Petrobras perde quase R$ 32 bilhões em valor de mercado em apenas um dia e atinge menor nível desde junho — mas pressão não é de hoje
Após anúncio de dividendos menores do que o esperado, os investidores castigaram as ações da estatal, que viu evaporar o equivalente à capitalização da Prio (PRIO3)

Sem dividendos extraordinários e pagamentos abaixo do esperado, a Petrobras passou pela temporada de resultados brasileira frustrando o mercado. E os investidores não perdoaram: no dia seguinte à divulgação, as ações da petroleira despencaram na bolsa de valores, arrastando o Ibovespa para o campo negativo.
O tombo foi tão forte que a estatal viu R$ 31,9 bilhões evaporarem do seu valor de mercado em apenas um pregão, segundo análise da consultoria Elos Aytaa. O montante perdido equivale praticamente ao valor de mercado da Prio (PRIO3).
De acordo com o levantamento, a Petrobras encerrou o dia valendo R$ 410,24 bilhões, ante os R$ 442,1 bilhões registrados no pregão anterior.
Os papéis preferenciais (PETR4) recuaram 6,15%, a maior baixa diária desde 10 de abril de 2025, quando caíram 6,21%. Já as ações ordinárias (PETR3) despencaram 7,95%, pior desempenho desde 8 de março de 2024, quando a queda foi de 10,37%.
O mau humor dos investidores contaminou o Ibovespa, que caiu 0,45%, aos 135.913 pontos. Sem a Petrobras, o índice teria subido 0,39%.
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Petrobras sob pressão
Não foi só a sexta-feira que foi difícil para a estatal. A Petrobras vem acumulando uma queda de R$ 115,75 bilhões em valor de mercado desde 20 de fevereiro, quando atingiu o seu ponto mais alto de valorização.
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Na época, a petroleira atingiu R$ 525,99 bilhões. Desde então, a empresa perdeu um montante superior ao valor de mercado do Banco do Brasil, estimado em R$ 108 bilhões.
Já em relação ao recorde histórico de R$ 566,97 bilhões, registrado em 19 de fevereiro de 2024, a perda acumulada é de R$ 156,73 bilhões. A quantia equivale praticamente à capitalização de mercado do Bradesco, atualmente em torno de R$ 155 bilhões.
O peso dos dividendos
Quando a Petrobras divulga resultados trimestrais, um dos pontos mais importantes para os investidores é o valor que a estatal vai pagar em proventos ordinários e se uma distribuição extraordinária também entrará no radar.
No balanço do segundo trimestre, a estatal não só não anunciou os aguardados dividendos extraordinários como distribuiu valores abaixo do projetado pelo mercado: R$ 8,6 bilhões, ou US$ 1,6 bilhão, contra uma estimativa de US$ 2,2 bilhões para o período.
Questionado sobre a possibilidade de uma distribuição adicional de proventos aos acionistas ainda neste ano, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse que a companhia adoraria pagar dividendos extraordinários, mas precisa de caixa para isso.
“O preço [do petróleo] cedeu e temos menos chances de pagar extraordinários este ano”, afirmou.
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Não foram só os dividendos: as outras decepções com a Petrobras
A reação negativa dos investidores não foi motivada unicamente pelos proventos. A decisão da Petrobras de voltar ao negócio de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, também não agradou.
Vale lembrar que, em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Petrobras vendeu a subsidiária Liquigás para dois grupos privados — Copagaz e Nacional Gás Butano Distribuidora.
Agora, em meio a preocupações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com o preço do botijão de gás, a estatal optou pelo retorno ao segmento.
Além disso, a Petrobras sinalizou que também avalia voltar ao mercado de venda de combustíveis para conter preços ao consumidor.
Os analistas olham com desconfiança para a iniciativa da estatal, e indicam uma avaliação negativa sobre os planos anunciados.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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