Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Dias antes de os acionistas discutirem sobre a saída do Carrefour Brasil (CRFB3) da bolsa brasileira, a família Diniz decidiu dizer adeus à varejista.
Após reduzir a fatia que detinha ao longo dos últimos meses, a Península — gestora fundada pelo falecido empresário Abilio Diniz e que representa a família no quadro de acionistas da empresa — decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite da última segunda-feira (14), a gestora possuía 4,906% do capital da companhia.
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Com a saída da Península, o acordo de acionistas da companhia foi automaticamente rescindido, de acordo com o Carrefour Brasil.
O anúncio chega à tona poucos dias antes da assembleia geral de acionistas do Carrefour, que votará proposta do controlador francês para fechar o capital da subsidiária brasileira.
Em meados de fevereiro, o Carrefour destacou que a transação havia recebido “total apoio” da Península, que decidiu converter todas as suas ações CRFB3 — na época, representativas de mais de 10% — em ações do Carrefour se a transação fosse aprovada.
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A expectativa é que o novo movimento possa auxiliar na aprovação da deslistagem da divisão brasileira, uma vez que aumenta o percentual de ações livres.
Carrefour Brasil (CRFB3) de saída da B3
Foi em fevereiro que o gigante francês Carrefour anunciou que estava pronto para dar “au revoir” à B3 e fechar o capital de sua operação brasileira Atacadão (CRFB3).
À época, a matriz francesa fechou um acordo de incorporação de ações entre o Carrefour S.A, o Carrefour Nederland B.V e o Carrefour Brasil/Atacadão, com o objetivo de abocanhar a fatia restante da divisão brasileira e transformar a rede brasileira em uma subsidiária integral.
Hoje, a holding possui uma participação próxima de 70% da varejista, segundo dados da B3.
A operação prevê o fechamento do capital do Carrefour Brasil, que ficaria apto a emitir somente títulos de dívida, como debêntures, por exemplo.
Após questionamentos sobre o preço por ação inicialmente ofertado pela controladora francesa, o Carrefour França elevou a proposta de R$ 7,70 para R$ 8,50 por ação, elevando o prêmio para os acionistas do Atacadão.
A nova proposta representa um prêmio de 46,2% sobre o preço médio negociado das ações CRFB3 nos últimos trinta dias anteriores a 10 de fevereiro — véspera do anúncio oficial da proposta de fechamento de capital do Carrefour Brasil pelo controlador francês.
Se forem considerados os últimos 90 dias antes da data do anúncio, representa um valor 39% maior em relação ao preço médio nesse período.
A relação de troca das ações do Carrefour Brasil (CRFB3)
Os investidores terão três opções de pagamento: 100% em dinheiro, 100% em ações do francês Carrefour, ou uma mistura de dinheiro e ações da matriz francesa.
Depois disso, todas as novas ações seriam resgatadas, na seguinte relação de troca:
- Cada ação resgatável Classe A será convertida em um pagamento de R$ 8,50 em dinheiro;
- Cada ação resgatável Classe B dará ao acionista um pagamento em dinheiro de R$ 4,25 + ações do Carrefour França;
- Cada ação resgatável Classe C permitirá a escolha de pagamento em 100% de ações do Carrefour França.
O que dizem os analistas
Na avaliação de João Daronco, analista da Suno Research, a saída da Península do Carrefour Brasil (CRFB3) pode sinalizar que a gestora "não vê grandes oportunidades em fazer a conversão da participação para ações do Carrefour França nos preços atuais".
Para os analistas do Itaú BBA, a ausência de um acionista local pode representar um risco para as operações do Atacadão, potencialmente beneficiando o Assaí (ASAI3), principal concorrente do Carrefour Brasil.
“Experiências desafiadoras anteriores com operações 100% estrangeiras no setor de varejo de alimentos destacaram as complexidades de operar no intrincado ambiente de negócios brasileiro sem um parceiro local. Vemos um risco potencial de deterioração operacional para o Atacadão devido à perda de suporte local estratégico tanto da Península quanto dos acionistas minoritários se a transação for aprovada”, avaliou o banco.
Na visão do BTG Pactual, os números fracos e alta alavancagem financeira nos últimos trimestres deixaram a ação do Atacadão sob pressão, o que provavelmente explica a oferta do Carrefour S.A.
“Embora esperemos tendências gradualmente melhores nos próximos trimestres, apoiadas pelos esforços do Carrefour Brasil para otimizar seu portfólio de lojas e o recente aumento na inflação de alimentos, os resultados permanecerão sob pressão no curto prazo”, avaliou o BTG.
*Com informações do Money Times.
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