Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Há exatos 15 dias, Larry Ellison, presidente do conselho e cofundador da Oracle, via sua fortuna encolher em R$ 31 bilhões em um único dia, perdendo a segunda posição entre as pessoas mais ricas do mundo. E este nem era o pior no caminho do executivo.
As ações da Oracle despencaram 30% neste trimestre. Faltando quatro dias úteis para o fim do período — a bolsa de Nova York funciona no dia 31 de dezembro —, os papéis da companhia caminham para a maior queda desde 2001 e a bolha da internet.
Mas são os planos da fabricante de software que estão deixando os investidores de orelha em pé.
No início de dezembro, a Oracle divulgou receita trimestral e fluxo de caixa livre abaixo do esperado. Na teleconferência de resultados, o recém-nomeado diretor financeiro, Doug Kehring, anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em capital para o ano fiscal de 2026, 43% acima do plano de setembro e o dobro do total do ano anterior.
Além disso, a Oracle apresentou planos para investir US$ 248 bilhões em arrendamentos para aumentar a capacidade da nuvem, além de construir data centers.
O problema é que, para chegar lá, a companhia terá um volume enorme de dívida — em setembro, a Oracle levantou US$ 18 bilhões em uma emissão de títulos de alto valor, uma das maiores emissões de dívida já registradas no setor de tecnologia.
Leia Também
Tudo o que é bom, dura pouco
Em setembro, a OpenAI, criadora do ChatGPT, concordou em investir mais de US$ 300 bilhões com a Oracle para a construção de novos centros de dados.
O acordo foi visto pelo mercado como um grande endosso para a Oracle, e as ações da fabricante de software dispararam quase 36% — a terceira maior alta desde o IPO da empresa em 1986. As ações chegaram a atingir um recorde intradia de US$ 345,72.
Só que as ações da Oracle perderam 43% do seu valor desde então, fechando na sexta-feira (26) a US$ 197,99 — nem mesmo o anúncio do TikTok sobre a venda de parte de seus negócios nos EUA para a Oracle e outros investidores ajudou nas cotações.
O pé atrás com a Oracle
Há três meses, a Oracle nomeou Clay Magouyrk e Mike Sicilia como novos CEOs. Assim que assumiu, a dupla apresentou a visão de uma companhia com crescimento muito mais acelerado, com receita prevista para subir para US$ 225 bilhões no ano fiscal de 2030, ante US$ 57 bilhões no ano fiscal de 2025.
A maior parte desse crescimento viria da infraestrutura de inteligência artificial, com as unidades de processamento gráfico da Nvidia no centro.
Mas, embora Magouryk estivesse dizendo aos analistas para se prepararem para um "hipercrescimento", essa expansão ocorreria às custas da lucratividade, já que o principal negócio de software da Oracle exige margens muito maiores.
No ano fiscal de 2021, a margem bruta da Oracle foi de 77%. Analistas consultados pela FactSet preveem que a participação da Oracle cairá para cerca de 49% em 2030, com um fluxo de caixa livre negativo total de US$ 34 bilhões nos próximos cinco anos, antes de se tornar positiva em 2029.
A questão é saber se os investidores têm paciência para esperar até lá.
*Com informações da CNBC
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3