“Todo cliente de alta renda tem que estar no Santander”, diz head. Do café até a Fórmula 1, qual a estratégia do banco para os mais ricos?
Ao Seu Dinheiro, Thiago Mendonça, head sênior do Santander Select Brasil, detalhou quais as alavancas dos planos de crescimento do banco no segmento de alta renda
“Todo cliente de alta renda tem que estar no Santander. Ainda nem começamos a arranhar o potencial”. Essas foram as palavras de Thiago Mendonça, head sênior do Santander Select Brasil, quando questionado sobre os planos ambiciosos do banco na corrida pelos clientes mais ricos do país.
Hoje, o Santander Brasil conta com aproximadamente 5,8 milhões de clientes Select. Mas a meta é crescer ainda mais.
Mas o desafio não está apenas em expandir a base: o Santander precisa garantir que seus atuais clientes não migrem para ofertas mais atrativas. Afinal, em um cenário de juros altos, os grandes bancos estão mais focados do que nunca em conquistar o público de alta renda.

“Estamos muito contentes com o avanço que tivemos. Nós crescemos 30% de principalidade nesse ciclo anual. Mas ainda achamos que é muito pouco e queremos muito mais”, afirmou Mendonça, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro.
“O mercado brasileiro tem players ótimos. Está todo mundo correndo atrás da atenção do cliente de alta renda, e temos que ser melhores do que eles. Esse é um cliente desejado, temos uma competição ativa”, acrescentou.
Ao Seu Dinheiro, Mendonça revelou que o crescimento do Santander Select virá de três grandes esperas: impactar o cliente de alta renda, valorizar o tempo do cliente e apostar em novas experiências únicas.
Leia Também
O executivo também revelou quais os principais motores dessa estratégia — que passam desde uma singela xícara de café até os velozes carros de Fórmula 1.
- LEIA TAMBÉM: Análises certeiras e insights exclusivos para investidores: receba em primeira mão os episódios do Touros e Ursos, podcast do Seu Dinheiro
Os planos do Santander para o Work/Café
Uma parte significativa dos planos do banco para os clientes de alta renda passa pelo Work/Café, uma nova proposta de agência bancária que visa transformar a experiência do cliente com o banco.
Essas unidades contam com um espaço de coworking, wi-fi, equipe Select para atender às necessidades do cliente e também uma cafeteria. Vale destacar que todos os clientes Santander podem utilizar o espaço, embora o cliente Select tenha ofertas de valor adicionais.
O objetivo é criar espaços que os clientes queiram frequentar, não porque precisem resolver problemas, mas porque queiram viver uma experiência diferente enquanto gerenciam suas finanças.
Segundo ele, as novas unidades devem ser um espaço do cliente, e não do banco. Ou seja, ele pode ir até o Work/Café para resolver questões com o Santander ou mesmo usar o espaço para fazer reuniões que não tenham nada a ver com o banco, por exemplo, enquanto se serve de um bom café.

A ambição para o Work/Café também passa pelo ambiente corporativo. O Santander prevê transformar alguns espaços físicos da rede de agências em locais para eventos de clientes. Na unidade da Faria Lima que vai de encontro com a Avenida Juscelino Kubitschek, o banco já permite que empresas realizem convenções no espaço.
“Queremos, de verdade, que os nossos pontos físicos amarrem a ponta de experiências para o cliente quando ele for ao espaço.”
Até o fim do ano passado, o Santander havia inaugurado 10 Work/Cafés. O banco decidiu acelerar neste ano as aberturas. De janeiro até o fim de setembro, foram sete unidades, com duas inaugurações neste mês, uma no Rio de Janeiro e outra em Piracicaba, no interior de São Paulo.
Em informação antecipada ao Seu Dinheiro, o banco revelou que pretende inaugurar mais três unidades até dezembro, encerrando o ano com 20 Work/Cafés no total.
“Temos um plano muito ambicioso. Acreditamos que o Work/Café é o caminho, o nosso espaço, e não será só no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nós teremos espaço do Work/Café em todas as regiões do Brasil, em capitais e no interior, concentrados majoritariamente em regiões de alta renda.”
Santander na Fórmula 1
Além da crescente rede de Work/Cafés, o Santander aposta na associação da marca a experiências mais premium, como o patrocínio da Fórmula 1.
O objetivo é atrair a atenção do público de alta renda para o portfólio de cartões de crédito do Santander por meio de eventos exclusivos.
“Vemos que o GP Brasil da Fórmula 1, em novembro, será uma ótima oportunidade de associar a marca Select com o público de alta renda. Muitos clientes já estão nos procurando porque querem ter acesso aos benefícios dos cartões de crédito do Santander”, afirmou Mendonça.
O objetivo do Santander é, através de eventos mais premium, como a Fórmula 1 e as corridas exclusivas Track & Field, fazer com que os clientes “sintam de forma tangível os benefícios de ser cliente Santander Select”.
De olho nos cartões de crédito
Mendonça afirma que o segmento de crédito será um dos principais motores de expansão do Santander no segmento de alta renda.
“Os clientes são muito atraídos pelo portfólio de cartões de crédito. Cada vez mais, o público de alta renda tem escolhido concentrar na função crédito as suas compras, porque ela consegue devolver benefícios tangíveis”, disse.
De acordo com o executivo, o Santander ainda tem muito espaço para crescer nesse setor, especialmente visto que o segmento já tem impulsionado o crescimento nos últimos trimestres.
“Queremos expandir a nossa carteira de crédito, e a alta renda é onde a gente quer mais fazer isso. Mas queremos fazer direito, acelerar muito e da forma correta. Por isso, os nossos portfólios que mais vão crescer são os portfólios que têm colateral, com garantia”, disse.
Na visão do executivo, a missão daqui para frente será melhorar a comunicação com os clientes de alta renda.
“Atrair clientes aqui segue sendo um pilar super importante. Mas o cliente que está aqui, ele costuma ter conta em cinco, seis, sete instituições financeiras. A nossa proposta de valor está cada vez mais robusta, acredito que o Santander não deve nada para nenhum concorrente. O que a gente tem que fazer é ser mais eficiente para chegar antes de todo mundo”, afirmou Mendonça.
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”
Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente
