Eletrobras (ELET3): UBS aumenta preço-alvo e vê dividendos altos no longo prazo
Privatização resolveu disputas políticas e otimizou o balanço da Eletrobras, segundo o banco, tornando os papéis um investimento de risco-retorno mais atrativo
A Eletrobras (ELET3), uma das maiores empresas do setor elétrico na América Latina, se tornou uma tese de investimento mais interessante depois da privatização em 2022, desinvestimentos recentes e fim de disputas judiciais com o governo federal.
Com a redução de riscos, o UBS BB decidiu atualizar sua análise para as ações da empresa de energia e reiterou sua recomendação de compra, com um preço-alvo maior para o período de 12 meses.
O banco elevou o valor de R$ 53, previsto anteriormente, para R$ 59, projetando um potencial de valorização de 30% em relação ao preço de fechamento do último pregão (R$ 45,29).
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Essa perspectiva mais otimista para a Eletrobras se baseia, principalmente, em uma significativa redução do endividamento, segundo o relatório do UBS. Os analistas estimam que a alavancagem — métrica que avalia a dívida líquida da empresa em relação ao lucro operacional — da Eletrobras deve diminuir de 4,8 vezes em 2025 para 2,9 vezes em 2029.
Essa redução abre a possibilidade para pagamentos de dividendos mais elevados no futuro. A projeção do banco é de um rendimento com dividendos (dividend yield) potencial de 19,8% para a Eletrobras em 2030 — assumindo que a alavancagem se mantenha estável naquele ano.
O UBS, entretanto, pondera que a tese para a Eletrobras não é para ganhos no curto ou médio prazo, mas um olhar mais adiante.
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“Entendemos que alguns investidores podem adotar uma abordagem mais cautelosa, pois a empresa não deve ser nem de alto crescimento nem de alto pagamento de dividendos no curto e médio prazo”, diz o relatório.
Transmissão é uma alavanca
Com as oportunidades limitadas de expansão na geração hidrelétrica no Brasil, o negócio de transmissão de energia apresenta um vasto espaço para investimentos.
O UBS BB vê o segmento de transmissão como a maior oportunidade para a Eletrobras no curto prazo, tanto para o crescimento da companhia quanto para a otimização de sua estrutura de capital.
A companhia pode se beneficiar da situação de rivais que se encontram muito endividadas e comprometidas com outros projetos.
“A Eletrobras tem uma oportunidade significativa de investir em um negócio de baixo risco e atrelado à inflação, sem a necessidade de passar por processos competitivos”, diz o relatório.
O banco projeta investimentos escalonados neste segmento, começando em R$ 4,5 bilhões em 2025 e alcançando R$ 7 bilhões anuais no ciclo de 2034-38.
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Eletrobras depende do preço da energia
Enquanto a transmissão é um gatilho positivo, o preço de energia vendido no mercado de curto prazo (MCP) é uma complicação, de acordo com o banco.
E isso é uma dificuldade, porque “os altos níveis de energia não contratada, a volatilidade dos preços em um mercado em rápida evolução e o lento crescimento da demanda no Brasil levam à baixa visibilidade dos preços de energia de longo prazo”, diz o relatório.
A empresa possui uma capacidade assegurada de 16-17 GW para o futuro previsível. A partir de 2028, a maior parte da energia (13 GW) precisará ser vendida no mercado spot, com preços voláteis, tornando a avaliação das ações mais sensível às premissas desses preços.
Neste ano, com as divulgações do balanço energético pela Eletrobras, as projeções estão mais fáceis e os analistas trabalham com a possibilidade de venda de 3 GW a altos preços.
Porém, no cenário base do UBS BB, os preços de energia são estimados a convergir para um custo fixado em R$ 187/MWh — atualmente, os valores ultrapassam R$ 200/MWh.
Eletrobras é uma ação de longo prazo
Para o UBS, a Eletrobras é um investimento atrativo no longo prazo.
A reestruturação da empresa avançou substancialmente na redução de seus riscos, incluindo a resolução de disputas judiciais sobre o processo de privatização e o limite de poder de voto do governo federal.
Além disso, a empresa vendeu suas termelétricas para a Âmbar Energia e não tem mais a obrigação de contribuir financeiramente para o projeto da usina nuclear Angra III, além de ter um balanço de empréstimos compulsórios em queda e uma decisão final sobre a parcela financeira da RBSE (compensação financeira estabelecida para indenizar empresas de transmissão de energia).
Segundo os analistas, essas mudanças contribuem para uma visão consolidada e simplificada da operação da companhia, tornando-a um caso de investimento mais resiliente e promissor no longo prazo.
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