Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mal o sol havia raiado e o Santander (SANB11) já entregava seus resultados do primeiro trimestre de 2025 à CVM, na manhã desta quarta-feira (30), abrindo a temporada de divulgação de balanços dos bancões.
O Santander Brasil reportou lucro líquido de R$ 3,861 bilhões, alta de 27,8% na comparação anual e número praticamente estável na comparação trimestral.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Weg, Santander e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
O resultado veio um pouco acima da expectativa do mercado, que era de R$ 3,698 bilhões, segundo a Bloomberg.
Além disso, a rentabilidade do banco avançou na comparação anual, mas registrou leve recuo em base trimestral. O ROE dos três primeiros meses de 2025 foi de 17,4%, ante 17,6% no trimestre anterior e 14,1% no primeiro trimestre de 2024.
Aqui você pode conferir mais detalhes sobre o balanço do Santander no primeiro trimestre de 2025.
Agora, o que o CEO do Santander Brasil, os analistas de mercado e os investidores acharam dos resultados apresentados?
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Começando pelos investidores: as units SANB11 abriram o pregão em queda, mas depois inverteram a tendência. Por volta das 11h50, os papéis subiam 1,51%, a R$ 28,83. No acumulado do ano, as units têm valorização de 18,65% e em 12 meses, queda de 2,25%.
Para o CEO do Santander, 2025 será ano de execução da estratégia
Para o CEO do banco, Mario Leão, o banco conseguiu manter o patamar de lucro e rentabilidade equivalente ao que foi entregue no final do ano passado, e o movimento deve continuar em 2025 - apesar de o banco não dar guidances.
“Vamos ter um grande salto em 2025? Não. Continuamos com a execução da estratégia [de recuperação]”, disse Leão, em entrevista coletiva com jornalistas, que foi seguida pela teleconferência com o mercado. “O que a gente está fazendo agora é a lapidação da estratégia.”
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Quanto à rentabilidade do banco, em entrevistas anteriores, Leão já havia dito que o banco mira num ROE acima dos 20%, mas que esse resultado não deve vir em 2025.
Nesta quarta, o executivo reforçou que esta é uma “ambição concreta” do banco e que “tem certeza” que vai chegar lá. “E junto de 20%, vai vir um lucro maior, não vai ser um lucro de R$ 10 bi.” Porém, ponderou que o cenário macroeconômico interno e externo mais complexo pesa sobre esse caminho.
O que os analistas viram no balanço
Em comum, as análises de Citi, JP Morgan e Goldman Sachs apontam os impactos da resolução 4.966 do Banco Central, uma nova regra contábil que entrou em vigor em janeiro deste ano. Segundo os relatórios, houve uma queda na comparabilidade histórica, afetando especialmente NII (receita líquida de juros), tarifas, despesas e provisões.
“Embora a análise do trimestre tenha sido impactada pela implementação da Resolução 4.966, continuamos observando uma melhora estrutural nas tendências de ROE”, apontou o Citi.
O lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan.
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Os analistas do Citi classificaram os resultados como “mistos”. “No geral, um trimestre misto, com spreads razoáveis e controle de custos, compensados por alguma deterioração na qualidade dos ativos e crescimento mais lento da carteira de crédito A/A (queda T/T)”, escreveram os analistas do banco em relatório.
Já o JP Morgan teve uma visão mais otimista sobre os números: “Consideramos este um trimestre limpo e um bom início para a temporada de resultados dos bancos brasileiros.”
O BB Investimentos, por sua vez, teve uma visão positiva, mas com uma pulga atrás da orelha, digamos. "Em nossa leitura o Santander navegou de forma sólida um trimestre tradicionalmente impactado pela sazonalidade mais fraca para o setor, sendo capaz de 'segurar as pontas' principalmente por uma boa gestão de custos, que compensou de forma muito competente a retração das receitas esperadas para o período, operando com estabilidade de ROE, e até mesmo melhorando índice de eficiência, apesar de alguns deslizes em qualidade de crédito, que podem significar sinais de preocupação para trimestres que estão por vir", escreveu o banco.
O Citi tem recomendação neutra para as units do Santander (SANB11), com preço-alvo de R$ 28. O Goldman Sachs também tem recomendação neutra e o mesmo preço-alvo. Já o JP Morgan tem avaliação overweight (equivalente à compra). O BB tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 32,10.
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
