Vale (VALE3) no vermelho: Ações da mineradora pressionam o Ibovespa hoje em meio a atualizações de projeções financeiras
O desempenho negativo dos papéis vem na esteira da atualização de estimativas da mineradora em relação à sensibilidade de fluxo de caixa livre para o acionista para 2025
As ações da Vale (VALE3) operam no vermelho nesta segunda-feira (24) e pressionam o desempenho do Ibovespa na sessão, em meio ao anúncio de novas projeções financeiras.
Por volta das 16h20, os papéis da mineradora caíam 0,77%, negociados a R$ 57,71. No mesmo horário, o principal índice de ações da B3 recuava 1,16%, aos 125.652 pontos. As ações da Vale fecharam o pregão em queda de 0,91%, a R$ 57,63. Já o Ibovespa fechou em baixa de 1,36%, aos 125.394,27 pontos.
O desempenho negativo vem na esteira da atualização de estimativas da mineradora em relação à sensibilidade de fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) para 2025.
Agora, as estimativas são de US$ 3,8 bilhões a US$ 5, bilhões, em termos reais, o que representa um FCFE yield (retorno de fluxo de caixa) de 9 a 12%.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a perspectiva tem como premissa:
- O consenso das expectativas do mercado de Ebitda Proforma de 2025, de US$ 15,5 bilhões;
- Investimentos (Capex) de cerca de US$ 5,9 bilhões;
- O intervalo de US$ 1,9 bilhões a US$ 2,4 bilhões em juros e impostos;
- Desembolsos de US$ 900 milhões em despesas incorridas relacionadas a Brumadinho e descaracterização de barragens;
- Gastos entre US$ 0,8 bilhão e US$ 1 bilhão de Associadas e joint ventures (JVs); e
- De US$ 1,0 bilhão a US$ 1,5 bilhão para outros desembolsos, como pagamentos de juros sobre debêntures e gastos com contratos de concessão ferroviária.
Já para o acumulado dos próximos três anos, entre 2025 e 2027, a estimativa passou para US$ 13 bilhões a US$ 15 bilhões, em termos reais, representando FCFE yield acumulado de 30% a 35%.
Leia Também
As demais estimativas divulgadas pela Vale seguiram sem alteração.
Outras projeções da Vale (VALE3)
Junto ao balanço do quarto trimestre de 2024, a Vale divulgou novidades em relação às projeções (guidance) para 2025.
A gigante da mineração informou que a projeção de investimentos totais neste ano foi atualizada para US$ 5,9 bilhões, uma redução de US$ 600 milhões em relação à meta previamente estipulada.
A projeção de “investimento para crescimento” foi atualizada para US$ 1,6 bilhão, contra uma estimativa anterior de até US$ 2,5 bilhões, enquanto os recursos de “manutenção” passaram a ser estimados em US$ 4,3 bilhões, frente à expectativa de até US$ 4,5 bilhões.
Por sua vez, a estimativa de investimento em soluções de minério de ferro em 2025 foi atualizada para US$ 3,9 bilhões, ante até US$ 4 bilhões, enquanto o segmento de metais para transição energética teve um corte para US$ 2 bilhões, ante até US$ 3 bilhões.
Em um resultado pior do que o esperado pelo mercado, a Vale anunciou um prejuízo líquido de US$ 694 milhões no quarto trimestre, revertendo o lucro de US$ 2,4 bilhões visto no mesmo período do ano anterior.
O Ebitda, indicador usado pelo mercado para mensurar o potencial de geração de caixa operacional de uma empresa, somou US$ 3,79 bilhões no mesmo período, queda de 41% na comparação anual.
Títulos de dívida
A Vale (VALE3) também anunciou que pretende reabrir uma emissão de títulos de dívida da subsidiária Vale Overseas emitidos no exterior (bonds) com vencimento em 2054.
Os papéis serão adicionais à emissão de 6.400% Guaranteed Notes com vencimento em 2054 e serão totalmente fungíveis com a emissão realizada pela Vale Overseas em junho de 2024, no montante principal agregado de US$ 1 bilhão.
A Vale pretende usar uma parte dos recursos que levantar com a oferta para financiar o preço de recompra de certos bonds emitidos pela subsidiária.
Além dos bonds adicionais, a Vale Overseas também anunciou o início das ofertas de aquisição dos títulos de dívida abaixo por até US$ 450 milhões:
- 8.250% Guaranteed Notes due 2034
- 6.875% Guaranteed Notes due 2039
- 6.875% Guaranteed Notes due 2036
*Com informações do Money Times.
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%
Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda
Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único
11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday
Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday
A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico
O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho
Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática
Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida
A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas
Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade
É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25
O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre
Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo
Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente
Desdobramentos da falência: B3 suspende negociações das ações Oi (OIBR3)
Segundo o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre, a empresa tinha 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais
MBRF (MBRF3): lucro recua 62% e chega a R$ 94 milhões no 3T25; confira os primeiros números após a fusão
Nas operações da América do Norte, os resultados foram impulsionados pela racionalização da produção e crescente demanda pela proteína bovina
Vale a pena investir na Minerva (BEEF3): Santander eleva preço-alvo e projeta alta de 25% com dividendos no radar
Analistas avaliam que queda de 14% após balanço foi um exagero, e não considera os fundamentos da empresa adequadamente