O prejuízo ficou para trás: Petrobras (PETR4) tem lucro 48,6% maior no 1T25, investe 29% a menos do que no 4T24 e paga R$ 11,72 bilhões em dividendos
Entre janeiro e março, o lucro líquido da estatal subiu para R$ 35,209 bilhões em base anual; as projeções indicavam R$ 28,506 bilhões

A estrela de qualquer balanço é o lucro líquido, mas, no caso dos resultados do primeiro trimestre de 2025 da Petrobras (PETR4), dados que geralmente estão nos bastidores assumiram o protagonismo, entre eles, o capex (investimentos).
Entre janeiro e março, o lucro líquido da estatal subiu 48,6% em base anual, para R$ 35,209 bilhões. As projeções da Bloomberg indicavam um lucro menor, de R$ 28,506 bilhões.
O desempenho ainda reverte o prejuízo líquido de R$ 17,044 bilhões no quarto trimestre de 2024. Você pode conferir em detalhes da performance da Petrobras nos últimos três meses do ano aqui.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
Em dólares, a estatal alcançou lucro líquido de US$ 5,974 bilhões, um resultado que representa uma alta de 24,9% em base anual e que veio acima da projeção da Bloomberg de US$ 5,041 bilhões para o período.
O resultado, em alguma medida, era esperado pelo mercado diante do aumento da produção e dos preços mais altos do petróleo — no primeiro trimestre, a Petrobras indicou o preço médio do Brent a US$ 75,66 o barril.
Segundo analistas, a estatal deverá sentir ainda mais a queda do preço do petróleo no segundo trimestre, com o barril na casa dos US$ 60 atualmente.
Leia Também
Capex, a estrela do balanço da Petrobras no 1T25
Além do lucro (ou prejuízo, a depender do caso), receita e ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) também são outras linhas do balanço às quais os investidores se debruçam para medir a saúde financeira de uma empresa.
A receita de vendas da estatal totalizou R$ 123,144 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 4,6% ano a ano e de 1,5% na comparação trimestral. As projeções da Bloomberg indicavam uma receita também menor, de R$ 113,828 bilhões.
O ebitda ajustado da Petrobras foi de R$ 61,084 bilhões, um resultado 1,7% maior do que o obtido no mesmo período do ano anterior e 49,1% maior do que o do quarto trimestre de 2024. A Bloomberg apontava para um ebitda de R$ 62,146 bilhões no período.
Em dólares, a receita de vendas da Petrobras somou US$ 21,073 bilhões nos primeiros três meses do ano, resultado 11,3% menor do que o obtido em igual intervalo de 2024. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve alta de 1,2%. A previsão da Bloomberg apontava para US$ 20,025 bilhões.
O ebitda ajustado encolheu 13,9% ano a ano, para US$ 10,446 bilhões. Em base trimestral, subiu 45,8%. A projeção da Bloomberg apontava para US$ 10,933 bilhões.
A dívida líquida da Petrobras subiu para US$ 56,034 bilhões, um resultado 28,4% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2024 e 7,3% acima do registrado no quarto trimestre do ano passado.
Mas os investimentos da Petrobras é que estavam nos holofotes do mercado — e tinha motivo para isso. No quarto trimestre, a estatal justificou o prejuízo com o estouro em cerca de US$ 2 bilhões do capex, algo que os executivos disseram que não se repetiria nos próximos trimestres.
Os investimentos da companhia entre janeiro e março subiram 33,6% ante o mesmo período de 2024, mas caíram 29,1% ante o quarto trimestre do ano passado, para US$ 4,065 bilhões.
A Petrobras explica que os investimentos no primeiro trimestre de 2025 reforçam o caráter atípico observado no quarto trimestre de 2024, "explicado pela recomposição do descasamento físico-financeiro das unidades próprias de Búzios, em resposta às ações implementadas ao longo do segundo semestre de 2024".
No segmento de exploração e produção, os investimentos totalizaram US$ 3,5 bilhões, uma redução de 28,5% em relação ao quarto trimestre de 2024, mas um aumento de 41,7% em base anual.
No segmento refino, transporte e comercialização, os investimentos totalizaram US$ 400 milhões, com destaque para paradas programadas de refinarias, conclusão da modernização do Trem 1 da RNEST e avanço no projeto de hidrotratamento (HDT) de médios da REPLAN.
“O estouro do capex no quarto trimestre trouxe um receio real de que a Petrobras pode estar investindo mal esses recursos, como já aconteceu no passado. Além disso, um investimento mais elevado em áreas com pouco retorno comprometem a distribuição de dividendos da companhia”, disse o analista da Empiricus Research, Ruy Hungria.
O Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Petrobras atingiu R$ 26 bilhões entre janeiro e março, 19,7% menor do que há um ano.
AÇÕES: As commodities caíram, mas quem brilhou foram outras brasileiras
Os dividendos da Petrobras
Os analistas consultados pelo Seu Dinheiro esperam, de maneira geral, a distribuição menor de dividendos da Petrobras em 2025.
As projeções indicavam que a Petrobras distribuiria entre R$ 500 milhões e R$ 4,8 bilhões em dividendos ordinários no primeiro trimestre.
A estatal acabou anunciando R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao período de janeiro a março deste ano.
Os proventos serão pagos em duas parcelas nos meses de agosto e setembro de 2025, considerando R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, da seguinte forma:
- A primeira parcela, no valor de R$ 0,45458310 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 20 de agosto de 2025, integralmente sob a forma de juros sobre capital próprio.
- A segunda parcela, no valor de R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 22 de setembro de 2025, sendo R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob a forma de juros sobre capital próprio.
Vale lembrar que o pagamento de JCP implica na retenção de 15% de imposto de renda retido na fonte.
Os acionistas que estiverem na base da Petrobras no dia 02 de junho de 2025 terão direito a receber os dividendos, já para aqueles com ADRs (American Depositary Receipts) negociadas em Nova York, a data de corte é 04 de junho de 2025.
As ações da Petrobras na B3 passarão a ser negociadas ex-direitos na B3 a partir de 03 de junho de 2025 e sofrerão um ajuste na cotação referente aos proventos já alocados.
Então você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquirir os papéis por um valor menor, mas sem o direito aos proventos.
Gerdau (GGBR4) receberá R$ 566 milhões do BNDES para investimentos sustentáveis
Segundo o BNDES, os empreendimentos vão gerar 4.500 empregos diretos e indiretos
R$ 2 bilhões para conta: Minerva (BEEF3) homologa aumento de capital e acionistas têm vantagem extra
A operação havia sido aprovada em assembleia geral extraordinária em 29 de abril e previa uma subscrição parcial, com valor mínimo de R$ 1 bilhão
Petrobras (PETR4) nada contra a maré, amplia ganhos e termina entre as maiores altas do Ibovespa
Prio e Brava não acompanham o ritmo de alta e encerram a última sessão da semana no vermelho, acompanhando o recuo do Brent no mercado internacional
Jogada de marketing: lendária empresa aérea Pan Am volta a cruzar os céus em um tour especial de R$ 330 mil
Após falir e virar companhia de licenciamento de marca, aérea recria experiência de luxo que marcou uma geração
A proposta da presidência da COP30 para maximizar as ações de combate às mudanças climáticas
A carta oferece uma oportunidade para que atores não diretamente envolvidos nas negociações, como governos subnacionais, setor privado, academia e sociedade civil, liderem iniciativas
História de um casamento (falido): Caoa e Hyundai terminam parceria após 26 anos
Um anúncio oficial ainda não foi publicado por nenhuma das companhias envolvidas, mas já foi confirmado por pessoas familiares ao assunto
Petrobras (PETR4) paga dividendos hoje — com valor corrigido pela Selic; veja quem tem direito à bolada de feriadão
Valor é referente ao balanço de dezembro de 2024 e é a segunda — e última — parcela dos proventos adicionais
Por que essas duas empresas gringas estão investindo R$ 20 bilhões no Brasil — e como esse dinheiro será usado
Nestlé e Mercado Livre tem operações gigantescas no país e pretendem apostar ainda mais dinheiro no mercado nacional
Presidente da Petrobras (PETR4) torce por dividendos extraordinários, mas pagamento depende de fator ‘incontrolável’
O pagamento extra pode também ajudar o governo a fechar as contas — mas há dúvidas se a estatal será capaz de bancar esse custo
Irmãos Batista são eleitos para comandar conselho da JBS S.A., subsidiária da holding após internacionalização
Estrutura da JBS NV, com sede na Holanda, segue inalterada
Dividendos e JCP: Bradesco (BBDC4) vai distribuir R$ 3 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, mas a data para receber ainda está longe
Huawei lança no Brasil celular de R$ 33 mil — o primeiro do mundo com tela que dobra em três
O anúncio foi feito em um evento em São Paulo, onde a empresa também revelou planos para inaugurar sua primeira loja física no país
Sinal amarelo para a WEG (WEGE3): entenda por que a queridinha dos investidores é vista com cautela pelos bancos
Mesmo com demanda forte e avanço até 2028, a companhia pode estar enfrentando um ponto de inflexão na rentabilidade
BC autoriza injeção bilionária no Master — mas banco ainda precisará de outra capitalização de R$ 1 bilhão se quiser ser vendido para o BRB
Um aumento de capital de R$ 2 bilhões no banco foi um dos requisitos do BRB para comprar a metade do Master; veja o que falta para a transação sair do papel
Leilão de petróleo da ANP tem 34 de 172 blocos arrematados, incluindo áreas na Foz do Amazonas; Petrobras e Chevron são destaque
Evento ocorreu em meio a protestos e críticas sobre a exploração de petróleo na região amazônica
Brasil lidera com a ONU iniciativa para colocar justiça e humanidade no centro das negociações climáticas rumo à COP30
O Balanço Ético Global quer pressionar governos a apresentar novos planos climáticos mais justos e ambiciosos antes da COP30 e levar as demandas das comunidades mais afetadas para a mesa de negociação
Embraer (EMBR3) traz boas notícias do Paris Air Show, e ação salta mais de 4% na bolsa
Hoje, a SkyWest é a maior operadora do E175, com mais de 260 aeronaves da Embraer
CVM já tem votos para absolver ex-conselheiro do BRB em caso de conflito de interesse
Romes Gonçalves Ribeiro teria assumido o cargo em uma empresa concorrente do banco sem mencionar relação e omitido as informações, segundo a acusação
Dividendos e JCP: WEG (WEGE3) e Cemig (CMIG4) vão distribuir quase R$ 1 bilhão em proventos; confira os prazos
Além da queridinha dos investidores e da companhia do setor elétrico, a Hypera (HYPE3) também pagará proventos em forma de juros para seus acionistas; confira quem pode receber
Controladora do aeroporto de Guarulhos chega a acordo com credores e evita (por enquanto) a rota da recuperação judicial
Invepar chegou a acordo com credores na véspera de uma assembleia geral extraordinária, que deliberaria sobre o possível pedido de recuperação judicial