Itaú BBA retoma cobertura da Brava Energia (BRAV3) com recomendação de compra e projeção de valorização de 50% para as ações
Analistas veem progresso operacional e estratégia focada em offshore impulsionando valor a longo prazo, apesar de desafios no curto prazo

O Itaú BBA retomou a cobertura da Brava Energia (BRAV3) com uma recomendação “outperform”, que equivale a uma indicação de compra. O banco destaca um progresso operacional sólido da empresa nos últimos meses, marcado por melhorias de execução e ganhos de eficiência.
A produção da Brava alcançou 74 mil barris de óleo equivalente por dia (kbpd) em julho e os custos de extração de petróleo (lifting costs) caíram para US$ 17,4/boe no segundo trimestre — uma redução de 13% em relação ao trimestre anterior.
Para Monique Greco, Eric de Mello e Eduardo Mendes, um ponto crucial na tese de investimento é a decisão da Brava de concentrar seus investimentos (capex) no desenvolvimento offshore, que são operações em mar.
Essa mudança visa aumentar a exposição a ativos com maior retorno financeiro e reforça o caminho da empresa para diminuir seu endividamento no curto prazo. Segundo o BBA, a empresa também tem avançado em seus esforços de gestão de passivos e reavaliado sua estratégia de alocação de capital.
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O Itaú BBA definiu um preço-alvo de R$ 28 por ação BRAV3 para o final de 2026. O valor implica um potencial de valorização de 50% em relação aos níveis atuais, de R$ 18,60.
Desafios no curto prazo, oportunidade no longo
Apesar da visão positiva, o Itaú BBA reconhece que o cenário de curto prazo para a Brava Energia pode não sustentar um forte desempenho das ações.
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Fatores como o crescimento limitado da produção no curto prazo — até a conclusão das campanhas de perfuração offshore —, a redução incerta de capex em ativos onshore e uma perspectiva cautelosa para os preços do petróleo podem pesar.
No entanto, para o longo prazo, a visão é otimista. O banco acredita que a Brava está tomando as medidas certas com sua agenda de diminuir o endividamento e manter o foco em ativos essenciais.
Esses esforços devem sustentar um rendimento do fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE Yield) de 29% e uma alavancagem (dívida líquida pelo Ebitda) reduzida para 1,1 vez até 2027. Ambas as projeções consideram o preço do petróleo Brent a US$ 65/bbl.
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O que o Itaú BBA espera da Brava
O modelo atualizado do Itaú BBA projeta uma produção média total de 88 kboed em 2025, 92 kbpd em 2026 e 98 kbpd em 2027.
A expectativa é que esse crescimento seja sustentado por quatro novos poços previstos para iniciar a produção nos campos de Atlanta e Papa-Terra até 2027. Para os campos onshore, os analistas assumiram uma taxa de declínio de 5% em 2026, devido ao menor capex.
Por falar em capex, as projeções são de US$ 462 milhões em investimentos para 2025, US$ 517 milhões para 2026 e US$ 380 milhões para 2027. A prioridade é para o capex offshore, visto como mais rentável.
As novas estimativas financeiras da Itaú BBA para a Brava Energia, são:
Indicador | 2025 | 2026 | 2027 |
---|---|---|---|
Receita Líquida | R$ 12,199 bilhões | R$ 11,476 bilhões | R$ 12,302 bilhões |
Ebitda | R$ 5,865 bilhões | R$ 5,673 bilhões | R$ 6,145 bilhões |
Lucro Líquido | R$ 3,196 bilhões | R$ 2,342 bilhões | R$ 2,672 bilhões |
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