Vale (VALE3): produção de minério recua no 4T24, mas alcança o maior nível desde 2018
Os papéis da mineradora fecharam a negociação na B3 em queda de mais de 2% depois das previsões do Citi para 2025

Há quem diga que é impossível projetar o futuro sem conhecer o passado. No caso da Vale (VALE3), os dados operacionais do quarto trimestre e de 2024 ajudarão a desvendar os caminhos que a mineradora deve percorrer em 2025.
Depois do fechamento do mercado, a Vale informou que a produção de minério de ferro somou 85,279 milhões de toneladas métricas (Mt) entre outubro e dezembro de 2024, o que representa uma queda de 4,6% em base anual. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve baixa de 6,3%.
Segundo a mineradora, essa redução se deu conforme planejado, "após a decisão de otimização do portfólio, priorizando a produção de minérios de maior margem".
Considerando 2024 como um todo, a produção de minério de ferro da Vale somou 327,675 Mt, um aumento de 2% sobre 2023 e ligeiramente abaixo da previsão da própria mineradora, de 328 Mt. O desempenho é o melhor desde 2018.
Para 2025, a Vale espera que a produção de minério alcance entre 325 Mt e 335 Mt.
"O desempenho da Vale em 2024 foi marcado por uma maior estabilidade operacional e pelo início de projetos importantes”, diz a mineradora no relatório de produção e vendas.
Leia Também
Esse, no entanto, não foi o único feito da companhia no período. A produção do Sistema Sul diminuiu, enquanto o S11D, maior complexo minerário da Vale, localizado no Pará, atingiu recorde.
"Em 2024, o S11D atingiu uma produção recorde de 83 Mt [milhões de toneladas] como resultado da estratégia de manutenção otimizada, que permitiu uma maior disponibilidade de ativos e estabilidade operacional", afirma a Vale.
A mineradora também registrou produção recorde anual de cobre no Complexo Salobo, no Pará. A companhia tem indicado que o metal, essencial para a transição energética, é uma importante aposta para os próximos anos.
No pregão regulamentar, as ações da Vale caíram. Isso porque o mercado se concentrou no que está no horizonte da companhia: a previsão do Citi indicando que a demanda da China por minério de ferro será reduzida em 80 milhões de toneladas.
As ações VALE3 fecharam o dia com queda de 2,43%, cotados a R$ 52,65, depois que o banco disse que o apetite chinês mais fraco vai prejudicar os preços do minério e as vendas da Vale. Em janeiro, o ativo acumula perdas de 3,5%.
A previsão, no entanto, fala mais sobre como será 2025 para a mineradora. Antes, porém, é importante olhar outros números da companhia no quarto trimestre de 2024.
- VEJA TAMBÉM: Quais são as melhores ações para investir em 2025? E-book gratuito mostra as perspectivas da Empiricus Research, Trígono Capital e BTG Pactual
A Vale além dos recordes
A produção de pelotas da Vale somou 9,167 Mt no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 6,9% em base anual e de -11,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Em 2024, a produção de pelotas somou 36,891 Mt, um aumento de 1,2% sobre 2023 e abaixo dos 38 Mt previstos para o ano. Em 2025, a Vale espera produzir entre 38 Mt e 42 Mt de pelotas.
Já as vendas de minério de ferro caíram 10,1% entre outubro e dezembro na comparação com o mesmo período de 2023 e um tiveram uma leve baixa de 0,8% na base trimestral, para 81,196 Mt. Em 2024, as vendas de minério somaram 306,652 Mt, 1,9% acima de 2023.
As vendas dos finos de minério somaram 69,912 Mt, uma queda de 10,2% ano a ano, mas uma alta de 0,8% trimestre contra trimestre. Em 2024, as vendas somaram 260,314 Mt, um aumento de 1,4% em relação a 2023.
Já as vendas de pelotas alcançaram 10,067 Mt, uma queda de 2,1% na comparação anual e de -0,7% em termos trimestrais. No ano, as vendas de pelotas da Vale subiram 6,9% ante 2023, para 38,3 Mt.
Os preços praticados pela Vale
O relatório operacional da Vale, considerado uma espécie de prévia do balanço, também mostrou que os preços dos finos de minério de ferro no quarto trimestre de 2024 caíram 21,4%, para US$ 93 por tonelada. Na comparação trimestral, houve alta de 2,6%.
Em 2024, os preços dos finos de minério praticados pela Vale foram de US$ 95,30, o que representa uma queda de 11,8% em relação a 2023.
Já os preços das pelotas de minério baixaram 12,5% na comparação anual, para US$ 143. Em base trimestral, houve queda de 3,5%. No ano, os preços somaram US$ 154,6, uma redução de 4,5% sobre 2023.
Em termos de comparação, na segunda-feira (27), o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para entrega em maio de 2025, fechou em alta de 1,06%, cotado a US$ 111,85.
Hoje não houve negociação por lá por conta do feriado do Ano Novo Chinês.
- E MAIS: Cenário macroeconômico brasileiro deve continuar desafiador em 2025 – onde investir para se proteger e buscar lucros? Veja o que dizem os especialistas neste e-book gratuito
Outros metais da Vale
A produção de cobre da Vale totalizou 101,8 mil toneladas (kt) no quarto trimestre, um aumento de 2,7% em base anual e de 18,5% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
Em 2024, a alta foi de 6,6% sobre 2023, para 348,2 kt — acima da projeção de 345 kt da mineradora para o período. Para 2025, a Vale espera produzir entre 340 kt e 370 kt de cobre.
As vendas de cobre subiram 1,5% ano a ano e 31,6% em termos trimestrais, para 99 kt. Em 2024, houve alta de 6,3% sobre 2023, para 327,2 kt.
Já os preços do cobre alcançaram US$ 9.187, uma alta de 15,7% ano a ano e de 1,9% trimestre contra trimestre. Os preços em 2024 avançaram 10,7% ante 2023, para US$ 8.811 a tonelada.
A produção de níquel, por sua vez, subiu 1,3% entre outubro e dezembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mas foi 3,4% menor em base trimestral, totalizando 45,5 kt.
Em 2024, houve queda de 3% ante 2023, para 159,9 kt, resultado praticamente em linha com a previsão da Vale de 160 kt. Para 2025, a expectativa da mineradora é produzir entre 160 kt e 175 kt de níquel.
As vendas de níquel totalizaram 47,1 kt, o que representa uma queda de 1,7% em base anual, mas um aumento de 15,7% na comparação trimestral. No ano, as vendas baixaram 7,6%, para 155,2 kt.
O preço do níquel alcançou US$ 16.163, queda de 12,3% ano a ano e de -5% trimestre contra trimestre. Em 2024, os preços baixaram ainda mais, 21,8% na comparação com 2023, para US$ 17.078.
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão