Trump fala em buscar terceiro mandato — e não está brincando
Em tese, Trump precisaria mudar a Constituição dos EUA para buscar um terceiro mandato; no entanto, o presidente norte-americano acredita que haveria alternativas

A metralhadora giratória verbal de Donald Trump parece dispor de munição infinita. Há quem veja esse comportamento como cortina de fumaça. Enquanto todos discutem o assunto da vez (a guerra comercial), outras questões importantes passam despercebidas pelo fluxo interminável de declarações aparentemente aleatórias.
Se o atual presidente dos Estados Unidos tentar mudar a Constituição do país na busca por um terceiro mandato, no entanto, não será possível alegar que foi por falta de aviso.
No domingo (29), durante uma conversa por telefone, a apresentadora Kristen Welker perguntou a Trump se ele falava sério sobre tentar um terceiro mandato.
“Não é brincadeira, não”, assegurou Trump a Welker, mais conhecida por moderar o programa Meet The Press, da NBC News.
Trump disse que “ainda é cedo para falar nisso”, mas “existem métodos” para viabilizar o terceiro mandato.
O presidente norte-americano já havia aventado anteriormente a possibilidade, mas sempre com um tom de bravata.
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Agora, segundo palavras do próprio Trump, ele não está para brincadeira.
Em ocasiões anteriores, cientistas políticos advertiram que uma iniciativa nesse sentido em um país do porte dos Estados Unidos representaria uma pá de cal sobre a democracia liberal como a conhecemos no Ocidente.
Não parece exagero. Isso porque, no pós-Segunda Guerra Mundial, os EUA posicionaram-se globalmente como fiadores do modelo.
A legislação norte-americana limita a presidência a dois mandatos. Podem ser consecutivos, como os de Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, ou alternados, como os de Trump.
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A busca por um terceiro mandato é ilegal, segundo a 22ª emenda da Constituição dos EUA.
Para alterá-la, Trump precisaria da aprovação de pelo menos dois terços da Câmara dos Representantes, dois terços do Senado e de três quartos das Assembleias Legislativas estaduais.
Embora o partido de Trump detenha atualmente o controle do Congresso, trata-se de uma maioria apertada, insuficiente para levar a questão adiante.
Mas, como o próprio Trump disse, “existem métodos” para alcançar esse objetivo.
Welker perguntou a Trump sobre a possibilidade de JD Vance concorrer à Casa Branca em 2028 com ele como vice para em seguida renunciar e lhe devolver o poder.
“É uma possibilidade”, respondeu Trump.
“Mas há outras também”, disse, sem entrar em detalhes.
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