Vale (VALE3): foco nas margens e mudança de estratégia agrada bancões, mas não impedem que um deles corte o preço-alvo; o que fazer com a ação?
Mineradora demonstrou que quer aproveitar melhor as condições do mercado, em vez de insistir apenas no minério premium, para ter mais rentabilidade

A Vale (VALE3) passou uma mensagem clara, segundo os bancos de investimento: a mineradora está focada em aumentar as margens da empresa e ajustou sua estratégia para garantir isso.
Em encontro com analistas de diversos bancos, a Vale demonstrou que aposta em aproveitar melhor as condições do mercado, em vez de insistir em vender apenas minério premium, se isso significar mais rentabilidade.
Itaú BBA, Santander, BTG Pactual e Safra concordam na atratividade da Vale neste momento; contudo, divergem sobre o que fazer com os papéis.
- SAIBA MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
Apesar do otimismo da Vale com os preços do minério de ferro, alguns dos problemas são o ceticismo do mercado com o ferro devido aos problemas macroeconômicos globais, níveis fracos de atividade na China e piora na sazonalidade da oferta.
No pregão desta quinta-feira (29), as ações da Vale tiveram leve alta de 0,07%, negociadas a R$ 53,45.
Avaliação do Itaú BBA sobre a Vale
A expectativa do Itaú BBA é de otimismo moderado em relação à Vale, com foco no mix de produtos da mineradora para justificar a recomendação Outperform, equivalente à compra.
Leia Também
A emissão de R$ 2 bilhões em títulos globais da Petrobras (PETR4) é um risco?
A justificativa dos analistas do banco é que a mensagem foi de corte de custos, otimização do portfólio e manutenção da competitividade, o que sugere um cenário em que as ações possam ter uma atratividade interessante.
Com isso, o preço-alvo para dezembro é de R$ 74, com potencial de valorização de 39%, fora dividendos – com a preferência por recompra de ações em vez de proventos extraordinários, diante da baixa cotação dos papéis.
- E MAIS: Analistas selecionaram 3 ações do setor de serviços básicos para buscar lucros de até 32% – confira quais são
Outro ponto positivo para o Itaú BBA é que o projeto de cobre da mineradora deve receber licença ainda este ano, com a empresa querendo dobrar a capacidade até 2035. Entretanto, o banco ainda vê o cenário da produção de níquel como desafiador, com possibilidade de venda ou busca por sócios para ativos de custo elevado.
Avaliação do Santander sobre a Vale
A visão do Santander é construtiva, apostando em estabilidade no nível atual da Vale. O cenário para o banco é positivo: capex em US$ 6 bilhões para 2025 e estratégia clara para minério, cobre e níquel.
A equipe de analistas considera que a mineradora está cumprindo sua promessa de disciplina de capital e execução consistente, especialmente em ferro, cobre e níquel.
Por isso, o Santander escolheu fixar a recomendação de compra das ações e o preço-alvo de R$ 75.
Entre os destaques do relatório do banco está a meta de produção de minério: 340–360 milhões de toneladas ao ano, com custo abaixo de US$ 20 por tonelada, e os projetos de beneficiamento e mistura na China para atender à demanda por minérios de menor teor.
A liquidez sólida e o endividamento sob controle (1,0x Ebitda), mesmo com cenário de preço a US$ 80 por tonelada, também são alguns dos motivos do Santander para ver atratividade nas ações da Vale.
Avaliação do BTG Pactual sobre a Vale
Já o BTG Pactual acredita na recuperação do setor, mas mantém cautela devido ao cenário global, que pode complicar a situação para a mineradora, com a demanda chinesa ainda incerta, especialmente por causa do setor imobiliário.
Para os analistas do banco, a estratégia para garantir o crescimento está correta, mas é limitada por conta do cenário macroeconômico.
- VEJA MAIS: Duas ações para “apimentar” a carteira que podem “surfar” o fim das altas da Selic
Com isso, o BTG preferiu manter a recomendação neutra para as ações da Vale, com um preço-alvo de R$ 65 até dezembro.
Entre os pontos positivos destacados pelo relatório está a expectativa de que o cobre siga sendo o principal vetor de crescimento no médio/longo prazo.
Avaliação do Safra sobre a Vale
O Safra foi o único dos quatro bancos a cortar o preço-alvo das ações da Vale após o encontro com a administração da companhia.
Segundo a casa, a queda reflete menores projeções nos resultados de níquel devido ao maior ponto de equilíbrio e preços mais baixos para o minério de ferro.
Mesmo assim, para os analistas, a ação parece atraente, sendo negociada a um EV/Ebitda (valor de mercado sobre resultado operacional) de 3,7x em 2025 e oferecendo um rendimento médio de 12% em fluxo de caixa (FCF) para 2025 a 2027.
Com isso, o Safra cortou o preço-alvo de R$ 72 para R$ 68, com recomendação de compra.
*Com informações do Money Times
BRF-Marfrig: Cade marca sessão extraordinária para julgar fusão de gigantes nesta sexta-feira (5)
O conselheiro Carlos Jacques, que havia pedido vistas do processo em 20 de agosto, liberou nesta quarta (3) seu voto pela aprovação integral da fusão
O pior já passou para o Banco do Brasil (BBAS3) ou ainda vem turbulência pela frente? Veja o que diz o Itaú BBA
Os analistas destacam que os problemas do agronegócio, que já haviam surpreendido negativamente neste ano, continuam longe de serem resolvidos
Cade dá puxão de orelha na Azul (AZUL4) e na Gol (GOLL54) por acordo de rotas compartilhadas e determina prazo de 30 dias para as aéreas notificarem o negócio
Segundo o relator do caso, os contratos de codeshare não têm isenção automática da análise concorrencial do órgão antitruste
“Estamos falando de uma transformação profunda”, diz o CEO da Vale (VALE3) sobre investimento de R$ 67 bilhões. A mineradora vai mudar?
Os recursos bilionários serão destinados à retomada da operação de Capanema, em Ouro Preto, que estava paralisada há 22 anos, e estão inseridos em um projeto bem maior da companhia
Raízen deixa Oxxo com fim da parceria com a Femsa, mas mantém lojas de conveniência Shell; ações RAIZ4 disparam na bolsa
As companhias anunciaram o fim da joint venture Grupo Nós, criada em 2019, que controlava o Oxxo, além da Shell Select e Shell Café
BTG Pactual (BPAC11) agora mira o RH das empresas para crescer no digital: “Os CEOs e CFOs já nos conhecem”
Tradicional em investimentos, BTG aposta em previdência, folha de pagamento e soluções para atrair empresas — e novas contas digitais
Banco Central reprova compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB)
Acordo havia sido anunciado em março, e decisão do BC era último passo para concretização do negócio
Méliuz (CASH3) compra US$ 1 milhão em bitcoin (BTC) — com uma diferença dessa vez
A compra da criptomoeda mais valiosa do mundo se tornou parte fundamental dos negócios da plataforma de cashback
Ações da Cosan (CSAN3) saltam 8% e emendam sexto dia de alta; afinal, o que está animando tanto o mercado?
Segundo relatório da Empiricus, três notícias recentes foram positivas para a companhia ou seu setor de atuação
Conheça a Anthropic, dona de chatbot rival do ChatGPT, que foi avaliada em quase R$ 1 trilhão
A empresa planeja reforçar a capacidade de atender à demanda empresarial e impulsionar a expansão internacional após nova rodada de investimentos
Não é hora de dar tchau: Justiça dos EUA determina que Google não precisa abrir mão do Chrome, e ações disparam nesta quarta (3)
O navegador estava no cerne do processo por violar a lei antitruste norte-americana no segmento de buscas e publicidade nos resultados de pesquisa
Mais um ataque hacker: fintech Monbank sofre desvio de R$ 4,9 milhões em segunda tentativa de assalto ao sistema financeiro nesta semana
A instituição afirmou que a maior parte do valor já foi recuperado e nenhuma conta de clientes foi afetada
Cosan (CSAN3) é história única de reestruturação na América Latina, e era de ‘valor zero’ da Raízen (RAIZ4) deve acabar, segundo BofA
O Bank of America reafirma a recomendação de compra para a Cosan (CSAN3), destacando seu processo único de reestruturação e desalavancagem na América Latina, mas reduz o preço-alvo para R$ 11
Itaú Unibanco (ITUB4) revela alavancas por trás de plano ambicioso de dobrar a carteira do negócio de varejo até 2030
As metas ambiciosas para o banco de varejo integram o cerne de dois planos estratégicos do Itaú: o iVarejo 2030+ e o Programa PJ 2030. Entenda os detalhes
Itaú (ITUB4) prepara terreno para dividendos ainda maiores em 2026: CEO revela as alavancas estratégicas para impulsionar o payout
Em evento, o presidente Milton Maluhy Filho abriu quais as duas alavancas que podem levar a remuneração aos acionistas a outro nível
O que não te contaram sobre a onda de fusões que está formando fundos imobiliários (FIIs) bilionários na B3
Entre consolidações que criam fundos imobiliários gigantes na bolsa e desafios macroeconômicos, Bruno Nardo, gestor de multiestratégia da RBR Asset, analisa o momento do setor
Com sangue nos olhos pelo Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), família Coelho Diniz envia lista de indicados ao conselho e mantém nome de Rafael Ferri
Depois de atingirem quase um quarto do capital, os Coelho Diniz pressionam por mudanças no comando do Pão de Açúcar
Azul (AZUL4) chega a disparar 20% no pregão desta segunda-feira (1); veja o que está por trás do movimento
A alta de hoje acontece após a companhia aérea ter revertido o prejuízo de R$ 3,5 bilhões registrado no 2T24
Negócio entre Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) naufraga, mas existe um lado positivo para o Santander
A futura MBRF anunciou que a venda de unidades no Uruguai para a rival foi cancelada devido a questões envolvendo o órgão antitruste uruguaio
RD Saúde (RADL3) ganha novo concorrente de peso, mas você não deveria se apavorar com isso: Mercado Livre pressiona, mas farmácias têm 5 pontos a favor
Apesar de a notícia ser negativa para a RD, analistas avaliam o impacto como limitado e o movimento ainda inicial. Entenda os pilares da tese