado comprou a ideia de que Bolsonaro fará uma gestão mais liberal do ponto de vista econômico. Isso tende a favorecer os resultados das empresas e as ações. Mas ainda havia muita dúvida sobre a capacidade de o candidato, vindo de um partido nanico, conseguir emplacar os projetos no Congresso.
Leia Também
Embora esse ainda seja um risco a ser considerado, a incerteza diminuiu bastante com a votação expressiva do PSL também no Legislativo. O partido do capitão obteve 52 vagas na Câmara e quatro no Senado.
“Esse crescimento do PSL não estava na conta de ninguém”, diz Motta.
Embora veja como muito pequena a possibilidade de uma virada no segundo turno, o gestor da Western diz que o “risco Haddad” hoje é menor. A expectativa é que o candidato adote uma postura mais moderada para conquistar o eleitor de centro. E, de fato, o petista já abandonou propostas polêmicas, como a convocação de uma Assembleia Constituinte.
“Não digo que a bolsa não sofreria se Haddad ameaçar, mas pode não ser uma catástrofe, principalmente se ele, por exemplo, anunciar uma equipe econômica respeitável”, afirma Motta.
O que comprar?
Conforme se confirmar o cenário mais provável, que é o de uma vitória de Bolsonaro, perguntei ao gestor da Western quais ações têm maior potencial na bolsa.
Ele diz que uma rápida olhada na lista de papéis que mais subiram ontem já dá uma ideia das candidatas a novas queridinhas do mercado. As estatais federais são um exemplo óbvio, mesmo que Bolsonaro não encampe integralmente o plano de privatização de seu guru econômico Paulo Guedes, como já sinalizou.
As ações de empresas mais endividadas também tendem a se beneficiar. Isso porque o mercado espera inflação e juros mais controladas com Guedes à frente da equipe econômica. Aquelas que ganham em um cenário de taxas menores, como as concessionárias de rodovias, também são uma opção, segundo Motta.
Para o gestor da Western, as empresas de setores que dependem da volta da confiança do consumidor, como as incorporadoras, também tendem a ganhar em um rali Bolsonaro.
“As pessoas só compram imóveis se souberem que vão ter emprego e condições de pagar”, diz.
Além de colocar uma pitada a mais de risco no portfólio, a Western tirou um pouco mais o pé de ações de setores considerados defensivos e com receita em dólares. É o caso, por exemplo, das empresas de papel e celulose.
Outro segmento que pode sofrer mais justamente porque vinha sendo usado como proteção pelos investidores em um cenário eleitoral mais incerto é o de seguros, segundo o gestor. Se você quiser saber mais sobre as ações das seguradoras, leia também esta matéria que escrevi.
E você, também decidiu embarcar no rali Bolsonaro ou acha que o mercado exagera no otimismo? Comente abaixo e diga pra gente o que espera de um possível governo do candidato do PSL.
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
