MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
A Resia, subsidiária da MRV (MRVE3) nos Estados Unidos, tem sido um dos grandes problemas da construtora não é de hoje. Vítima da aceleração dos juros nos EUA depois da pandemia, a operação multifamily terminou o primeiro trimestre com um prejuízo de quase R$ 280 milhões.
Nesta sexta-feira (11), a MRV resolveu estancar a sangria, com o anúncio de que pretende vender parte relevante dos ativos do braço norte-americano — mesmo reconhecendo uma perda contábil de US$ 144 milhões.
Em uma conferência com investidores e analistas nesta manhã, os executivos da MRV afirmaram que essa perda será registrada no segundo trimestre de 2025, o que afetará diretamente o lucro da construtora.
Apesar disso, a MRV estima que a execução completa do plano de desinvestimento da Resia gerará US$ 493 milhões em caixa, com redução de US$ 365 milhões na dívida líquida. O restante, os US$ 128 milhões, será devolvido a investidores dos projetos.
Com isso, a empresa atualizou seu guidance para a geração de caixa da Resia, que antes era de US$ 270 milhões até o fim de 2025, para US$ 493 milhões até o final de 2026.
Por volta de 15h15, as ações lideram as altas do Ibovespa, com valorização de 5,41%, negociadas a R$ 6,23. No mesmo horário, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,51%, aos 136.042,28 pontos.
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Por que vender os ativos da Resia mesmo admitindo perda?
Os executivos da empresa explicaram que, com o avanço das taxas de juros nos EUA — que hoje estão entre 4,25% a 4,50% —, os investidores passaram a exigir retornos mais gordos para comprar imóveis.
Isso fez com que os preços da venda dos ativos residenciais caíssem consideravelmente. Assim, a Resia, que constrói imóveis residenciais para locação, foi diretamente afetada.
A negociação anunciada hoje faz parte da estratégia de desinvestimentos que a MRV tem promovido para colocar a subsidiária no caminho para se tornar a “Resia do futuro”, com um modelo de negócios menos intensivo de capital e asset light.
A nova estratégia inclui a venda de US$ 800 milhões em ativos até o fim de 2026, sendo US$ 270 milhões já neste ano, com foco total em desalavancagem e geração de caixa. Segundo o CFO, o objetivo é cortar pela metade a dívida líquida da operação nos EUA.
A Resia passou a adotar uma nova estratégia de financiamento para projetos, ajustando significativamente a abordagem em relação ao capital próprio.
Anteriormente, a MRV investia 30% de capital próprio em cada obra, mas agora esse percentual foi reduzido para apenas 10%.
Essa mudança visa diminuir a exposição financeira da empresa, ao mesmo tempo em que contribui para um aumento na rentabilidade dos projetos. De acordo com os executivos da companhia, essa alteração deve elevar a taxa interna de retorno (TIR), que passará de 36% para 55%.
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