Empresas recompram R$ 26 bilhões das próprias ações na B3 em 2024. E vem mais por aí — saiba para onde o investidor deve olhar neste ano
Na ponta vendedora aparecem os investidores estrangeiros e institucionais, com montantes de R$ 32 bilhões e R$ 39 bilhões, respectivamente
O Ibovespa encerrou 2024 com uma perda de 10,4% em reais e de 29,5% em dólares e o tombo só não foi pior graças às recompras de ações na bolsa: as empresas fora do setor financeiro adquiriram R$ 26 bilhões dos próprios papéis no passado — e mais está por vir, segundo o BTG Pactual.
O grupo que exclui bancos só não recomprou mais ações do que os investidores de varejo, com R$ 31 bilhões em ativos.
Na ponta vendedora aparecem os investidores estrangeiros e institucionais, com montantes de R$ 32 bilhões e R$ 39 bilhões, respectivamente.
Recompras de ações devem bombar este ano
A boa notícia para a bolsa brasileira é que, segundo o BTG Pactual, as recompras de ações devem continuar fortes este ano.
E basta olhar os números: neste momento, 62 empresas listadas na B3 têm programas de recompra que, se totalmente executados, totalizariam R$ 64,5 bilhões.
Cerca de R$ 18 bilhões já foram executados, deixando R$ 46,3 bilhões adicionais — ou 72% de todos os programas abertos — para os próximos trimestres, o equivalente a 5,1 dias de negociação para essas empresas.
Leia Também
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
E essas operações são consideráveis: 21 empresas abriram programas de recompra representando 5% ou mais das ações em circulação — e sete delas têm programas que, se totalmente executados, recomprariam 10% ou mais dos ativos.
Se totalmente executados, 20 programas abertos equivalem a 10 dias de negociação ou mais.
Vale lembrar, no entanto, que no passado, os investidores reclamaram que as empresas anunciaram programas de recompra, mas nunca os executaram.
Das 89 operações fechadas em 2024 ou que permanecem abertas — 62 na B3 e quatro de empresas listadas no exterior —, dez foram totalmente executadas, com outras seis quase completas (mais de 90%). Outras 34 foram executadas em mais de 50% até agora.
No total, 38% dos programas de recompra que terminaram em 2024 ou permanecem abertos foram executados em mais de 50%.
ONDE INVESTIR EM 2025: As ações pagadoras de dividendos para você investir
Para onde o investidor deve olhar então?
Se você é investidor e se pergunta para onde olhar no mar de tantas recompras de ações, o BTG te dá o caminho das pedras: para empresas com bons históricos de execução.
“Os investidores devem buscar programas de recompra consideráveis — levando em conta o percentual de ações em circulação — de empresas com bons históricos em executá-los”, diz o banco em relatório.
O próprio BTG dá como exemplos a Marfrig (MRFG3), que lançou dois programas de recompra em 2023/2024, executando totalmente um e atingindo 63% do outro.
Combinados, os programas são equivalentes a 14% das ações em circulação. A Marfrig também iniciou um novo programa em novembro do ano passado, equivalente a 9,7% das ações.
Ainda em 2024, a São Martinho (SMTO3) foi outra empresa que executou totalmente um programa de recompra — equivalente a 10% das ações em circulação —, posteriormente lançando um novo programa em setembro, abrangendo 8% das ações.
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação