Deu para a B3: Citi deixa de recomendar a compra das ações B3SA3, eleva preço-alvo e escolhe a queridinha do setor
Nem mesmo o pagamento de dividendos compensa a compra dos papéis da operadora da bolsa brasileira agora; saiba o que colocar na carteira
O Citi resolveu dar um tempo com a B3 (B3SA3). O banco norte-americano deixou de recomendar a compra das ações da operadora da bolsa brasileira para assumir uma postura neutra com relação aos papéis, e elevou o preço-alvo de R$ 14 para R$ 15 — o que significa um potencial de valorização de 7,8% com relação ao fechamento desta quarta-feira (4).
“Após o primeiro trimestre de 2025 e o forte desempenho das ações — alta de 37% versus alta de 14% do Ibovespa no ano —, acreditamos que é hora de uma pausa”, dizem os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi.
Para o trio, nem mesmo os dividendos compensam agora. “O dividend yield [retorno sobre dividendos] agora parece menos atraente, longe dos dois dígitos, e o potencial de alta dos lucros devido a um ADTV [volume médio de negociações diárias] mais alto não é suficiente para justificar uma recomendação de compra”, afirmam os analistas.
- E MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
Nos cálculos do banco, a ação B3SA3 será negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro (P/L) em 2025, com um dividend yield esperado de 6% para este ano.
“Com base nos nossos cálculos, a B3 seria negociada a 15x, representando um dividend yield próximo a 5% — ficando abaixo de dois dígitos esperados no começo do ano”, afirma o trio de analistas.
Nesta quarta, as ações B3SA3 fecharam em queda de 1,83%, cotadas a R$ 13,92. No ano, no entanto, o ativo acumula ganho de 36,2%. O Ibovespa terminou o dia com baixa de 0,40%, aos 137.001,58 pontos.
Leia Também
B3 perde o brilho: a queridinha é outra
Após uma alta de 24,5% no lucro por ação nos primeiros três meses do ano e de um avanço de 7,5% na receita líquida no período, a B3 deve perder um pouco do brilho, segundo o Citi.
Segundo o banco, a B3 precisaria de um risco soberano menor para conseguir chegar nos patamares da avaliação de bolsas globais e, mesmo com um ADTV alto, os lucros da operadora da bolsa brasileira não teriam um avanço expressivo.
Por isso, dentro do setor de mercado de capitais, a queridinha do Citi é outra. A XP (XPBR31) é o nome preferido do banco, que vê espaço para expansão de múltiplos, crescimento dos lucros — 14% neste ano — e melhorias na alocação de capital.
ONDE INVESTIR EM JUNHO: Ações, Fundos Imobiliários (FIIs), criptomoedas e pagadoras de dividendos
Para a B3, o banco manteve a previsão de receita em 2025 e 2026 praticamente inalterada em 7% e 9%, respectivamente.
“Fizemos um pequeno ajuste nas despesas, reduzindo nossas estimativas de resultados financeiros e ajustando nossa alíquota efetiva de imposto para 28%”, dizem os analistas.
Com isso, o Citi espera, respectivamente, lucro líquido de R$ 5,1 bilhões e R$ 5,6 bilhões, em linha com o consenso.
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp