Sem prazo para acabar, mas com estratégia sem precedentes: os bastidores das negociações entre EUA e China em Londres
As negociações entre os representantes dos dois países acontecem depois que Trump manteve uma longa conversa por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping

Representantes de EUA e China iniciaram nesta segunda-feira (9) uma nova rodada de negociações para dar fim à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Embora não haja um prazo definido para a conclusão das conversas bilaterais, a estratégia dos norte-americanos está sendo considerada sem precedentes.
De acordo com fontes do Departamento do Tesouro dos EUA, a delegação norte-americana quer que as conversas ocorram de forma orgânica para permitir discussões substanciais — daí a ausência de um prazo para as negociações terminarem.
Do lado da estratégia, a equipe do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, senta à mesa com os chineses com uma carta da manga concedida por Donald Trump: a retirada das restrições à venda de tecnologia e outros produtos para a China, segundo fontes próximas do assunto.
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“Historicamente, os controles de exportação nunca foram usados como alavanca para negociações comerciais”, disse Kevin Wolf, sócio da Akin Gump Strauss Hauer & Feld, especializada em comércio internacional, para a agência Dow Jones. “Não há precedentes para isso”, acrescentou.
De acordo com as fontes, os produtos incluídos nas recentes restrições dos EUA e que não foram anunciadas publicamente pelo governo incluem: motores a jato e peças relacionadas, softwares necessários para que empresas chinesas produzam chips; e etano, um componente do gás natural importante na fabricação de plásticos.
As negociações entre EUA e China
As negociações entre os representantes de EUA e China acontecem depois que Trump afirmou, na semana passada, ter mantido uma longa conversa por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping. Saiba aqui o que os dois conversaram.
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Os esforços diplomáticos de ambos os lados se intensificaram após semanas de tensão comercial e incerteza provocadas pelo anúncio de Trump anunciar de tarifas abrangentes sobre a China e outros parceiros comerciais em abril.
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Pequim retaliou, e uma escalada recíproca nas tarifas se seguiu antes que os dois lados concordassem em maio, em Genebra, em reduzir temporariamente as tarifas por 90 dias e facilitar as negociações.
Na época, a tarifa norte-americana sobre as importações chinesas foi reduzida de 145% para 30%, enquanto as taxas da China sobre as importações americanas foram reduzidas de 125% para 10%.
Desde então, China e EUA têm se acusado mutuamente de violar o acordo de Genebra, com Washington afirmando que Pequim demorou a aprovar a exportação de minerais essenciais adicionais para os EUA, enquanto a China criticou os EUA por imporem novas restrições aos vistos de estudante chineses e restrições adicionais à exportação de chips.
*Com informações da CNBC
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